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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Futebol Gaúcho > Abel se despede do Inter e traça meta: encerrar carreira no clube

* Treinador faz pronunciamento de mais de seis minutos, diz que deixa o Beira-Rio com pesar e estabelece 'questão de honra'

O homem que comandou o Internacional nos maiores títulos de sua história deixou oficialmente o Beira-Rio nesta segunda-feira. Abel Braga fez um pronunciamento de mais de seis minutos na sala de conferências da casa colorada, disse que não voltará ao cargo tão cedo e estabeleceu uma meta: encerrar a carreira no clube gaúcho.

- Sentei na minha cadeira e falei para o pessoal que levarei um bom tempo para sentar ali de novo, mas sentarei no futuro. Será ou para encerrar minha carreira, ou para fazer mais 40 jogos e ser o segundo treinador que mais comandou esse time. Virou uma questão de honra para mim. Tomara que seja no fim da minha carreira. Seria lindo - afirma o agora treinador do Al-Jazira, dos Emirados Árabes.

Abelão treinou o Inter em cinco momentos diferentes. Ele voltou a falar de sua relação profunda com o clube que deixa nesta segunda.

- É com pesar que saio. No dia 2 de janeiro de 2006, cheguei para minha apresentação. Tive aquela saída de três meses ano passado. Foram 25 meses de trabalho no Inter. Conquistamos a Libertadores, o Mundial, a Copa Dubai, o Gauchão. Dispensa qualquer tipo de comentário que foi um trabalho de sucesso, de entrega, de cumplicidade - comenta.

Abel Braga voltou a dizer que o Inter é um clube diferente dos demais. E se disse o mais feliz dos treinadores brasileiros.

- Esses jogadores que ficam vão defender o clube com dignidade. Esse clube é especial, é conduzido de forma especial, tem funcionários especiais. Saio feliz. Saio com uma aceitação maior do que quando cheguei. Sou o treinador mais feliz do futebol brasileiro.

Abel Braga embarca à 1h20m desta terça-feira de São Paulo para os Emirados Árabes. Ele assina contrato de dez meses com o Al-Jazira para depois sonhar com o retorno ao Beira-Rio.

Fernandão: 'Paulo Autuori é unanimidade'

Encontrar um novo treinador virou a montagem de um quebra-cabeça para o Inter. A preferência colorada é Muricy Ramalho, mas o técnico do São Paulo não deve se desligar do clube do Morumbi em tempo de fechar com os gaúchos. Aí nasceram outras duas possibilidades, que são justamente as alternativas do Santos: Cuca e Paulo Autuori. O time da Vila parecia mais disposto a contratar o segundo, mas o problema é que ele tem boa relação com o Al-Rayyan, do Qatar, e disse que só sai de lá se entrar em consenso com os dirigentes locais. Por isso, o Peixe deve anunciar Cuca ainda nesta segunda-feira. E o resumo da ópera é que agora cabe ao Inter a tentativa de tirar Autuori do futebol árabe.

O treinador é visto com todo o carinho do mundo no Beira-Rio. Ele fez um trabalho muito bom em 1999, mas a trajetória foi interrompida por um jogo trágico: a derrota de 4 a 0 para o Juventude, que tirou o Colorado da Copa do Brasil daquele ano. Mesmo assim, Autuori manteve bom cartaz no Inter, até porque seguiu conquistando títulos - foi campeão mundial com o São Paulo. O treinador tem um ponto que pesa muito a seu favor em uma possível transferência para Porto Alegre: a aprovação de Fernandão, cujo poder político no clube vai muito além da braçadeira de capitão.

- Todo mundo que trabalha com ele fala super bem. É difícil ter uma unanimidade entre jogadores e dirigentes, e o Autuori tem essa unanimidade. Se vier ele, será um ganho muito grande, porque é um vencedor por onde passou - afirma Fernandão, em entrevista para a Rádio Gaúcha.

Autuori segue em contatos com o Al-Rayyan para tentar a liberação - se não para o Santos, agora para o Inter. Ele acabou de renovar contrato com o clube do Qatar por mais dois anos.

Fonte: Globo.com


Estagiário: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

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