
De volta ao ponto de partida
Por ironia do destino, o Fluminense fará sua última visita sul-americana no mesmo estádio da estréia, o Casablanca, onde empatou sem gols na primeira rodada da fase de grupos, no dia 20 de fevereiro. Naquela ocasião, a equipe carioca levou um sufoco na primeira etapa, mas teve chances para surpreender depois do intervalo.
Daí em diante, o Tricolor trilhou a melhor campanha na competição, inclusive com uma vitória por 1 a 0 sobre a LDU no Maracanã, para garantir a vantagem do mando de campo até a final. E, pelo caminho, foram despachados supostos favoritos como São Paulo e Boca Juniors. Thiago Neves, que teve bom aproveitamento em chutes de fora da área nos treinos em Quito, ressalta a força do adversário.
- Acho que vai ser o jogo mais difícil até o momento. Aliás, tenho certeza. Eles tocam muito bem a bola e têm uma enorme qualidade técnica. Vai ser complicado.
Regras distintas para a decisão
Na decisão da Libertadores os gols marcados pelo visitante não valem para um desempate. Por exemplo, dois resultados diferentes de empate (2 a 2 em Quito e 0 a 0, no Rio) ou uma vitória e uma derrota com placares distintos e a mesma diferença de gols (3 a 2 e 2 a 1) levam a disputa para uma prorrogação de 30 minutos no Maracanã, podendo o título ser definido, na seqüência, em uma disputa por pênaltis.
Flu não muda na altitude

Do outro lado, o time terá pela frente uma equipe que é a base da seleção equatoriana, além da altitude de 2.800 metros de Quito. Mas, ao contrário do time brasileiro, a LDU não tem obtido seus melhores resultados em casa, com empates nos últimos dois jogos. Campeão da Libertadores pelo Grêmio em 1983, o treinador do Flu tem a fórmula para jogos nessas condições.
- Nós precisamos nos adaptar ao tempo de bola, porque ela corre muito. Tem que tocar para o companheiro que estiver mais perto, e com precisão, porque se tocar na frente não dá para pegar - diz Renato.
O técnico não se preocupa com a condição física de seu artilheiro.
- O Washington está bem. Vai jogar sem problema. Estamos confiantes.
LDU joga com força máxima
A LDU chega à decisão com a missão de conquistar o primeiro título de Libertadores para um time equatoriano. Com o plantel em plenas condições, o técnico argentino Edgardo Bauza repete o time inicial dos últimos confrontos pela competição no esquema 3-6-1, com Guerrón e Bolaños pelas alas e Bieler no ataque.
A equipe tem seis jogadores na seleção do Equador (Cevallos, Ambrosi, Urrutia, Bolaños, Guerrón e Campos) e um na do Paraguai (Enrique Vera), o que faz Renato Gaúcho rejeitar o rótulo de favorito. Quem terá a chance de revanche é o goleiro Cevallos, que estava na final contra o Vasco em 1998 vestindo a camisa do Barcelona de Guaiaquil.
- Sabemos que as duas partidas serão cruciais, mas a LDU tem um bom plantel e opções em seu jogo para tentarmos ficar com o título - ressalta o goleiro.
FICHA DO JOGO:
Estádio: Casa Blanca, Quito (EQU)
Data/hora: 25/6/2008 - 21h30min (de Brasília)
Árbitro: Carlos Chandía (CHI)
Auxiliares: Enrique Osses (CHI) e Cristian Julio (SP)
LDU
Cevallos, Calle, N. Araujo e Campos; Guerrón, Vera, Urrutia, Ambrossi e Bolaños; Manso e Bieler. Técnico: Edgardo Bauza.
FLUMINENSE
Fernando Henrique, Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Ygor, Arouca, Conca, Thiago Neves e Cícero; Washington. Técnico: Renato Gaúcho
Fonte: Globo.com e Lancenet
Estagiário: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
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