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domingo, 14 de março de 2010

Copa do Mundo > Domingueira do Pilat

Naquela Copa de 1954...

A Hungria seria a campeã do Mundial de 1954. Não haveria como ser diferente. A máquina formada Gusztav Sebes chegou à Suiça como todas as pompas de um time que não sabia o que era derrota havia seis anos. E em 1952, os hungáros faturaram o torneio olímpico, credenciando ainda mais aquela equipe.

Mas a profecia não se cumpriu.

O time de W.W.

Muita gente associa o time da Hungria dos anos 1950 a essa figura da foto ao lado: Ferenc Puskás. Nada mais justo. O centroavante era, sem dúvidas, o craque daquela equipe e do mundo. Na época, Puskás jogava pelo Honvéd, um dos mais temidos clubes do futebol mundial.

Assim como ele, outros dois craques da Hungria atuavam no Honvéd: Sándor Kocsis e Zoltán Czibor. Os três faziam parte de um esquema tático que revolucionou os paradigmas futebolísticos existentes.

O técnico Gusztav Sebes armou a equipe no esquema W.W. Ou seja, três zagueiros, dois volantes (formando o desenho de um W), três meias e dois atacantes (formando o outro W). Antes disso, existia o W.M. (dois meias e três atacantes), esquema que ficou ultrapassado a partir de 1954.

Destino cruel

Contra a Coreia do Sul, 9 a 0. Diante da Alemanha Ocidental, 8 a 3. Com essas resultados, a Hungria passeou na primeira fase e provou ainda mais a sua força. Nas quartas-de-final, mais uma bela vitória, agora contra o Brasil, 4 a 2. Os brasileiros, é bom que seja dito, foram à Suiça com toneladas de peso nas costas após o frustrante vice-campeonato em 1950. Pressão que não ajudou em nada no duelo contra os hungáros.

Na semifinal, a Hungria derrotou o campeão de 1950, Uruguai, com outro 4 a 2. Vitórias tão marcantes que falavam por si só. O time do leste europeu jogava com força, mas também muita técnica e habilidade. Mesclava competência em todos os recursos do futebol.

E na final, pegaria a Alemanha, a quem vencera com sobra na primeira fase. A decisão em Berna, entretanto, foi cruel com o melhor time do mundo naquele momento. Após abrir 2 a 0 logo com dez minutos de jogo, gols de Puská e Czibor (artilheiro da Copa, 11 gols) , os hungáros permitiram o empate oito minutos depois.

O golpe de misericórdia veio aos 39 do segundo tempo, um petardo do alemão Rahn, de fora da área, sacramentando a virada e o título dos "ex-nazistas". Após 32 jogos e seis anos, a Hungria conhecia sua primeira derrota. E ela não poderia ser mais dolorosa.

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* A coluna Domingueira do Pilat relembra os fatos que marcaram a história do esporte. Afinal, é preciso conhecer o passado para entender o presente e projetar o futuro.

Direto da Redação










Colunista: Ricardo Pilat
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