
este domingo, Roger Federer bateu o americano Andy Roddick por 5/7, 7/6(6), 7/6(3), 3/6, 16/14. Seria só mais uma vitória, a 19ª em 21 partidas sobre o seu maior freguês. Desta vez, porém, o jogo valia o recorde de títulos de simples em Grand Slams. O drama de um jogo de cinco sets, que durou 4h16m, fez jus à ocasião. Federer triunfou pela 15ª vez e agora detém sozinho a marca mais importante do tênis.
Pete Sampras (14 títulos), o rival derrotado em 2001, na mesma quadra, fica para trás. O mesmo acontece com Rafael Nadal, que voltará ao segundo posto no ranking da ATP. Federer, agora hexacampeão no All England Club, retornará ao topo do ranking mundial nesta segunda.
Equilíbrio
O primeiro set da final contra Roddick foi apenas um susto, um desvio no script. O americano encaixou bons saques e se salvou de quatro break points no 11º game. Em seguida, Federer vacilou: cometeu três erros não forçados e cedeu a parcial ao oponente.
Atual número 6 do mundo, Roddick jogava com consistência impressionante e não dava muitas chances. O americano assustou de verdade no tie-break do segundo set, quando teve quatro set points. Federer salvou as três primeiras chances com bons saques e uma esquerda vencedora na cruzada. No quarto set point, Roddick teve um voleio fácil para fazer, mas mandou para fora. O suíço viu a porta aberta e entrou de vez na partida, triunfando na parcial.
Roddick não deu sinais de estar abalado mentalmente pelo vacilo em um momento tão importante. Seguiu confirmando seu serviço, embora sem conseguir ameaçar o saque do adversário no terceiro set. O jogo foi para outro tie-break, mas dessa vez foi Federer quem abriu vantagem importante. O suíço não bobeou e, após abrir 6/3, aproveitou, fechando o set na terceira oportunidade.
Embora tenha feito menos aces (50 a 27) no jogo, Roddick foi eficiente no serviço. O número 6 do mundo não deu chances de quebra ao rival no quarto set. A recompensa veio no quarto game, na forma de erros não forçados de Roger Federer. O americano aproveitou o break point, abriu 4 a 1 e disparou na frente na parcial. No nono game, salvou-se de 0/30, confirmou o saque e forçou o decisivo quinto set.
Tie Break interminável e campeão eterno
Como não há tie-breaks no quinto set, Federer precisaria quebrar o saque de Roddick. O americano, no entanto, ainda não havia perdido um game sequer com seu poderoso serviço. A primeira ameaça real veio com Roddick, que conseguiu dois break points no 16º game. O suíço se salvou com dois saques seguidos de bolas vencedoras, e confirmou seu serviço. Àquela altura, o placar mostrava 9 a 8 na parcial, e 3h37 minutos de partida.
Federer e Roddick seguiam mantendo seus games de saque, à espera de erros do rival. Eles apareceram no 30º game, quando os golpes do tenista americano lhe deixaram na mão. Roddick cometeu cinco falhas do fundo de quadra e Federer, enfim, chegou ao aguardado título.
Fonte: Globo.com
Comentário da Redação
Definitivamente, o melhor!
A final de hoje em Wimbledon foi uma das mais equilibradas da história do torneio inglês. Até de forma inesperada, Andy Roddick mostrou que amadureceu muito em relação a outras decisões, enquanto Federer deu sinais de que, apesar de já não ser aquele monstro imbatível de anos anteriores, ainda é muito diferente da grande maioria dos tenistas "mortais".
Em momentos decisivos da partida, o que Roddick fazia com extrema dificuldade, se esforçando ao máximo, Federer resolvia com tranquilidade, como se aquilo ali fosse apenas um simples jogo de tênis. E isso foi decisivo para o sexto triunfo do suiço na grama inglesa.
Mesmo assim, Roger encontrou um adversário de alto nível. Talvez tenha sido o melhor jogo de Roddick diante do rival suiço na carreira, melhor até do que as duas vitórias conquistadas nos 21 jogos que disputaram. Seria muito justo se o título fosse do americano. Mas não foi.
Após um interminavel quinto set, Federer conquistou seu 15º título de Grand Slam e confirmou de vez o que parecia ser dúvida em 2008 e começo de 2009, com a queda de rendimento natural que ele teve: o suiço é o melhor de todos os tempos, até que Nadal ou outro prove o contrário.
Direto da Redação
Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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