por Antonio Lemos | www.paponaarquibancada.blogspot.com.br
Como diz aquele famoso narrador: “Haja coração, amigo!”. “É teste para cardíaco!”. Que terça-feira foi essa? Que jogos foram estes, amigos do Redação do Esporte? Quatro times, dois jogos e um objetivo: o avanço para às semifinais da Champions League.
Para quem gosta de futebol, a UEFA Champions League é a grande maravilha do Universo. Sabe aquele negócio do cachorro parar em frente a máquina de frango e não poder comer, e fica olhando, olhando, babando...? Pois é, essa é a nossa sensação quando deparamos a estes jogos no Velho Continente, enquanto aqui temos os modorrentos campeonatos estaduais, uma Libertadores fraca tecnicamente e o campeonato nacional idem.
De um lado, o ‘Novo-Rico’: vencedor do primeiro duelo por 3 a 1 e não avança para às semifinais desde 1995. Do outro, um time com certa bagagem em Champions League precisava de no mínimo 2 a 0 para avançar, tinha uma ‘zica’ contra franceses em mata-mata, mas banco de reservas tinha um tal José Mourinho que nunca foi eliminado nesta fase.
O Stamford Bridge estava abarrotado de torcedores do Chelsea que acreditavam desde o primeiro minuto, mas o time não correspondia em campo, pois do outro lado, o PSG anulava e bem o setor mais criativo dos Blues: o meio-campo.
O jogo arrastava, o tempo passava, os jogadores erravam, mas a torcida apoiava. Daí um problemão: o melhor jogador do time na temporada Hazard não teve muita sorte e saiu lesionado. E agora, quem poderia ajudar os Blues nessas horas? Se fosse um treinador cabeça de bagre, colocaria um cara para fortalecer o meio e já era, mas Mourinho é macaco velho e colocou o atacante Schürrle.
Logo na primeira bola do alemão no jogo: GOL! Qual equipe na face da Terra toma um gol de lateral? Pois é, o PSG não soube marcar, bobeou e o camisa 14 abriu o placar, após lateral de Ivanovic e desvio de leve de David Luiz. Era o gol que o Chelsea precisava, pois estava sonolento em campo e este cara que vos escreve quase via o seu palpite indo para Lua.
“Bola na trave não altera o placar”, já dizia o Skank naquele famoso hino “É Uma Partida de Futebol”, e o Chelsea acertou duas vezes, uma com Schürrle e outra com Oscar. Do outro lado, o PSG parecia aquele animal inofensivo, ficou todo encolhido, mas quando quis fazer um barulho seu ataque não funcionou. Mou por sua vez resolveu abrir tudo quando colocou Demba Ba e Fernando Torres nos lugares de Lampard e Oscar, respectivamente, e como dizia o Rei do Rock, Elvis Presley, “Is now or never”.
O portuga ousou e deu certo. Eram 42 minutos de jogo, o PSG segurava o placar mínimo depois de ter perdido um caminhão de gols, daí, depois da “milésima” bola na área, Demba Ba antecipou-se a Maxwell e deu a classificação para o Chelsea.
Enfim, a ‘zica’ contra os franceses foi para o espaço e a ousadia e experiência de Mourinho deu certo e o Chelsea avança. Pela terceira vez na história da Champions, um time conseguiu reverter uma desvantagem de dois gols perdendo a primeira partida fora de casa. Em 2000, o Barcelona reverteu uma derrota por 3 a 1 e fez 5 a 1 na volta, em cima do próprio Chelsea. Na temporada 2011/12, os Blues perderam para o Napoli também por 3 a 1 e na volta, em Londres, fez 4 a 1 (3 a 1 no tempo normal e 1 a 0 na prorrogação) e agora, este milagre contra o PSG. Segura este time, pois será dureza eliminá-los nas semifinais.
RÁDIO DA REDAÇÃO: Confira a prévia dos jogos da quarta-feira
Borussia Dortmund 2 x 0 Real Madrid: Isso é Champions League (parte 2)
por Igor Domingues
| igor4712@hotmail.com
Emocionante... é a
palavra mais adequada que posso descrever o jogo das quartas entre Real
Madrid e Borussia. Digno de um torneio como a Champions League. O meu
coração madrilenho veio a boca, confesso a vocês.
Uma classificação que poderia ser menos complicada em razão do primeiro
jogo, beirou à desclassificação nossa. Começando com a notícia que o
Cristiano Ronaldo não poderia jogar e ficaria no banco pela lesão no
joelho esquerdo.
E a torcida do Borussia? Simplesmente fantástica! O único problema é
que jogamos como visitante e era mais um adversário. Foi complicado.
Em campo, os alemães foram comandados pela técnica do meia Marco Reus e
a frieza do técnico (um dos melhores) Jürgen Klopp.
Eles foram frios e precisos nos primeiros 45 minutos. Jogaram no nosso
erro, que foi bastante para um time favorito ao título.
As falhas começaram com o argentino Di María perdendo um pênalti.
Depois o zagueiro Pepe e o volante Ilarramendi entregaram de bandeja
dois gols ao Marco Reus em recuos malfeitos. Parecia que daria tudo errado
para nós, acabando a primeira etapa em vantagem alemã por 2 a 0.
Precisando de apenas mais um gol, o Borussia veio mais ofensivo no
segundo tempo, mas não sabia que a estrela de um capitão iria brilha.
Iker Casillas, o reserva de Diego López na Liga, foi essencial em mais
uma classificação do Real para a semifinal da Champions League.
Foram lindas defesas que seguraram o placar, construindo ainda no
primeiro tempo pelos alemães, até o fim do jogo. E claro, além da
competência do goleirão espanhol, a trave apareceu nos ajudando. E
terminou assim o jogo, 2 a 0 no tempo normal e 3 a 2 no agregado para
nós.
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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.
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