O reencontro de Vagner Love com o Palmeiras não poderia ter sido melhor para o atacante. Com um belo gol aos 42 minutos do segundo tempo, o camisa 9 garantiu o triunfo do Flamengo por 1 a 0 sobre seu ex-clube nesta quarta-feira de maneira emocionante. Com isso, assegurou a reação rubro-negra no Campeonato Brasileiro e calou as vaias da torcida alviverde no Pacaembu.Passes errados e poucas oportunidades
No início da partida, o Palmeiras imprimiu um forte ritmo sobre o adversário liderado pelos meias Lincoln e Cleiton Xavier. Enquanto isso, o Flamengo ficou acuado, com dificuldades para avançar, se preocupando apenas em conter as saídas de bola alviverdes.
A partir dos 20 minutos, o Flamengo começou a igualar as ações no jogo com mais homens no meio-campo. Ainda assim, o time da casa seguiu superior, com o dobro do número de passes segundo o Datafolha e com as melhores chances de gol. Mas nada disso foi suficiente para alterar o marcador até o intervalo.
Love marca no fim
O Flamengo voltou com postura renovada na etapa final. Apesar de ver o Palmeiras com domínio da posse de bola, a equipe carioca levou perigo nos contra-ataques e deixou a partida com uma cara nova. Mesmo assim, ambos os times abusaram dos erros nos passes – mais de 50 bolas perdidas até o meio do segundo tempo – o que travou o duelo.
Vendo isso, o técnico do Palmeiras, Jorge Parraga, resolveu mexer aos 12 minutos, tirando o meie Claiton Xavier e colocando o garoto Vinicius, de 16 anos - que se tornou o mais jovem a atuar pelos profissionais - e mandou Lincoln para o ataque.
No decorrer do duelo, o Flamengo passou a se impor sobre o Palmeiras com mais facilidade. Mas depois dos 30 minutos, ambos os ataques ficaram inoperantes, mesmo com algumas trocas de passes próximas ao gol. Até que aos 42, Vagner Love decidiu e anotou belo gol para selar o triunfo rubro-negro.
Ficha do jogo
PALMEIRAS 0 X 1 FLAMENGO
Data: 2/6/2010 - 21h50
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Árbitro: Leonardo Gaciba (RS)
Auxiliares: Paulo Ricardo Conceição (RS) e Marcelo Barison (RS)
Público: 8.618 torcedores
Renda: R$ 226.453,00
Cartões amarelos: Pierre, Vinicius (PAL); Álvaro (FLA)
Gols: Vagner Love, aos 42min do segundo tempo
PALMEIRAS: Marcos, Vitor, Maurício Ramos, Danilo e Eduardo; Pierre, Edinho, Márcio Araújo e Cleiton Xavier (Vinicius); Lincoln (Patrik) e Ewerthon. Técnico: Jorge Parraga.
FLAMENGO: Bruno, Welinton (Fabrício), Álvaro e Ronaldo Angelim; Leonardo Moura, Maldonado, Fernando, Vinicius Pacheco (Diego Maurício), Petkovic (Michael) e Juan; Vagner Love. Técnico: Rogério Lourenço
Fonte: Uol
Comentário da Redação
Parraga hoje foi o problema
O elenco é limitado, o clima no clube parece ser ruim, a diretoria tem sido incompetente... mas na derrota desta quarta-feira, para o Flamengo, o grande culpado foi o técnico (interino?) Jorge Parraga.
Embora o futebol da equipe alviverde não tenha sido de encher os olhos no primeiro tempo, o time dominou as ações do jogo, foi melhor que o Flamengo, e criou mais oportunidades. Além disso, a marcação estava bem encaixada. O maior problema foi na frente. Ewerthon brigou bastante, mas sentiu falta de um companheiro para fazer parceria.
Não por acaso o Verdão está há três jogos sem marcar gols. Porém, a solução não era, de hipótese alguma, o que o treinador palmeirense tentou fazer. No início da etapa final, ele tirou Cleiton Xavier e colocou Vinicius. Mais tarde, foi a vez de Lincoln ser sacado para a entrada do também atacante Patrick.
E quem cria neste time? Não adianta jogar a responsabilidade nas costas de dois garotos e achar que eles vão resolver. Cleiton, apesar da má fase, e Lincoln são os melhores jogadores do time. Foi uma opção lamentável tirá-los. Como era esperado, a posse de bola passou a ser mais do Rubro-negro.
Era óbvio que os três jogadores ficariam isolados na frente, e outros três volantes marcando atrás, sem conseguir fazer a bola chegar nos atacantes. O castigo veio aos 42 minutos, com o gol do Vagner Love. A vitória caiu do céu para o time carioca, que jogou um futebol bem fraquinho.
Para o torcedor palmeirense, é esperar que a diretoria se mexa. Kléber deve voltar, mas não é só ele que mudará essa situação. Precisa de mais.
Direto da Redação
Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
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