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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Copa do Brasil > Tardelli atropela, Santos reage, e decisão fica para a Vila

* Galo joga por empate na partida de volta; Peixe buscará vitória simples

Diego Tardelli foi o grande nome do clássico entre Atlético-MG e Santos, nesta quarta-feira, no Mineirão. Ele marcou os três gols do triunfo atleticano por 3 a 2, e só não fez o quarto porque o bandeirinha viu bem sua posição irregular quando marcaria o quarto gol.

Porém, um Tardelli sozinho não fez verão, e o Peixe sai de Belo Horizonte com a certeza de que a disputa por uma vaga na semifinal da Copa do Brasil continua aberta. Na próxima quarta-feira, na Vila Belmiro, o Peixe avança em caso de vitória por 1 a 0, 2 a 1 ou qualquer resultado com mais de dois gols de diferença. O Galo jogará pelo empate.

Tardelli estava impossível!

O Santos, que não contou com Neymar (lesão no olho direito), sentiu logo aos dois minutos a força do Atlético no Mineirão. Sentiu também a qualidade de Diego Tardelli, que se aproveitou de um chute ruim de Carlos Alberto e cutucou a bola para o gol, surpreendendo a defesa santista: 1 a 0 Galo.

Mas o Santos não demorou para entrar no ritmo da partida, e o gol de empate quase saiu aos nove. Pará avançou pela esquerda e, da ponta da área, chutou colocado, buscando o ângulo esquerdo de Aranha, mas carimbou o travessão.

A pressão santista teve sequência. Aos 11, Marquinhos chutou de fora da área e obrigou Aranha a boa defesa. Aos 15, Robinho avançou pela direita, girou para se livrar da marcação e fez o passe para André, que pegou mal na bola e mandou por cima do travessão.

O Galo voltou ao ataque aos 19. Tardelli mandou uma bomba na entrada da área e Felipe segurou o foguete. Mas o matador balançou as redes novamente aos 40. Após bate-rebate na área santista, Junior cruzou rasteiro para Tardelli, que recebeu em posição duvidosa, e chutou duas vezes - primeiro de direita, em cima de Felipe, e depois de esquerda, no rebote - para marcar novamente.

Porém, quando a torcida atleticana fazia a festa, Robinho apareceu para aquietar o Mineirão. Aos 44, ele recebeu bom lançamento de Wesley e cutucou para o gol, na saída de Aranha.

Tardelli de novo, mas Santos diminui

O segundo tempo veio, mas o jogo continuou em ritmo alucinante. A primeira chance foi do Santos, em tabelinha de Ganso e André que o camisa 9 chutou com perigo. Mas perigo mesmo é deixar Diego Tardelli sozinho. E foi assim que ele recebeu bola aos sete minutos, avançou na área e sem sombra apenas estufou as redes: 3 a 1.

Os atleticanos quase comemoraram o quarto do inspirado camisa 9 cinco minutos depois, mas, impedido, Tardelli viu o tento ser anulado pela arbitragem. Quatro seria demais!

O técnico Dorival Júnior resolveu se mobilizar para dar nova vida ao seu time. Rodrigo Mancha substituiu Marquinhos e Maranhão ocupou a posição de George Lucas. A alteração surtiu efeito. Aos 19, Robinho subiu na área e cabeceou com força, mas Aranha apareceu bem, mais uma vez, e espalmou.

Logo depois, aos 20, o zagueiro Durval aproveitou o cruzamento de Ganso, e, de cabeça, tentou surpreender a defesa atleticana, mas foi mais um a parar em Aranha. Mas foi um outro zagueiro, Edu Dracena, o responsável pelo segundo gol santista. Zé Eduardo - que entrara minutos antes no lugar de André - deu de calcanhar para Paulo Henrique, dentro da área. O camisa 10 cruzou com maestria e encontrou Dracena no segundo pau. Caixa!

Depois do gol, as equipes diminuiram o ritmo e mostraram-se satisfeitas com o placar. No final de semana, Atlético e Santos decidem os estaduais de Minas Gerais e São Paulo, respectivamente.

Ficha do jogo
ATLÉTICO-MG 3 x 2 SANTOS
Aranha; Carlos Alberto, Werley, Jairo Campos e Júnior; Zé Luís, Correa (Jonílson), Fabiano (Renan Oliveira) e Ricardinho (Leandro); Diego Tardelli e Muriqui. Felipe, George Lucas (Maranhão), Edu Dracena, Duval e Pará; Arouca, Wesley, Marquinhos (Rodrigo Mancha) e Paulo Henrique Ganso; Robinho e André (Zé Eduardo).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo. Técnico: Dorival Júnior.
Gols: Diego Tardelli, aos dois e aos 40; Robinho, aos 44 minutos do primeiro tempo. Diego Tardelli, aos sete e Edu Dracena, aos 37 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Zé Luís (Atlético-MG); Pará e Arouca (Santos).
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte. Data: 28/04/2010. Árbitro: Heber Roberto Lopes (PR). Auxiliares: Ivan Carlos Bohn (PR) e Bruno Boschilia (PR).


Comentário da Redação
Bom para os dois

Com o placar de 3 a 2, pensei que os atleticanos ficariam mais incomodados e tentariam outro gol, que daria tranquilidade para o jogo de volta. Engano meu. Não foram só os santistas que ficaram satisfeitos por perderem de pouco. O Galo também se satisfez por derrotar o melhor time do Brasil.

Não foi uma vitória fácil, mas talvez pudesse ter sido. O Atlético dominou as ações do primeiro tempo. Soube impor seu jogo, o que dificultou muito o trabalho do time santista, acostumado a controlar as ações dos jogos. Com isso, ficou fácil para Tardelli, que precisou apenas aparecer na hora certa em dois lances capitais para marcar duas vezes.

Robinho marcou um gol providencial nos minutos derradeiros da etapa inicial. Mas logo na volta do vestiário, Tardelli marcou de novo. Ninguém segurava o homem! Mas, inexplicavelmente, o Atlético diminuiu o ritmo. Aliás, explica-se sim. Foi o respeito de um time que se dedicou ao máximo e estava contente com o placar em campo.

Só que aí o Santos foi o Santos que estamos acostumados. Com posse de bola, envolvendo o adversário e levando perigo. Assim, veio o segundo gol, importantíssimo para o Peixe, que dentro de casa tentará reverter a situação. Ao Galo, resta buscar um empate na Vila.

Gostaria apenas de falar da atuação de dois jogadores: Ganso e Robinho. O primeiro não jogou bem, mas teve alguns lampejos. E que lampejo aquele do segundo gol! Mas ele precisa aparecer mais nesse tipo de jogo, participar de todas as jogadas.

Idem ao Robinho, que foi muito omisso em grande parte do jogo. O problema é que ele parece já estar bem acostumado com a posição de coadjuvante que exerce quando Neymar está em campo. Aliás, o garoto de 18 anos fez muita falta!

Direto da Redação











Redator: Ricardo Pilat
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