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sábado, 26 de dezembro de 2009

Copa Sul-Americana > Retrospectiva 2009

Nada de revanche
* Fluminense perde mais um título continental para a LDU no Maracanã

Mais uma vez, Fluminense e LDU estavam frente à frente, agora pela final da Copa Sul-Americana. Em 2008, essas equipes já haviam decidido o título da Copa Libertadores, com vantagem para os equatorianos, que levaram o caneco inédito. E a história se repetiu em 2009.

Com direito a goleada em Quito (5 a 1), a LDU conquistou mais um título inédito para sua galeria e novamente em cima do freguês tricolor. Ao Fluminense, que disputou a decisão em meio à fase final do Campeonato Brasileiro, onde brigava para não cair, restou o consolo do vice-campeonato e permanência na Série A nacional.

Confusões no caminho tricolor

O Fluminense chegou à decisão da Sul-Americana totalmente desacreditado. O time, que amargava a lanterna do Campeonato Brasileiro, teve uma ascensão no torneio nacional e acabou crescendo também no continental.

O Tricolor começou o torneio passando pela fase brasileira da Sul-Americana, ao empatar duas vezes com o Flamengo e levar vantagem nos gols marcados fora de casa. Na sequência, o Flu também despachou o Alianza Atlético, do Peru.

Na fase de quartas-de-final, o Tricolor teve problemas extra-campo para derrotar a Universidad de Chile. Depois de empatar no Maracanã por 2 a 2, o Fluminense venceu em Santiago por 1 a 0, gol de Fred, e avançou. Os torcedores chilenos não gostaram e brindaram os cariocas com uma chuva de pedras e objetos no gramado.

Mas a grande confusão estava por vir. Na semifinal, após vitória em Assunção por 1 a 0 (novamente com Fred), o Fluminense jogava por um empate no Rio para eliminar o Cerro Porteño, do Paraguai. Mas os rivais abriram o placar e assustaram. No entanto o Flu buscou a virada e conseguiu nos minutos finais, gols de Gum e Alan: 2 a 1. Os paraguaios não aceitaram a derrotam e provocaram uma batalha campal. Foi sopapo pra todo lado!

Massacre em Quito

Na final, LDU e Fluminense jogavam em clima de revanche. Mas, assim como em 2008, os equatorianos abriram uma boa vantagem em casa. O time equatoriano, que vinha de uma goleada incrível diante do River Plate do Uruguai, por 7 a 0, na semifinal, venceu o Flu por 5 a 1, de virada (O Fluminense marcou com um minuto de jogo), com um show do atacante Edison Mendez, autor de três gols. Foi um balde de água fria na cabeça de Cuca e seus comandados.

No Maracanã, quase 70 mil pessoas foram ao Maracanã para apoiar o Flu em busca da virada. O Tricolor precisava vencer por quatro gols. Diguinho e Fred marcaram na primeira etapa, enchendo o torcedor de esperança. E quando Gum marcou o terceiro, aos 27 do segundo tempo, os tricolores tinham certeza que o título estava próximo. Mas o herói Fred virou vilão ao ser expulso, minutos após o terceiro gol, deixando o Fluminense com um a menos.

Daí em diante, a pressão tricolor baixou e a LDU passou a administrar a conquista inédita. Festa em Quito para mais um título continental de "la Liga" e tristeza no Maracanã, que assistia a mais um vice-campeonato continental do Fluminense.


Herói: Edison Mendez
O meia, autor de sete gols no campeonato, foi o dono do jogo 1 da decisão, em Quito. Ele marcou três dos cinco gols da LDU na partida.

Vilão: Fred

Fred foi o grande jogador da arrancada final do Fluminense no Campeonato Brasileiro. Mas na decisão da Sul-Americana o atacante pisou na bola. Deu um chilique desnecessário com o árbitro Carlos Amarilla e foi expulso minutos depois do terceiro gol tricolor diante da LDU, no Maracanã. Depois disso, o Flu parou.

Dia D: 25 de novembro
O Fluminense abriu o placar logo no primeiro minuto, com Marquinho. Porém, o dia era de Mendez, que marcou três vezes e contribuiu para a goleada da LDU, no Estádio Casablanca, por 5 a 1, resultado que praticamente sacramentou o título sul-americano no jogo 1 da final.

Dia para ser esquecido: 18 de novembro
Perdeu e apelou. O Cerro Porteño vencia por 1 a 0 até os 47 do segundo tempo no Maracanã. O resultado diante do Fluminense forçava a disputa por pênaltis. No entanto, o Tricolor buscou a virada nos acréscimos e provocou a ira dos paraguaios, que não aceitaram a derrota. Aí o pau quebrou! Cenas lamentáveis de pancadaria se sucederam até que a turma do "deixa disso" entrasse em cena.

O número: 5
Este foi o número de vitórias da LDU jogando no Estádio Casablanca, em Quito, na Sul-Americana. Três dos triunfos foram por goleada: 4 a 1 contra o Lanús, nas oitavas-de-final, um incrível 7 a 0 diante do River Plate-URU, na semifinal, e 5 a 1 contra o Flu, na decisão.


Comentário da Redação
Não é só altitude

A LDU é o papa-títulos do continente sul-americano no último biênio e deve muito aos clubes brasileiros por isso. As conquistas da Libertadores (2008), Recopa e da Copa Sul-Americana (2009) foram diante de Fluminense e Internacional, provando que nada foi por acaso.

Apesar de muita gente tentar desmerecer esses títulos, alegando que "la Liga" se beneficia da altitude de Quito para bater seus adversários, eu não vejo dessa forma. A LDU é um bom time, que sabe utilizar essa vantagem. Só isso.

Dessa forma, parece que qualquer time que joga acima dos 2 mil metros ganha os campeonatos que disputa. Se fosse assim, a Bolívia ou o próprio Equador estariam sempre no topo da tabela das Eliminatórias.

A verdade é que os times brasileiros tem enorme dificuldade para jogar lá. Ainda acham que podem vencer facilmente qualquer adversário, não importa a que altura estejam. Um pouco de prepotência que vira dor de cotovelo quando um dos nossos clubes cai diante das LDUs da vida.


Direto da Redação












Redator: Ricardo Pilat
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