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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Volta Olímpica > NBB6: Uma final de campeonato nada esperada

Para alguém que acompanha basquete desde pequena, ou melhor desde os 10 anos de idade, ver um campeonato de basquete NACIONAL bem disputado, lotando ginásios e criando novos ídolos chega a ser até bem emocionante e irônico em ano de Copa do Mundo de Futebol. 

Esse ano o Novo Basquete Brasil, mais conhecido como NBB, foi um pouco atípico. Teve bicampeão sendo massacrado por uma série de 3 a 0 nas quartas de finais; time ‘sem tradição’ tirando time com tradição; equipe pulando da 12° posição, última colocação para a segunda fase (mais conhecida como os playoffs), para a 4°; ginásios vazios como punições devido a brigas em jogos anteriores; equipes sendo rebaixadas pela primeira vez, com a criação de uma série ‘B’ chamada de Liga Ouro; e feitos inéditos de um time pouco conhecido, o Paulistano, que chegou à primeira semifinal e agora vai para a decisão de campeonato nacional.

As tantas surpresas, ou se preferirem dizer zebras, no campeonato não surpreendem o bam bam bam do NBB, Paulo Bassul, ex-técnico da seleção brasileira de basquete feminino e gerente técnico da Liga Nacional de Basquete (LNB). No último jogo, ele conversou um pouco comigo e confirmou que esta é a temporada mais disputada do NBB. Foram 40% de vitórias fora de casa dos times, o que não acontecia muito no passado.

Mas, alguns times não me surpreenderam. O Flamengo chegou a final. Obaaa!... quer dizer, de novo!! É, de novo. Se eles não fossem para final aí sim ia ser muito estranho.  Esses cariocas da gema participaram de três das cinco decisões do NBB. Em 2013, contra o Uberlândia e em 2010 e 2009 contra o Brasília. Agora, vem para a sua quarta final, com a mesma garra dos anos anteriores. Tendo o terceiro melhor reboteiro, Olivinha, e o terceiro melhor arremessador de três pontos, Marcelinho. E ainda é o segundo time a dar mais assistências por jogo.

Para os flamenguistas roxos, o campeonato não foi tão suado e nem os deixou a um fio de ter uma parada cardíaca de tanta emoção. Podemos dizer que o único momento mais tenso e que os deixou com medinho foram as primeiras duas partidas contra o Mogi das Cruzes. Este empatou a série das semifinais em 1 a 1. Mas, depois de alguns ajustes e da alavancada de alguns jogadores como Meyinsse e Felício, o time desarmou os mogianos e apertou o acelerador, atropelando  a equipe do interior de São Paulo, fazendo 3 a 1 na série.

Deixarei o Flamengo de lado, pois eles não são nenhuma surpresa nesta final. O inusitado vem com o seu adversário: o Paulistano. Os torcedores destes sim tiveram que tomar muito calmante para aguentar tanta emoção neste NBB. Mas também, o time teve muitos feitos inéditos em sua história e ralou muito para chegar aonde chegou. Sua melhor classificação tinha sido o oitavo lugar nas edições anteriores. 2014 é um ano especial para os barbudos do Paulistano que ficaram em segundo lugar na fase de classificação. Passaram por Franca e São José e, pela primeira vez, estão em uma final. Como eles mesmos falam: “Surpreendemos a todos”.

Nos playoffs, foi na raça e na confiança entre o jogo coletivo e a marcação forte que eles derrubaram grandes e tradicionais times. Principalmente, o grito de guerra dos francanos de “é tradição”. Ambas partidas nas quartas de finais e semifinais foram decididas no quinto e último jogo da série. Com o ginásio lotado, os Paulistanos calaram as torcidas azul e amarela dos joseenses e azul e branco dos francanos. Além disso, derrubaram a marra do pivô Paulão e do ala/pivô Jefferson, que vinham disparados como os favoritos nos jogos.

Tanto na última partida das semifinais quanto nas quartas de finais o Paulistano vibrou com uma intensidade e emoção que parecia final de campeonato. Teve jogador barbudo chorando E MUITO na quadra após o apito final do juiz.

Neste sábado, digamos que o dia começa cedo. Às 10 horas, vou trocar meu pão de café da manhã por algumas pipocas. Afinal, um duelo de gigantes vem por aí entre os barbudos e surpreendentes do Paulistano contra os grandalhões e temidos do Flamengo. Quem leva a jogada? Bem, eu prefiro não apostar em ninguém. Podemos ter mais uma zebra (ou melhor mais surpresas) ou a consolidação de um reinado carioca no topo do NBB. Que vença o melhor !

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por Luiza Vaz
| luizavdias@gmail.com

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