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Os favoritos - Parte II

Faltam poucas horas para começar mais uma Copa do Mundo, mas o Redação do Esporte® continua esquentando o clima pra você. Na segunda parte da série "Os favoritos", vamos falar de quatro seleções que têm o favoritismo por motivos diferentes. Holanda e Espanha, equipes e em grande fase, Alemanha e Itália, tradicionais e que querem que o peso da camisa também faça a diferença.

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Holanda - Um carrossel diferente

A Holanda não é mais aquele carrossel que nós conhecemos. Porém, não deixa de jogar bonito e encantar. Sem um homem de referência em que confie, o técnico Bert van Marwijk preferiu armar a equipe no 4-4-2, que até pode virar um 4-3-3 quando Robben está em campo. O problema é que o craque do Bayern de Munique não deve jogar na estreia, segunda-feira, contra a Dinamarca.

















Análise: Esta é a provável formação na estreia da Laranja Mecânica. A principal novidade deve ser a opção pelo 4-4-2. Com isso, Van Persie deve jogar mais por dentro, formando uma dupla com Dirk Kuyt. Isso porque Van der Vaart, substituto de Robben, não tem a característica de ponteiro, e deve fechar mais pelo meio. A chave desta equipe é Wesley Sneidjer, que pode tanto ajudar na armação do jogo pelo lado direito quanto um segundo volante quando o time precisar ir ao ataque.

Prognóstico: Particularmente, agrada muito essa seleção holandesa. Acho que o 4-4-2 talvez deixe o time um pouco mais preciso, porém, os números não dizem isso (o esquema foi usado nos dois últimos amistosos, e a Holanda goleou Hungria e Gana). Acho que a Laranja para nas quartas de final, contra o Brasil. No entanto, confesso que torcerei por vitória holandesa nesse hipotético jogo.

Espanha - O melhor 11

É indiscutível. Nenhuma seleção deste Mundial tem um 11 inicial tão bom quanto à Espanha. Na minha opinião, apenas a Argentina pode se equiparar, principalmente se compararmos o ataque. A única lamentação que faço é pela opção do técnico Vicente Del Bosque de deixar Fabregas no banco. Iniesta corre o risco de não jogar na estreia, contra a Suíça, e mesmo assim, Cesc não é certeza como substituto - Pedro também briga pela vaga.

















Análise: A Espanha joga num clássico 4-4-2, com laterais que apoiam pouco, volantes que sabem tocar a bola e meias que atuam quase como pontas. E falando no meio-campo, que opções tem Del Bosque! Xavi, Xabi Alonso, Iniesta, Fabregas, David Silva, Jesus Navas... com tanta qualidade, fica mesmo difícil escalar 11. No ataque, Torres e Villa devem revezar a função de centroavante. Os dois podem sair da área, buscar o jogo, e ainda incomodar os zagueiros.

Como eu disse, Iniesta é dúvida, e Fabregas briga com Pedro por vaga. Se o jogador do Arsenal for o escolhido, o time teria mais movimentação no meio, e Cesc ou Silva poderiam jogar mais centralizados. Com Pedro, pouca coisa mudaria. O barcelonista jogaria um pouco mais à frente, chegando ao ataque.

Prognóstico: O time espanhol é o melhor de todos os tempos daquele país, não tem dúvida. E acho que deve, sim, chegar à final. No meio do caminho pode aparecer uma Argentina ou Alemanha, mas ainda assim aposto na força da "Fúria".

Itália - O penta será difícil...

Não espalhem por aí, mas sou torcedor fanático da Itália. Contudo, nada indica que vibrarei com um pentacampeonato da Azzurra em 2010. Lippi convocou muito mal a equipe e, assim como Dunga fez no Brasil, abriu mão de talentos. A diferença é que os brasileiros podem se dar a esse luxo, pois tem boas peças de reposição. Os italianos, não!

















Análise: O grande problema da Itália está no ataque. Iaquinta será uma espécie de ponta-direita, enquanto Gillardino será o responsável pelos gols. Não confio em nenhum deles para estas funções. No meio, tudo parecia acertadinho, mas Pirlo e Marchisio se machucaram e complicaram ainda mais a vida de Lippi. Montolivo e Gattuso podem aparecer entre os titulares no jogo de estreia, contra o Paraguai. Ou seja, muito menos qualidade, para quem já tinha pouca.

Se há uma boa notícia, é a volta de Chiellini, após lesão. O zagueirão forma dupla com Fábio Cannavaro, que está bem longe de ser aquele de 2006, melhor jogador do mundo na oportunidade.

Prognóstico: Uma análise fria e direta: A Azzurra sofrerá para passar de fase, mas não vai além das quartas de final. E se ficar em segundo no grupo, será eliminada ainda nas oitavas, pela Holanda. É a dura realidade.

Alemanha - Lesões atrapalham

Nenhum outro país sofreu tanto com lesões como a Alemanha. Foi o time germânico quem teve também a maior baixa, com a saída de Michael Ballack, peça chave no esquema de Joachim Löw. O treinador procura ainda uma forma de jogar e deve apostar em uma equipe muito renovada. A principal dúvida ainda é no ataque, em que Klose é titular, porém, a sombra de Cacau incomoda.

















Análise: A Alemanha aposta em um meio-campo reforçado, mas qualificado. Schweinsteiger é a chave para o sucesso alemão. O jogador do Bayern, que antes atuava como ponta, agora é segundo volante e terá a função de ligar os contra-ataque com ÖZil. Nas pontas, Podolski e Trochowski (ou Müller) devem buscar uma movimentação maior ao time.

A Alemanha ainda tem algumas alternativas táticas, como, por exemplo, colocar Lahm na lateral-esquerda e deslocar outro para a direita, ou trocar um dos meias por um outro atacante - Mario Gomez e Cacau olham com bons olhos para essa possibilidade.

Prognóstico: Alemanha é Alemanha e não duvido dela nunca. Mas o time é muito jovem e perde muito sem Ballack. Deve parar nas quartas de final.

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* A coluna Vuvuzela traz as cornetadas do 19º Mundial de seleções da história do futebol, o primeiro na África. Mais do que nunca, a África do Sul é logo ali.

Direto da Redação

Colunista: Ricardo Pilat
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