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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Campeonato Brasileiro > Timão comemora 99 anos com vitória sobre o Peixe no Pacaembu

* Após fazer gol contra no início da etapa final, Chicão garante vitória do Corinthians no clássico aos 43 minutos do segundo tempo

Em um clássico tenso, agitado, em que as duas equipes lutavam para se aproximar do G-4, deu Corinthians sobre o Santos: 2 a 1, de virada. A vitória, para os corintianos, foi um belo presente de aniversário. Na terça-feira, o Timão completou 99 anos e iniciou a contagem regressiva para o centenário. O capitão Chicão foi o nome da partida, marcando contra o gol do Santos (o juiz colocou tento de Fabão na súmula) e garantindo a virada, aos 43 minutos da etapa final.

Com o resultado, o Timão, que já tem vaga garantida na Taça Libertadores por ser campeão da Copa do Brasil, sobe para o quinto lugar do Brasileirão, com 36 pontos. Já o Peixe segue estacionado no décimo lugar, com 32 pontos, e vê o sonho de disputar a competição continental em 2010 cada vez mais distante.

Os dois times ganham folga no próximo fim de semana. O Corinthians agora só voltará a jogar no dia 16, contra o Coritiba, no Couto Pereira. Já o Santos joga no dia 13, contra o Santo André, na Vila Belmiro.

Timão aperta e Peixe se segura

O Corinthians trancou o Santos durante quase todo o primeiro tempo. A equipe praiana passou o tempo todo dentro de seu campo, dando chutões para a frente, enquanto o Timão jogava em cima. A estratégia do Peixe era tentar surpreender o rival em contra-ataques, mas isso só deu certo uma vez, aos 12 minutos, quando Madson arrancou pela esquerda, passou para Kléber Pereira, que abriu para George Lucas cruzar. O próprio Kléber entrava na área para completar, mas chegou atrasado. Por centímetros.

No mais, só deu Corinthians. Com as movimentações de Elias, Dentinho e Jorge Henrique, o Timão encurralava o Peixe, que se defendia como podia. Aos 15, Elias arrancou em velocidade pela direita e cruzou rasteiro. Emerson tentou cortar e se enroscou com a bola, que sobraria para Souza se o goleiro Felipe não aparecesse na hora H para afastar o perigo.

O domínio corintiano era amplo, com o time de Mano Menezes melhor posicionado. Os volantes Moradei e Boquita marcavam bem e apareciam para o jogo, tornando-se armadores. Era gente demais para os santistas marcarem. Emerson, ainda longe da forma física ideal, e Rodrigo Mancha corriam de um lado para o outro. Na armação, o Peixe tinha apenas Paulo Henrique Ganso, já que Róbson, perdido em campo, mal pegou na bola. Com isso, quando roubavam a bola, os zagueiros santistas davam chutões para a frente.

A bola voltava a toda velocidade, em bons toques dos corintianos. Aos 38, Elias superou a defesa santista mais uma vez e passou para Souza, que, mesmo atrapalhado para dominar, conseguiu ficar em condições de mandar para o gol. Ganso travou na hora H.

Peixe sai na frente, mas Timão vira

Se o primeiro tempo foi apenas morno, o clima esquentou na segunda etapa. Logo aos seis minutos, o Santos abriu o placar. Em cobrança de falta da esquerda, George Lucas jogou a bola para a área. Fabão desviou, Chicão chegou para cortar e acabou empurrando a bola para a rede. O gol foi dado para o zagueiro santista.

O jogo se tornou nervoso. O Timão perdeu o controle dos nervos e da partida. Passou a errar muitos passes e a abusar dos chutões. No banco, o técnico Mano Menezes retratava esse nervosismo. Aos dez, Pará, que entrou no lugar e Emerson, fez falta dura em Jorge Henrique. O árbitro não marcou, e Mano começou a esbravejar. Acabou expulso.

A arbitragem seguia irritando os corintianos ao parar muito o jogo no meio-de-campo. O Santos, com Neymar em campo (o garoto entrou no intervalo, no lugar de Madson), passou a prender mais a bola no ataque, abrindo espaços.

Aos 25, Mano mandou o recado pelo rádio, ordenando a entrada do atacante Bill e do lateral-esquerdo Marcelo Oliveira nos lugares de Souza, que mais uma vez foi vaiado, e Moradei. O objetivo era ganhar jogadas na área e fechar o lado esquerdo, já que Neymar caía pelo setor com perigo.

Com as mudanças, o Timão melhorou e foi para cima. Aos 31, após cruzamento da direita, Paulo André subiu livre e cabeceou firme. Felipe salvou. A pressão aumentou muito e se tornou insuportávelpara o Santos. Aos 33, após cruzamento para a área, Paulo André cabeceou bem, a bola bateu na trave e sobrou para Bill empatar.

O Peixe tentou retomar o controle da partida, mas o Timão foi mais eficiente e decidiu o jogo aos 43 minutos. Em jogada ensaiada, Elias cobrou falta sobre a área, e a bola foi escorada para o meio da área. A zaga santista parou, e Chicão se redimiu após o gol contra, garantindo a vitória do Timão.

Ao final, os corintianos se abraçaram no campo e nas arquibancadas, ao som de "Parabéns a você".

Ficha técnica
CORINTHIANS 2 x 1 SANTOS
Felipe, Chicão, Paulo André e Balbuena; Jucilei, Moradei (Marcelo Oliveira), Elias, Boquita e Jorge Henrique; Dentinho (Henrique) e Souza (Bill) Felipe, George Lucas, Fabão, Eli Sabiá e Léo; Rodrigo Mancha, Emerson (Pará), Róbson (Germano) e Paulo Henrique Ganso; Madson (Neymar) e Kléber Pereira.
Técnico: Mano Menezes. Técnico: V. Luxemburgo.
Gols: Fabão, 6, Bill, aos 34, e Chicão, aos 43 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Emerson, Róbson, Felipe, Fabão, Paulo Henrique Lima (Santos) e Boquita (Corinthians).
Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Data: 02/09/2009. Árbitro: Guilherme Cereta de Lima (SP). Auxiliares: Nilson de Souza Monção (SP) e Giovani Cesar Canzian (SP). Renda e público: R$ 821.368,00/25.645 pagantes

Fonte: Globo.com
Foto: Gazeta Press



Visão corintiana > Virada na base da raça
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

Até o placar ser aberto, se tinha algum time que merecia um gol, era o Corinthians. Mesmo sem jogar um grande futebol e sem ter a alma que teve na maioria dos jogos no Pacaembu, o Timão foi melhor e criou mais chances durante o primeiro tempo e os minutos iniciais do segundo.

No entanto, quem marcou, aos 6 minutos do segundo tempo, foi a equipe santista. O Corinthians sentiu demais o gol sofrido. O jogo, que já era feio, ficou ainda pior. Um ataque com o Souza como referência é complicado para fazer gol. Não falta luta para o camisa 43, que até joga direitinho fora da área, mas na hora de finalizar não tem jeito. Seja por falta de sorte ou por incompetência, o gol dele não sai.

Quando o jogo parecia controlado pelo Santos, a reação corintiana veio. Só poderia ser de bola parada mesmo, porque criar, estava difícil. Naquela altura, um empate estava de ótimo tamanho para o Timão pelo péssimo futebol jogado no segundo tempo.

Mas o Santos também sentiu o baque do gol sofrido. E na base da raça, aos trancos e barrancos (porém numa jogada muito bem trabalhada), o Timão conseguiu a virada, para comemorar seu aniversário de 99 anos em grande estilo.

Incrível a força do Coringão no Pacaembu. O clássico desta quarta-feira a noite lembrou bem a primeira partida do Corinthians na temporada, contra o Barueri, no mesmo pacaembu. Na ocasião, o alvinegro jogou mal, tomou 2 a 0, mas conseguiu o empate, fazendo dois gols também após os 30 minutos do segundo tempo.

Esse tipo de jogo, com uma vitória mesmo quando o time joga mal, é muito importante. Principalmente em um clássico e no momento que vive o Corinthians. Agora o Mano terá duas semanas sem jogos para trabalhar a equipe e conseguir encaixar os novos reforços no time.

Conceitos
Felipe - BOM: A grande defesa que o camisa 1 do Timão fez, foi em um lance irregular. Mas se mostrou seguro nas defesas fáceis.
Jucilei - BOM: Seguro e sem deixar espaços atrás. Quando apoiou foi bem.
Chicão - BOM: Continua deixando a desejar nas jogadas aéreas, mas demonstrou boa melhora no seu futebol, e fez o gol da vitória.
Paulo André - BOM: Gostei dele hoje. E apesar de zagueiro, foi na parte ofensiva que ele se destacou. Antes de cabecear bem no lance do gol do Bill, ficou perto de marcar duas vezes de cabeça.
Balbuena - REGULAR: Cometeu um erro que quase custou um gol do Santos, mas foi importante para variar o esquema e esteve bem pela esquerda, inclusive no apoio, que não é o seu forte.
Moradei - REGULAR: Fez bem (discretamente) sua parte, colando no Ganso.
(Marcelo Oliveira) - BOM: Começou errando passes, mas se acertou e deu boa saída pelo lado esquerdo.
Elias - BOM: Bem ligado no jogo, ditou o ritmo do time. E que belo lançamento para o Balbuena no gol da virada!
Boquita - REGULAR: Arriscou alguns poucos chutes, mas sumiu do jogo.
Jorge Henrique - REGULAR: Tecnicamente não tão bem, mas foi o mesmo guerreiro de sempre, atuou pelos dois lados do campo, ajudou na marcação...
Dentinho - BOM: Chamou a responsabilidade e jogou muito bem no primeiro tempo. Mais uma vez não fez nada na segunda etapa.
Henrique - SEM CONCEITO: Entrou no final.
Souza - REGULAR: Saindo da área e com a bola nos pés, não foi mal mais uma vez. Mas quando o time necessita de gols, a cobrança, naturalmente, é em cima do centroavante. As oportunidades até apareceram, mas o centroavante corintiano falhou, seja se posicionando de forma errada ou finalizando mal.
(Bill) - BOM: Conceito somente pelo gol "achado".
Téc: Mano Menezes - BOM: Substituíção muito boa do Marcelo Oliveira no lugar do Moradei, levando o Balbuena pela direita, Jucilei pelo meio e com o Marcelo pela lateral-esquerda. Mesmo que mal tecnicamente, o time cresceu com a mexida.


Visão santista > Mais uma virada para a conta
por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

Amigos, mais uma vez no dia 2 de setembro, data em que este periodista que vos fala completa mais um ano de vida, o Santos perde para o Corinthians no Pacaembu. Nada pode ser pior que isso para um aniversariante santista. E esse é um filme repetido da mesma data, em 2007, ano em que o Corinthians foi rebaixado.

E o Santos perdeu de novo de virada. Impressionante o número de jogos neste campeonato em que o Peixe vencia e deixou escapar os pontos. Não tenho aqui a relação em mãos, mas acredito que se tivesse mantido a vitória em pelo menos 50% dos casos, o time estaria brigando com o Palmeiras pelo título.

Se hoje o Santos é o time da virada às avessas, muito se deve às infantilidades da marcação. E aqui não responsabilizo só os zagueiros, mas todo o sistema de defesa. Levar um gol como aquele do Chicão é o fim da picada! Aliás, a picada termina mesmo quando um time consegue levar um gol do Bill (por mais fácil que esse gol tenha sido).

O jogo não foi bom no Pacaembu. O primeiro tempo foi um horror. No segundo, o Santos voltou melhor e acabou achando o gol em uma jogada que está se tornando forte: bola na área com George Lucas. E ainda surgiram outras oportunidades depois, mas o ataque não estava bem.

E quando o ataque do Santos não funciona, a possibilidade de desastres é maior, porque dificilmente a defesa aguenta.

Foi o que aconteceu. Aos trancos e barrancos o Corinthians cresceu e o Santos recuou, o que é péssimo, pois é nítido que o Peixe não sabe jogar desse jeito. Forçando a barra, o Timão empatou e virou meio que "a seu estilo", um prato cheio para os jornais de hoje.

Os corintianos podem fazer festa, pois foi uma bela maneira de comemorar o aniversário. Mesmo não jogando nada, o time teve seus méritos para vencer a retranca santista, que não marca ninguém, diga-se de passagem.

E quanto ao Santos, só digo uma coisa: tomando tantas invertidas, não chegará nunca entre os quatro.

Conceitos

Felipe - ÓTIMO: Atuação impecável do jovem goleiro. Lembrou até aquela vez em que estreava contra o mesmo Corinthians, no Pacaembu, em 2006, vitória de 3 a 0 do Santos. Pena que o placar foi diferente.
George Lucas - ÓTIMO: Outro que jogou muita bola. Está se tornando mortal na bola parada.
Fabão - REGULAR: Até que marcou direitinho e ganhou um gol de presente (achei que foi gol contra do Chicão), mas reparei uma coisa: com seus quase dois metros, ele nunca está marcando ninguém pelo alto. Aliás a defesa santista é uma mãe nesse quesito.
Eli Sabiá - PÉSSIMO: Como joga mal esse rapaz. Completamente estabanado.
Léo - REGULAR: Às vezes se esforça tanto que comete bobagens, principalmente na marcação.
Emerson - BOM: Foi muito seguro. O Corinthians praticamente não jogou enquanto ele esteve em campo.
(Pará) - REGULAR: O Corinthians começou a jogar muito mais fácil pelo meio depois que ele entrou.
Rodrigo Mancha - REGULAR: Rouba bem a bola, depois não sabe o que fazer com ela.
Robson - REGULAR: Foi um desastre na primeira etapa, depois teve alguns lampejos.
(Germano) - SEM CONCEITO: Não tocou na bola praticamente.
Paulo Henrique - REGULAR: Estava em outro mundo. Jogou muito pouco do que sabe e isso faz falta ao time.
Madson - REGULAR: Vinha fazendo uma partida discreta, mas não entendi a sua saída. O certa era deixar e ele e Neymar juntos.
(Neymar) - PÉSSIMO: Entrou completamente fora da partida e fez uma péssima atuação diante do Corinthians. De novo.
Kléber Pereira - REGULAR: Nesse tipo de jogo, onde o atacante precisa aparecer, Kléber se omite totalmente. Participou muito pouco do jogo, sempre de forma burocrática ou errada.
Téc: Vanderlei Luxemburgo - PÉSSIMO: Luxa tem mania de escalar o time errado para depois corrigir no intervalo. Hoje ele escalou errado e conseguiu piorar com as substituições.


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