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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Copa das Confederações > Estados Unidos surpreendem o mundo, derrotam os espanhóis e vão à final

* Atual nº 1 do ranking da Fifa, Fúria perde invencibilidade de 933 dias

Fã de futebol, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve estar dando pulos de alegria na Casa Branca. De virtualmente eliminada na primeira fase, a seleção da Terra do Tio Sam está na final da Copa das Confederações . Jogando com muita bravura, os americanos surpreenderam a Espanha e derrotaram a atual número 1 do ranking da Fifa por 2 a 0, nesta quarta-feira, pela semifinal da Copa das Confederações.

Além de garantir uma inédita vaga na decisão do torneio contra o vencedor de Brasil e África do Sul, os EUA acabaram com uma invencibilidade de quase três anos da Fúria (35 jogos). A última derrota da equipe de Fernando Torres, Villa, Puyol e companhia foi há 933 dias, quando perdeu um amistoso para a Romênia (1 a 0) em 15 de novembro de 2006.

Espanha sem o mesmo ímpeto da estreia

Com a mesma escalação que goleou a Nova Zelândia na estreia, a Espanha começou a partida no estádio Free State, em Bloemfontein, em um ritmo completamente oposto ao da primeira partida na Copa das Confederações. Sem ter nada com isso, os Estados Unidos criaram a primeira boa chance da partida aos oito minutos. Da entrada da área, o meia Dempsey chutou rasteiro e abola tirou tinta da trave de Casillas.

A primeira investida da Fúria só veio aos 11 minutos. Após cruzamento de Fábregas, o artilheiro Fernando Torres chegou atrasado e acabou escorando para fora do gol.

Com o passar do tempo, a Espanha foi normalizando a partida, controlando as ações e passando a ter quase o dobro de posse de bola que o rival.

Casillas falha, festa dos EUA

No entanto, em um contra-ataque sem muitas pretensões, foram os americanos que abriram o placar aos 27 minutos. Dempsey deu belo passe para Altidore que girou sobre Capdevilla e, na entrada da área, chutou fraco. Casillas, parecendo que esperava uma finalização mais forte, acabou falhando e permitiu a festa dos ianques.

Assustada, a Fúria quase sofreu o segundo gol aos 35 minutos. Após bola alçada, Dempsey cabeceou rente ao poste direito de Casillas.

Aos 44, Fernando Torres, em jogada individual por pouco não igualou o marcador obrigando o goleiro Howard, que defende o Everton-ING, fazer grande defesa com os pés.

Pressão da Fúria, raça americana

No segundo tempo, a Fúria massacrou os americanos no início. Em apenas um minuto e meio, Villa e Xabi Alonso por pouco não empataram em dois chutes poderosos. No primeiro, Howard fez bela defesa. No segundo, a bola passou muito próxima ao travessão.

Os Estados Unidos, por sua vez, buscavam de todas as formas conter a pressão espanhola. Além de Howard, que quando não agarrava contava com a sorte (um chute de Sergio Ramos carimbou a trave aos 18 minutos), os zagueiros defendiam com uma energia impressionante, muitas vezes se atirando de encontro aos arremates adversários.

Até Donovan, que atua como meia-atacante, era visto no miolo da zaga cortando cruzamentos. E toda essa raça dos EUA foi recompensada aos 29 minutos com o próprio Donovan. O jogador do Los Angeles Galaxy deixou o campo de defesa e cruzou uma bola despretensiosa pelo lado direito. Casillas cortou, mas Sergio Ramos, ao tentar dominar e sair jogando, acabou errando e permitiu que a bola sobrasse nos pés de Dempsey que, com o gol vazio, empurrou para o fundo das redes.

Abalados com o surpreendente segundo gol americano, os espanhóis tentaram buscar o empate, mas em vão. Como verdadeiros guerreiros, os atletas dos Estados Unidos seguraram o placar, mesmo com um jogador a menos (Bradley foi expulso aos 41 minutos) e se garantiram na final do próximo domingo em Joanesburgo. Será a primeira vez que os americanos participarão de uma decisão de um torneio organizado pela Fifa.

Ficha técnica
ESPANHA 0 x 2 EUA
Casillas; Sergio Ramos, Puyol, Piqué e Capdevila; Xabi Alonso, Xavi, Fabregas (Cazorla) e Riera (Mata); Torres e Villa. Howard; Spector, Bocanegra, Onyewu, DeMerit; Dempsey (Casey), Bradley, Clark e Donovan; Davies (Feilhaber) e Altidore (Bornstein).
Técnico: Vicente del Bosque. Técnico: Bob Bradley.
Gols: Altidore aos 27 minutos do primeiro tempo. Dempsey aos 29 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos: Altidore e Donovan (EUA); Capdevilla, Piqué (Espanha)

Cartão vermelho: Bradley (EUA)

Estádio: Free Stadium, Bloemfontein (África do Sul). Data: 24/06/2009. Árbitro: Jorge Larrionda (URU). Auxiliares: Mauricio Espinosa (URU) e Pablo Fandino (URU).

Fonte: Globo.com
Fotos: AP


Comentário da Redação
É o futebol...

Ninguém imaginava que os Estados Unidos passariam da primeira fase após as duas derrotas para o Brasil e Itália, e todo mundo esperava ansiosamente o confronto entre Espanha e Brasil na final. Eu esperava uma vitória fácil da Fúria em cima dos americanos e achava difícil que desse zebra, mas deu.

Surpreendentemente, os Estados Unidos começaram atacando e conseguiram tudo que queriam, abrir o placar. Depois disso era só se fechar e o que viesse era lucro. A Espanha tomou conta do jogo após o gol do adversário, com passes de qualidade, mas faltou chegar com mais perigo ao gol do Howard.

A Fúria continuou tomando conta do jogo no segundo tempo. Mesmo com o desfalque importante do Iniesta, era nitido a qualidade muito superior dos espanhóis. Porém os americanos, mesmo não tendo o mesmo talento, se superavam na aplicação e armaram uma retranca poderosa, sem deixar espaço para a Espanha chutar no gol.

Sempre que a Fúria arrumava uma boa chance para chutar em gol, chegava dois ou três adversários para evitar o chute, e quando passava estava lá o goleiro Howard para evitar o gol.

O nervosismo foi tomando conta da Espanha, que errava coisa que nunca costuma errar. E os Estados Unidos no outro contra-ataque que encaixaram no segundo tempo marcaram o segundo gol e colocaram a mão na classificação. A partir daí o nervosismo dos espanhóis aumentou e os americanos ganharam muita confiança, seguiram com uma retranca eficiente e conseguiram uma classificação histórica para a final.

A Espanha não estava em um dia inspirado, mas não fez uma partida ruim. Méritos para os americanos, que foram eficientes. Só não se pode desvalorizar tudo que vem fazendo a seleção espanhola depois deste jogo. Eles continuam sendo favoritos para a Copa do Mundo.

Para o Dunga foi uma maravilha esse resultado. Além de pegar uma seleção bem mais inferior do que a Espanha na final, ainda poderá pegar como exemplo esse jogo para deixar os jogadores ligados contra a África do Sul amanhã.

Mas para nós que gostamos do bom futebol é uma pena essa eliminação, pois só terá um confronto entre Brasil e Espanha se a zebra aparecer novamente amanhã e a seleção canarinho perder. Aí seria engraçado até, pois a disputa pelo terceiro lugar seria mais esperada do que a própria final.

Direto da Redação


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

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