É comum dizer que todo jogo do Campeonato Brasileiro é uma decisão. Mas esse fator será ainda mais destacado neste domingo. Em situação de extrema pressão, o Botafogo recebe o Grêmio às 18h10m, no Engenhão, numa partida que pode significar a saída do técnico Geninho. O time gaúcho tinha tudo para estar totalmente motivado, já que é o vice-líder da competição. Mas a saída repentina e turbulenta de Roger deu um tempero diferente ao ambiente tricolor.Existe a intenção de allguns membros da diretoria do Bota de não continuar com Geninho em caso de um novo tropeço em casa. No entanto, o técnico se mostra tranqüilo quanto ao futuro.
- A especulação é algo natural, mas não me preocupo. Sei que não adianta ter feito um trabalho de alto nível se os resultados não forem bons. No entanto, acredito que vamos reagir.
Sem vencer há três partidas e sem fazer gols há duas, a equipe alvinegra sabe que os três pontos sobre o vice-líder são fundamentais para a esperada reação. Os jogadores têm a consciência de que o 16º lugar não é confortável, e não se deve esperar muito para sair dessa situação.
- Depois de disputarmos tantas decisões, é mais difícil acostumar com o ritmo do Brasileiro. Mas nessa competição, todos os jogos são decisivos. Se ficarmos retardando a reação, a situação vai se complicar - alerta o volante Túlio, ao lembrar da final do Estadual contra o Flamengo e das semifinais da Copa do Brasil, contra o Corinthians.
O Botafogo tem dois jogadores suspensos: os zagueiros Ferrero e Andre Luis não jogam, e Edson ganha nova oportunidade. Em compensação, o meia Lucas Silva pode fazer sua estréia, já que teve sua transferência regularizada - fica no banco de reservas. Diguinho, que não esteve em campo na última rodada, volta após cumprir suspensão.
Entregues ao departamento médico, Luciano Almeida e Triguinho não podem jogar. Com isso, Zé Carlos entra na lateral esquerda. A dúvida é Carlos Alberto, que ainda sente dores no tornozelo.
Um novo Grêmio sem Roger
O jogo no Engenhão marca o início de um novo momento para o Grêmio no Brasileiro. A saída de Roger mexe com a estrutura do time. Curiosamente, a equipe talvez fique ainda mais operária, um termo adotado pelo próprio atleta.
- Vamos procurar equilibrar o time sem o Roger. Ele foi muito importante, e se destacou justamente porque tinha uma participação coletiva muito nítida - explica o técnico Celso Roth.
A saída de Roger coincide com uma mudança estrutural no Tricolor, que, nos treinos da semana, passou do 3-5-2 para o 3-6-1. Rodrigo Mendes substitui o camisa 10. Rudnei também entra na equipe, que deixa de ter dois atacantes para ficar com apenas um, o colombiano Perea - Marcel vai para o banco.
Roth precisa lidar com outros desfalques: Léo está suspenso pelo terceiro cartão amarelo. O mesmo vale para o volante Eduardo Costa, afastado dos treinos porque sente dores no tornozelo, e o zagueiro Pereira, que tem chances remotas de começar a partida. Jean e William Thiego entram na zaga. No meio, volta Rafael Carioca.
Depois do Botafogo, o Grêmio visita o Santos. A seqüência de duas partidas fora de casa testará a capacidade de pontuar do time.
- São dois jogos complicados, dois clássicos, mas temos como meta somar pontos, e é o que vamos buscar - diz Roth.
FICHA DO JOGO:
Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 06/07/2008 (Domingo)
Horário: 18h10
Árbitro: Cláudio Luciano Mercante Júnior (PE)
Auxiliares: Jossemmar José Diniz Moutinho (PE) e Fabiano da Silva Ramires (ES)
BOTAFOGO
Castillo, Renato Silva, Édson e Leandro Guerreiro; Alessandro, Túlio, Diguinho, Lúcio Flávio e Zé Carlos; Wellington Paulista e Jorge Henrique.
Técnico: Geninho
GRÊMIO
Victor, Jean, William Thiego e Réver; Paulo Sérgio, William Magrão, Rafael Carioca, Rudnei, Rodrigo Mendes e Hélder; Perea.
Técnico: Celso Roth
Fontes: Globo.com e Uol
Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
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