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domingo, 31 de janeiro de 2010

Campeonato Paulista > Corinthians bate o Palmeiras, quebra o tabu e assume a liderança

* Jorge Henrique marca no começo e, mesmo com a expulsão de Roberto Carlos, Timão segura rival e garante o triunfo

Acabou o jejum. No retorno do clássico Corinthians x Palmeiras ao Pacaembu após dez anos, o Timão levou a melhor, venceu o arquirrival por 1 a 0 e colocou fim a um tabu que já durava três anos e três meses - ou cinco derrotas e dois empates. De quebra, a equipe de Mano Menezes pulou para a liderança isolada do Campeonato Paulista. Já o Verdão, antes líder, deixou o G-4 do Estadual, caindo para a sétima colocação.

No duelo deste domingo, o herói alvinegro mais uma vez foi o atacante Jorge Henrique, autor do gol da vitória. E o vilão acabou sendo o ex-palmeirense Roberto Carlos, expulso aos oito minutos de jogo por falta violenta em João Arthur. Antes deste domingo, a última vitória alvinegra no dérbi havia sido no segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2006, com um gol do volante Marcelo Mattos.

Gol e expulsão com menos de dez minutos

O clássico começou quente no Pacaembu. Em oito minutos, um gol e uma expulsão. Tudo no lado do Corinthians. Aos seis, Armero fez falta em Iarley na direita. Na cobrança, Tcheco mandou para área, e o pequeno Jorge Henrique (1,69m) levou a melhor em cima da defesa alviverde para cabecear para o chão, sem chance para o goleiro Marcos.

Dois minutos depois, Roberto Carlos deu uma entrada forte, por trás, no atacante João Arthur. Sem titubear, Wilson Luiz Seneme aplicou direto o cartão vermelho, para indignação do pentacampeão. Com um jogador a mais, o Verdão passou a dominar as ações do jogo, mas a dificuldade para penetrar a defesa corintiana era enorme. Tanto que o técnico Muricy Ramalho optou por tirar o zagueiro Gualberto e colocar o atacante Daniel, isso com 28 minutos de bola rolando.

No primeiro lance depois disso, Edinho teve chance na grande área. Mas Felipe salvou. Aos 32, mais uma mudança no Palmeiras: Armero, que já tinha cartão amarelo e estava fazendo muitas faltas, deu lugar a Wendel. Um minuto depois, o Verdão chegou a marcar, mas o árbitro assinalou impedimento corretamente.

Recuado, o Corinthians deu um show de raça ao conseguir controlar o ímpeto do arquirrival, que só chegou com perigo em chutes de longa distância. Primeiro com Cleiton Xavier, aos 37, e depois com Pierre, aos 46. Ambos foram para fora.

Felipe garante a vitória

As duas equipes voltaram para a etapa final com as mesmas formações que terminaram o primeiro tempo. Precisando do empate, o Palmeiras foi para cima logo de cara e teve uma falta perigosa a seu favor aos três minutos. Cleiton Xavier bateu colocado no canto esquerdo de Felipe, que se esticou todo para fazer grande defesa.

O Verdão pressionou com bolas alçadas na área, mas o Corinthians levou a melhor em todas. Aos 18, Felipe fez mais uma grande defesa em após chute rasteiro de Robert. O time do Palestra Itália teve uma ótima chance de igualar o marcador, aos 18. Após jogada de Figueroa pela direita, a bola ficou para Robert. Livre na grande área, o atacante bateu rasteiro e viu Felipe realizar outra excelente defesa.

Aos 35 minutos, o Verdão teve outra grande chance, mas parou novamente em Felipe. Danilo chutou à queima roupa, e o goleiro se atirou para espalmar para escanteio. No fim do duelo, o Palmeiras ainda teve Cleiton Xavier expulso, aos 42, por reclamação, e Marcos evitou o segundo gol do Corinthians ao sair nos pés de Dentinho.

Ficha do jogo
CORINTHIANS 1 x 0 PALMEIRAS
Felipe; Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Elias, Tcheco (Jucilei) e Danilo; Jorge Henrique (Dentinho) e Iarley (Edu) Marcos; Figueroa, Danilo, Gualberto (Daniel) e Armero (Wendel); Marcio Araújo, Edinho, Pierre e Cleiton Xavier; João Arthur (William) e Robert
Técnico: Mano Menezes Técnico: Muricy Ramalho
Gol: Jorge Henrique, aos seis minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Felipe e Danilo (Corinthians); Armero, Cleiton Xavier, Marcio Araújo e Wendel (Palmeiras). Cartões vermelhos: Roberto Carlos (Corinthians); Cleiton Xavier (Palmeiras)
Público: 28.587 pagantes Renda: R$ 933.776
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP) Data: 31/01/2010 Árbitro: Wilson Luiz Seneme Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho e Herman Brumel Vani

Fonte: Globo.com
Foto: Terra


Comentários da Redação
Visão corintiana > Time de guerreiros!
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

Ao melhor estilo Corinthians. Assim foi a vitória do Alvinegro no dérbi na tarde deste domingo, quebrando um tabu de sete jogos sem vencer o arquirrival, da forma que a Fiel mais gosta. Ou seja, com muita raça, carrinho na lateral, chutão para o alto e uma pitada de sofrimento.

No maior jogo da temporada até o momento, o torcedor viu um pouco do que deve ser o time na Libertadores. Pelo menos na vontade, foi assim. Com o gol de Jorge Henrique e a expulsão do Roberto Carlos logo no começo do jogo, não deu para analisar tanto a parte ofensiva da equipe, mas deu para ver que será um time com alma e muita vontade.

Aliás, a falta de poder ofensivo do time de Mano Menezes quando tem um expulso é algo a ser criticado. Tudo bem, o time recua automaticamente, é até normal, mas não dá para deixar a bola com o adversário o tempo inteiro. Mesmo com dez em campo, precisa sair para o jogo, trabalhar a bola, e tentar o segundo gol. Caso contrário, o adversário vai pressionar e pode chegar ao empate.

Porém, no jogo deste domingo, até pelo placar final, é dever ressaltar o poder de marcação da equipe alvinegra. O conjunto foi excelente, com um sistema defensivo muito bem postado, fechando os espaços. Individualmente, então... Para delírio da massa corintiana, os comandados de Mano Menezes mostraram que encaravam o jogo como uma final, demonstrando muita vontade em cada dividida.

E para terminar, o Pacaembu pode não ser sua casa oficial, mas o Corinthians tem uma força incrível neste estádio. Pelo menos os jogadores corintianos parecem se sentir em casa. E na Libertadores, principal objetivo do Timão na temporada, o fator casa é fundamental.

Conceitos

Felipe - ÓTIMO: Começou a temporada mal, mas hoje fez uma grande partida, com ótimas defesas. Mas precisa ter mais regularidade.
Alessandro - ÓTIMO: Muito bem postado, não deu chances para os adversários pelo seu setor. Foi perfeito no jogo, acelerando e cadenciando nos momentos certos.
Chicão - BOM: Bem posicionado, cortou bem os cruzamentos.
William - ÓTIMO: Jogou muita bola. Sempre em cima do lance, ganhou a maioria por baixo e por cima, teve qualidade na saída de bola e ainda exerceu perfeitamente sua função de capitão, sendo um auxiliar do Mano dentro de campo.
Roberto Carlos - SEM CONCEITO: Deu uma entrada desnecessária e prejudicou a equipe, mas é perdoável, até por ter voltado recentemente ao futebol brasileiro.
Ralf - BOM: Foi o grande responsável pelo futebol do Cleiton Xavier não ter aparecido. Ainda evitou um gol certo do Palmeiras, salvando quase em cima da linha. Vai se tornando cada vez mais titular.
Elias - BOM: Raçudo, correu e marcou demais. Deu uma cansada no segundo tempo, mas logo recuperou o folego.
Tcheco - BOM: No lance do gol, colocou na cabeça do Jorge Henrique como se fosse com as mãos. Voltou para marcar e ajudou bastante no campo de defesa. Aos poucos vai adquirindo ritmo de jogo.
(Jucilei) - SEM CONCEITO: Entrou nos momentos finais. Não pegou muito na bola, mas ajudou a preencher espaços.
Danilo - BOM: Que pique no seu segundo jogo como titular! Após expulsão do Roberto Carlos, foi improvisado pela esquerda e foi ótimo na função, marcando muito bem. Ainda ajudou William e Chicão, ganhando várias bolas pelo alto.
Jorge Henrique - ÓTIMO: Qualquer coisa que falar será repetitivo. Muito guerreiro! Mereceu fazer o gol da vitória em um dérbi. Será fundamental em uma competição como a Libertadores.
(Dentinho) - SEM CONCEITO: O último a entrar, jogou pouco.
Iarley - REGULAR: Mal tecnicamente, errou bastante. Compensou com muito empenho.
(Edu) - SEM CONCEITO: Idem ao Jucilei. Pouco pegou na bola.
Téc: Mano Menezes - BOM: Mesmo com um a menos, poderia ter feito o time sair mais para o jogo, seja mexendo no time ou conversando com os jogadores. No entanto, tem que ser muito elogiado pelo belo trabalho que vem fazendo. Tem o time nas mãos dele.


Visão palmeirense > Elenco pobre
por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

Olhando para o time do Palmeiras no clássico de hoje, ficou escancarado o problema de elenco que o time alviverde possui. Sem Diego Souza, o Verdão entrou em campo com um bom meio-campo e um ataque fraquinho, formado por Robert e o jovem João Artur.

E quando teve um a mais em campo (diga-se aqui que achei a expulsão rigorosa, porém, exemplar), Muricy mexeu bem, tirando o jovem Gualberto e colocando um atacante. O problema é que esse homem de frente era Daniel Lovinho, outro jogador que nunca encantou. O time até ganhou nova movimentação, mas não tinha contundência para definir as jogadas. Pior é que não haviam muitas outras opções no banco. William entrou mais tarde, mas não mudou nada. O banco inteiro era formado por garotos sem muito brilho.

A verdade é que o Palmeiras foi o clube paulista que mais perdeu em relação a 2009. Saiu o homem-gol Vagner Love e nenhuma outra peça chegou. Robert não consegue ter regularidade. Perdeu gols incríveis no Pacaembu. Ainda com Diego Souza no ataque, o Verdão pode ter alguma esperança, mas sem ele a coisa fica feia.

Outro que fará falta é Cleiton Xavier, um dos poucos que jogaram bem no dérbi. Foi expulso no final da partida e, assim como Diego Souza, é peça-chave na equipe de Muricy. O Palmeiras é muito dependente deles. No jogo deste domingo, ele foi bem, porém, não tinha a quem servir.

E com poucas alternativas de jogo, o Palmeiras recorreu ao velho chuveirinho, que não deu em nada. Com um a mais em campo, a diferença só foi notada porque o Corinthians abdicou do ataque e assistiu o Verdão trocar passem sem objetividade e buscar alguma jogada em bola aérea, sem sucesso. E isso tem dedo de Muricy, que insiste nesse tipo de jogo.

O Corinthians teve todos os méritos para conquistar a vitória, mas, sejamos francos, o Palmeiras praticamente não pressionou o rival alvinegro. A posse de bola foi enorme, mas as chances claras de gols foram todas fortuitas, muitas em jogadas de bola parada.

A diretoria palmeirense ainda tem algum tempinho para preencher o ataque com mais um ou dois reforços, só não sei se sobra alguma opção de qualidade neste momento. Acredito que o bonde está passando e o Palmeiras vai perdê-lo.

Conceitos

Marcos - REGULAR: Saiu mal no gol de Jorge Henrique.
Figueroa - BOM: Até que fechou bem os espaços e criou oportunidades de perigo.
Danilo - BOM: Praticamente assistiu o gol. Participou de um lance incrível de ataque, em que Felipe fez milagre.
Gualberto - SEM CONCEITO: Nem tocou na bola e já foi substituído.
(Daniel Lovinho) - PÉSSIMO: Já teve tempo o bastante para mostrar que não é uma grande revelação das categorias de base.
Armero - REGULAR: Vinha jogando direitinho apesar de fazer faltas bobas. Saiu após levar cartão amarelo e Muricy preferiu poupá-lo de uma possível compensação do juiz.
(Wendel) - REGULAR: Ficou muito tímido no lado esquerdo do campo.
Marcio Araújo - REGULAR: Não conseguiu ajudar Cleiton Xavier na armação da equipe.
Edinho - PÉSSIMO: Falhou no gol do Corinthians. Foi ao ataque algumas vezes e mostrou não ter intimidade nenhuma com a bola.
Pierre - BOM: Nas poucas vezes em que o Corinthians tentou contra-atacar, Pierre estava lá para acabar com a festa.
Cleiton Xavier - BOM: Fez o que pôde, mas não tinha opções no ataque para ajudar. Foi expulso por reclamar com razão de um critério equivocado do péssimo Luiz Seneme.
João Arthur - REGULAR: Fez um bom primeiro tempo, inclusive cavando a expulsão de Roberto Carlos. Porém, sumiu na etapa final.
(William) - PÉSSIMO: Entrou afoito, batendo em todo mundo e ainda perdeu um gol incrível no finalzinho.
Robert - PÉSSIMO: Fez tudo o que um centroavante não pode fazer: perdeu uma infinidade de gols. Teve um gol de Lovinho anulado no primeiro tempo em que a bola estava livre no pé do Robert e ele furou feio, proporcionando o impedimento na jogada. Não tem condições de ser titular da equipe de Muricy.
Téc: Muricy Ramalho - PÉSSIMO: Serei hoje um pouco mais rigoroso com ele. Reconheço que ele teve dificuldades para montar a equipe e que está lançando garotos por pura falta de opção. Mas precisa criar alternativas, não pode ficar só reclamando. O time, com um a mais, ficou tocando bola sem objetividade e abusando dochuveirinho. E na época dele no São Paulo isso também era costumeiro quando o Tricolor tinha vantagem numérica em campo.

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