* Com gol polêmico, Raposa continua sem perder, mas Fla vira líder pelo saldo de gols
Em partida em que teve pênalti desperdiçado, discussão entre dois de seus principais jogadores e um gol marcado em cobrança de tiro livre indireto, na área do adversário, o Cruzeiro venceu o Vasco, por 1 a 0, na noite deste domingo, no Mineirão. Dessa forma, o time celeste manteve sua invencibilidade no Brasileirão, os 100% de aproveitamento em casa, mas não conseguiu voltar à liderança, que passou a ser ocupada pelo Flamengo.
Já o Vasco, que sofreu a sua segunda derrota, caiu do 4º lugar, em que estava antes do início da rodada, para a 7ª posição, com sete pontos. O time carioca, que foi dominado a maior parte do tempo pelo adversário, foi derrotado por um lance de bola parada e que não é muito comum: irregularidade cometida pelo goleiro Tiago, que largou a bola no chão e depois a segurou novamente. Ele alegou que espalmou a bola, e não a soltou de propósito.
O gol que resultou na vitória celeste aconteceu aos 26min do segundo tempo, oito minutos depois de Guilherme desperdiçar uma cobrança de pênalti cometido por Jonilson sobre Ramires. Na batida, Tiago fez a defesa parcial, mas deu rebote, só que Guilherme chutou de novo de esquerda e o goleiro vascaíno voltou a pegar.
Mesmo com o triunfo, o Cruzeiro ocupa agora a vice-liderança. Para voltar ao primeiro lugar depois da goleada do Flamengo sobre o Figueirense, por 5 a 0, na noite de sábado, a equipe de Adilson Batista e Guilherme precisava de um triunfo por diferença de três gols. Apesar de ter buscado o ataque na maior parte do jogo, o Cruzeiro não teve a mesma força ofensiva de outras jornadas recentes.
A dificuldade da partida enervou os jogadores cruzeirenses. O volante Charles e o meia Wagner tiveram um desentendimento no intervalo, que, segundo os atletas, foi superado imediatamente. Os companheiros de time se abraçaram, no gramado, antes do início do segundo tempo, demonstrando que superaram o atrito.
"Teve uma pequena discussão entre eu e o Wagner no vestiário, mas morreu ali dentro. A gente precisa vencer o jogo, eu preciso dele e ele de mim. Então, a gente tem de vencer este jogo", disse Charles, confirmando o desentendimento, mas negando que tenha havido uma briga entre eles.
Equilibrado no começo, o primeiro tempo foi dominado pelo Cruzeiro, que fez uma forte marcação sobre o Vasco e contou com o avanço de seus volantes Fabrício, Charles e Ramires, além dos laterais Marquinhos Paraná e Jadilson, principalmente, para levar perigo ao gol defendido por Tiago. Nos 45 minutos iniciais, o Cruzeiro finalizou 14 vezes, sendo que cinco bolas tiveram direção certa, mas foram defendidas pelo goleiro vascaíno.
Já o Vasco, que começou o primeiro tempo dando a impressão que não atuaria tão recuado, demonstrou, na prática, que o empate estava em seus planos. Nos minutos iniciais, o lateral-direito Wagner Diniz apareceu bem no apoio ao ataque, travando um duelo interessante com o lateral-esquerdo adversário Jadílson. Os dois jogadores priorizam a parte ofensiva, o que abre espaços nos seus setores para os ataques dos oponentes.
Com o passar do tempo, o Cruzeiro assumiu o controle do jogo e passou a atacar com freqüência. O Vasco foi empurrado para o seu campo e limitou-se durante a maior parte do primeiro tempo a se defender. Somente nos minutos finais, voltou a arriscar um pouco mais, mas Edmundo, de volta após a tentativa frustrada de aposentadoria, Morais e Leandro Amaral estiveram pouco inspirados na primeira etapa.
No segundo tempo, o Cruzeiro voltou com Fabinho no lugar de Jajá. O Vasco retornou com a mesma equipe, já que o técnico Antônio Lopes tinha sido obrigado a substituir Leandro Bomfim, contundido, aos 8min, da etapa inicial, por Souza. O recomeço do jogo mostrou o Vasco mais ofensivo, mas essa tendência não durou muito.
O Cruzeiro recuperou o domínio da partida e voltou a criar as principais chances de gols. Aos 18min, Guilherme desperdiçou o pênalti. Mas, aos 26min, em um tiro livre indireto marcado pelo árbitro Wilson Souza de Mendonça, o Cruzeiro fez o seu gol. Fabrício rolou para chute forte de Charles, um dos personagens da discussão, que foi cercado e abraçado por todos os companheiros, inclusive Wagner, um dos mais efusivos.
Depois disso, o Cruzeiro ainda criou e desperdiçou outras oportunidades para ampliar o marcador, enquanto o Vasco continuou sem conseguir atacar. Por isso, o goleiro Fábio não foi exigido. O Cruzeiro volta a campo na próxima quinta-feira contra o Palmeiras, em São Paulo, e o Vasco vai a Recife para pegar o Náutico.
FICHA DO JOGO:
Data: 8/6/2008 (domingo)
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Árbitro: Wilson Souza de Mendonça (PE)
Assistentes: Roberto Braatz (PR) e Gilson Bento Coutinho (PR)
Cartões amarelos: Morais, Jonilson, Edmundo (Vasco); Fabinho (Cruzeiro)
Gols: Charles, aos 26min do segundo tempo
CRUZEIRO
Fábio, Marquinhos Paraná, Espinoza, Thiago Heleno e Jadílson (Jonathan); Fabrício, Charles, Ramires e Wagner; Guilherme e Jajá (Fabinho)(Camilo)
Técnico: Adilson Batista
VASCO
Tiago, Wagner Diniz, Eduardo Luiz, Luizão (Anderson) e Pablo; Jonílson, Rodrigo Antônio, Leandro Bomfim (Souza) e Morais (Jean); Edmundo e Leandro Amaral.
Técnico: Antônio Lopes
Fonte: Uol
Estagiário: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
Esse juiz que deu a falta contra o clube vasco da gama no jogo com o cruzeiro. ele não marcaria contra o cruzeiro...
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