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segunda-feira, 26 de maio de 2008

Campeonato Brasileiro > Cruzeiro dá goleada no Santos e assume liderança isolada

* Time mineiro continua com 100% de aproveitamento

Em uma partida bem disputada, equilibrada na etapa inicial e dominada amplamente pelo mandante, no segundo tempo, o Cruzeiro goleou o Santos, por 4 a 0, na tarde deste domingo, no Mineirão, mantendo o aproveitamento de 100% e assumindo a liderança isolada do Brasileiro, com nove pontos. A equipe paulista, por sua vez, sofreu sua segunda derrota na competição, ficando com três pontos e rendimento de 33,33%.

Cruzeiro e Santos viveram o mesmo drama da eliminação da Libertadores, quando sonhavam com o título internacional, que ambos já sentiram o gostinho de conquistar. A desclassificação celeste, para o Boca Juniors, foi nas oitavas-de-final, enquanto a saída do Santos foi mais recente, aconteceu na última quinta-feira, numa insuficiente vitória sobre o América do México, por 1 a 0, na Vila Belmiro, pelas quartas-de-final.

O Cruzeiro, depois da derrota no Mineirão para o Boca, por 2 a 1 - mesmo resultado do primeiro jogo na Argentina -, só ganhou suas partidas. Derrotou o Vitória, em Salvador, por 2 a 0, e, em casa, bateu o Botafogo, por 1 a 0, e o Santos, por 4 a 0, demonstrando que assimilou o fracasso na Libertadores. Em suas três primeiras partidas no Nacional, o time celeste marcou sete gols e a defesa não sofreu nenhum.

O Santos, que fez sua primeira partida depois da eliminação, mostrou que Leão precisará muito trabalho para conseguir alcançar o objetivo de pelo menos garantir vaga à Libertadores em 2009. A equipe santista encarou o Cruzeiro de igual para igual nos primeiros 45 minutos, mas foi presa fácil para o adversário na etapa final.

No segundo tempo, perdendo por 1 a 0, o Santos tentou buscar o empate e se expôs ao contra-ataque celeste. O Cruzeiro assumiu o controle completo da partida e ampliou o marcador, além de desperdiçar outras boas chances. Antes mesmo dos 30 minutos, a torcida cruzeirense já ensaiava os gritos de "olé".

O primeiro tempo começou caracterizado pelo equilíbrio. Nos 15 minutos iniciais Fábio e Fábio Costa tinham feito uma defesa difícil cada um e cada time tinha cobrado dois escanteios. Aos 18min, no entanto, a velocidade do jovem ataque celeste, que havia sido comentada antes do início da partida pelo técnico Leão, funcionou e os donos da casa abriram o marcador.

Jajá, artilheiro do Campeonato Mineiro deste ano, emprestado ao Guarani de Divinópolis, e que fez a sua estréia pelo Cruzeiro, deu passe na medida para Guilherme chutar de bico e fazer o quarto gol cruzeirense no Brasileiro e o seu segundo. O gol do time de Adilson Batista mudou o jogo, que se tornou mais aberto, com as duas equipes criando oportunidades para balançar as redes adversárias.

Na melhor tradição de Santos e Cruzeiro, que fizeram jogos empolgantes no passado, como na final da Taça Brasil de 1966, conquistada pelos mineiros, os dois clubes procuraram o gol. Por ironia do destino, coube aos jogadores que ostentam a camisa 10, que há 42 anos eram vestidas por Pelé e Dirceu Lopes, criar e não concretizar as principais oportunidades.

Wagner, o 10 celeste, mandou duas vezes a bola na trave, e Molina chutou para fora a chance do empate do Santos, que finalizou mais que os donos da casa: 10 contra sete. Mas 70% das conclusões do clube paulista foram para fora e nas outras três vezes em que a pontaria foi correta, o goleiro cruzeirense Fábio apareceu bem. O santista Fábio Costa não ficou atrás e fez três difíceis defesas também na etapa inicial.

Os dois times voltaram com mudanças para o segundo tempo. No Cruzeiro, Adilson Batista tirou o lateral-esquerdo Jadílson para a entrada do lateral-direito Jonathan. Dessa forma, o "mil e uma utilidades", como o treinador define Marquinhos Paraná e que estava na direita, trocou de lado. Já Leão, tirou Molina e colocou Wesley.

O segundo tempo foi marcado pelo domínio cruzeirense e a goleada foi sendo construída naturalmente. Aos 17min, Guilherme recebeu de Jonathan e fez o seu terceiro no Brasileiro e o segundo gol celeste na partida. Sete minutos depois, Wagner fez o terceiro. Após desperdiçar duas chances, Maicosuel, que havia substituído a Jajá, marcou o quarto gol, aos 33min. A partir daí, o time mineiro administrou a folgada vantagem.

FICHA DO JOGO

Data: 25/5/2008 (domingo)
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho (DF)
Assistentes: Nilson Alves Carrijo (DF) e Renato Miguel Vieira (DF)
Cartões amarelos: Charles (Cruzeiro), Marcinho Guerreiro, Betão (Santos)
Gols: Guilherme, aos 18min do primeiro tempo; Guilherme, aos 18min, Wagner, aos 24min e Maicosuel, aos 33min do segundo.

CRUZEIRO
Fábio; Marquinhos Paraná, Espinoza, Thiago Heleno e Jadílson (Jonathan); Charles, Fabrício, Ramires e Wagner; Guilherme (Bruno) e Jajá (Maicosuel)
Técnico: Adilson Batista

SANTOS
Fábio Costa; Betão, Fabão, Marcelo e Kléber; Rodrigo Souto, Marcinho Guerreiro, Adriano (Rodrigo Tabata) e Molina (Wesley); Lima (Trípodi) e Kléber Pereira
Técnico: Emerson Leão

Fonte: Uol


Comentário da Redação
A culpa é do Leão!
por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

O senhor Emerson Leão adora culpar a arbitragem por tudo que acontece quando o time perde, não é? Pois bem, agora sou eu quem vai responsabilizar uma única pessoa pela vexatória goleada no Mineirão, e este é Leão.

No primeiro tempo o Santos jogou um futebol muito bom. Gostei mesmo. Na defesa foram alguns vacilos, um deles resultou no gol celeste, mas no ataque a coisa fluiu muito bem. Só faltou um detalhe, que fez toda diferença no placar: o gol.

Entretanto, nada justifica que um treinador que se diz "de ponta", no intervalo do jogo, tire o meia armador Molina e coloque Wesley, que até hoje não consegui definir qual sua posição em campo. Molina não fazia grande jogo realmente, mas era a referência na saída de jogo. Wesley é um jogador completamente, nulo que não leva perigo nenhum a ninguém!

Se isso não fosse o bastante, Leão completa seu repertório de bobagens, trocando Lima, que vinha bem na partida, e coloca o esforçado, porém, horrível, Mariano Tripodí. E a defesa, que era uma mãe, com uma avenida no lado esquerdo de Kléber, e com a zaga em linha, com jogadores pesados contra atacantes velozes, não sofreu mudanças. Conclusão: 4 a 0 foi pouco.

E que não me venham dizer que os jogadores estavam abalados com a eliminação na Libertadores, pois uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Sou a favor da continuidade dos treinadores, que eles tenham tempo para trabalhar... mas o que começa errado termina errado. Desde o começo desta volta ao Santos, Leão só vem pisando na bola. Ele foi muito bem ao conseguir, pelo menos, montar uma base para aquele monte de jogadores ruins que tinha, mas ele peca demais na parte de organização tática, substituições, entre outros defeitos.

Creio que a linha está chegando ao fim para o nosso bravo felino...

Conceitos

Fábio Costa - REGULAR: Não teve culpa nos gols, e até evitou o pior... mas 4 é dose né...
Betão - PÉSSIMO: Hoje foi muito mal. Deixou os adversários em condições o tempo todo, por não formar a linha de defesa corretamente.
Fabão - PÉSSIMO: Fabão titular no Santos é uma brincadeira. Chega!
Marcelo - PÉSSIMO: Não ganha uma.
Kléber - PÉSSIMO: Parece estar contando as horas para voltar ao velho continente.
Rodrigo Souto - PÉSSIMO: Por incrível que pareça, um de nossos melhores jogadores errou muito hoje.
Marcinho Guerreiro - BOM: E por incrível que pareça novamente, Marcinho foi muito bem, deu um show de raça e disposição.
Adriano - REGULAR: Desarma todas, e erra todos os passes... aí complica.
(Rodrigo Tabata) - PÉSSIMO: Esse é um caso perdido.
Molina - REGULAR: Fazia partida razoável e não merecia ser substituído.
(Wesley) - PÉSSIMO: Poderia passar horas falando dele, mas prefiro me calar.
Lima - BOM: Estava arriscando e se movimentando. Outro que não merecia sair.
(Trípodi) - PÉSSIMO: A bola chora na canela do argentino.
Kléber Pereira - REGULAR: Pecou nas finalizações, mas se movimentou bem enquanto teve vontade de jogar.
Téc: Emerson Leão - PÉSSIMO: Até que armou mal o time, mas no intervalo conseguiu destruir tudo que construiu, por conta de sua teimosia e falta de visão. Péssimo com louvor.

Direto da Redação



Estagiário: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

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