* Verdão conquista o Paulistão, mas fica a ver navios no Brasileiro

Veio o título paulista... e só. O torcedor palmeirense esperava a conquista do Brasileiro ou da Copa da Brasil, mas o Verdão teve que se contentar com o torneio regional, que não vencia há 11 anos.
Quebra do jejum
O Paulistão foi o momento de maior alegria para o torcedor do Palestra. A quebra do jejum no Paulista significou também a retomada de conquistas do alviverde, que estava desde 2000 sem conquistas importantes.

Nas semi-finais, um duro duelo com o São Paulo. No jogo de ida, o Tricolor venceu por 2 a 1, com um gol irregular de Adriano, com a mão. Revolta dos torcedores palmeirenses. Mas não durou muito. Na volta, em casa, o Palmeiras venceu por 2 a 0 e garantiu vaga na final contra a Ponte Preta. O jogo no Palestra Itália ficou marcado por conta do episódio no spray de pimenta no vestiário do visitante.
Na grande decisão, um passeio diante da Ponte Preta. Em Campinas, vitória tranquila por 1 a 0. Em São Paulo, uma goleada história: 5 a 0. O título era do Verdão do craque valdívia, que ficou careca na comemoração.
Perdeu para o campeão
Na Copa do Brasil, o Palmeiras foi eliminado logo nas oitavas-de-final. Após empatar sem gols diante do Sport, em casa, o time comandado por Luxemburgo levou uma surra por 4 a 1, na Ilha do Retiro, em Recife.
Nas fases anteriores, o Palmeiras havia batido os fracos Cene, do Mato Grosso do Sul, e o Central de Pernambuco. O momento em que encarou o Sport não foi dos melhores. O jogo de ida aconteceu antes da partida com a Ponte, em Campinas, pela final do Paulista. O jogo de volta foi na semana seguinte, em Recife, às vésperas da decisão no Palestra. Se vale de consolo, perdeu para o campeão.
Prêmio de consolação
O grande objetivo da temporada passou a ser o título brasileiro, que não vinha há 14 anos. Mas no decorrer do campeonato, o Palmeiras sofreu duas grandes baixas. O Mago Valdívia foi negociado com o futebol árabe para engordar os cofres do clube, assim como o zagueiro Henrique, vendido para o Barcelona e emprestado ao Bayer Leverkusen, da Alemanha.
Com os desfalques o time se perdeu e fez uma campanha muito irregular no Brasileirão. Em um jogo-chave, o time de Vanderlei Luxemburgo encarou o Grêmio, em duelo que valia as primeiras posições da tabela. O Palmeiras decepcionou sua torcida em pleno Palestra, perdendo por 1 a 0 e dando adeus ao título.
A Libertadores foi o prêmio de consolação. A vaga foi muito chorada e poderia ser melhor. O quarto lugar obtido pelo clube dá direito a um duelo na Pré-Libertadores. Na última rodada, o Palmeiras era o terceiro o enfrentou o desmantelado Botafogo em casa para garantir uma vaga direta no torneio continental. O resultado: mais uma derrota frustrante em casa, 1 a 0.
Melhor nem lembrar
A participação na Copa Sulamericana não ficará na lembrança do torcedor alviverde. Após passar por Vasco e Sport Ancash, do peru, o Verdão encarou o Argentino Juniors. Foram duas derrotas, 1 a 0 no Palestra e 2 a 0 na Argentina.
Na ida, o Palmeiras foi muito prejudicado pela arbitragem, gerando reclamação e confusão. Na volta, mostrando desprezo pela competição, Vanderlei Luxemburgo mandou apenas 14 jogadores para a partida. Ele mesmo não viajou. Deu no que deu.
Herói: Valdívia
O meia chileno foi o grande destaque da equipe na conquista do Paulistão. No meio da temporada, em busca de recursos, o chileno acabou negociado.
Vilão: Jéci
O zagueiro que veio do Coritiba não caiu nas graças da torcida. Jogando ao lado de Gladstone em grande parte do campeonato, Jéci cometeu muitas falhas e o Palmeiras sofreu muito com sua defesa. A maior reclamação era em relação às bolas aéreas, que custaram pontos preciosos do Verdão no Brasileirão.
Dia D: 4 de maio
O Palmeiras impôs sua grandeza diante da Ponte Preta. Vitória por 5 a 0, no jogo final entre as equipes pela decisão do Paulistão. Fim de um jejum que durava 11 anos sem conquistas estaduais.
Dia para ser esquecido: 9 de novembro
Em duelo direto pelo título, o Palmeiras perdeu em casa para o Grêmio por 1 a 0, gol de Tcheco, ficando longe do caneco. Decepção da torcida alviverde.
O número: 2
Esse é o número de derrotas que o Palmeiras sofreu dentro do Palestra Itália em todo o Brasileirão. Entretanto, foram em dois jogos cruciais, contra Grêmio e Botafogo, ambos perdidos por 1 a 0.
Comentário da Redação
Incertezas
O Palmeiras viverá seu Réveillon cheio de incertezas. Contratações de impacto continuam nas especulações. Ninguém sabe de Kléber fica ou não, e a tendência é que não. E para piorar, no final de janeiro, as eleições para a presidência do clube não tem ainda candidatos definidos.
Tudo isso serve para contemplar o ano de 2008 do Verdão, temporada em que o Palmeiras voltou a ser manchete, brigando por títulos, apesar da enorme confusão que há em relação à diretoria, seu treinador e a Traffic.
O que o torcedor palmeirense quer é mais transparência. Quer saber porque tanta má vontade para ficar com Kléber e tanto dinheiro investido em Diego Souza no começo do ano, por exemplo. Ele quer entender o porquê de jogadores como Jeci, Jefferson, Fabinho Capixaba, Evandro, Thiago Cunha, entre outros vestindo a camisa do Palmeiras.
E Luxemburgo, será que seu tempo já passou? Alguém se habilita a responder?
Direto da Redação
Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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