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domingo, 2 de maio de 2010

Copa do Mundo > Domingueira do Pilat

Naquelas Copas de 1974 e 1978

Quem levou a taça foi a Alemanha e a Argentina. Mas bem que poderia ter sido a Holanda. Apelidada de Laranja Mecânica, por conta do filme de mesmo nome que fez sucesso na década de 70, os holandeses ficaram conhecidos também como "carrossel", por conta do futebol envolvente que apresentou nos Mundiais de 1974 e 1978.

Com Cruyff

Para a Copa da Alemanha, a Holanda chegava com um status de possível surpresa, e não necessariamente um favorito. De 1970 a 1973 a Holanda jogou 23 vezes. Teve 14 vitórias, 6 empates e 4 derrotas. Marcou 61 gols e sofreu 15. Retrospecto excelente de um time que ainda não tinha tradição em Mundiais.

Pesava aos holandeses o histórico recente do Ajax, tricampeão europeu (71, 72 e 73), liderado por um genial meia-atacante considerado o melhor do planeta na época: Johan Cruyff.

Cruyff foi o camisa 14 daquela seleção mágica. Ele era totalmente diferenciado dos demais holandeses - que também eram bons pra burro! A diferença dele era vista até no uniforme, já que Cruyff era o único que tinha sua camisa laranja com apenas duas listras nas mangas - todos os outros tinham as três listras tradicionais dos equipamentos da Adidas.

E apesar do carrossel holandês consagrado por Rinus Michels, o diferencial holandês era seu capitão. Foi sob a batuta de Cruyff que a "Laranja Mecânica" derrotou Uruguai, Bulgária, Alemanha Oriental, Argentina e Brasil, até chegar à final. Nesse caminho, apenas um empate, contra a Suécia.

Com isso, aquela possibilidade de ser surpresa virou favoritismo na decisão contra a Alemanha Ocidental, dona da casa. Porém, venceu a força e a qualidade do time alemão, que contou com o apoio do seu torcedor. O futebol-arte da Holanda não justificou seu talento com títulos. Azar da Copa do Mundo, sorte de quem viu aquele time jogar.

E sem Cruyff

Na Copa de 1978, a Holanda não contou com Cruyff. O craque se recusou a atuar em um país como a Argentina, que vivia um pesado regime militar. Azar da Holanda, da Copa e sorte da Argentina, que enfrentou os holandeses na decisão e venceu.

Porém, mesmo sem Cruyff, a Holanda ainda era o melhor time daquela Copa. E é melhor falar de Rensenbrink, Neeskens, Rep e cia. do que da conspiração para o título argentino. Holanda que não era mais comandada por Rinus Michels, mas que mantinha o carrossel com Ernst Happel. Que teve dificuldades na primeira fase, reagiu na segunda e chegou à final tendo que vencer tudo e todos, o que não possível.

Certamente, a Laranja não era tão mecânica em 1978. Na verdade, não era tão genial. E talvez fosse até injusto que a Holanda fosse campeã sem Cruyff. Mas injusto mesmo foi o time holandfês não ter conquistado uma Copa naquelas anos de 1970.

LEIA TAMBÉM > Naquela Copa de 1970...

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* A coluna Domingueira do Pilat relembra os fatos que marcaram a história do esporte. Afinal, é preciso conhecer o passado para entender o presente e projetar o futuro.

Direto da Redação










Colunista: Ricardo Pilat
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