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domingo, 22 de agosto de 2010

Campeonato Brasileiro > Timão atropela São Paulo e cola no líder

* Elias, duas vezes, e Jucilei marcaram os gols da vitória corintiana: 3 a 0

Com grande atuação, o Corinthians não encontrou dificuldades para bater o São Paulo por 3 a 0, no Pacaembu. Agora, são dez jogos sem derrotas para o rival. Motivo de sobra para os gritos de “o freguês voltou!” e "olé" ecoarem pelas arquibancadas. Além disso, o triunfo deste domingo fez o Alvinegro ficar a dois pontos do líder Fluminense, que empatou no clássico com o Vasco.

Desde o apito inicial de Wilson Luiz Seneme, o Alvinegro teve amplo domínio do jogo e foi para cima do rival. Aos 21 minutos, Elias aproveitou a liberdade na intermediária dada por Casemiro e chutou com força rasteiro, no canto esquerdo de Rogério: 1 a 0. Antes do intervalo, Bruno César abriu jogada para Jorge Henrique, que cruzeiro rasteiro para Elias - de novo - marcar.

Para tentar mexer com os ânimos do São Paulo, Baresi trocou Rodrigo Souto por Richarlyson e Marlos por Marcelinho na volta dos vestiários. Não teve efeito nenhum. Aos quatro minutos, Miranda quase fez gol contra, de cabeça, em recuo de bola. O ritmo de jogo do Corinthians, entretanto, diminuiu um pouco nos primeiros 20 minutos da etapa final.

Nada que um lindo voleio de Bruno César, que terminou em linda defesa de Rogério, não acordasse de vez o Alvinegro. No lance seguinte, Jucilei marcou o terceiro, de cabeça. A partir daí, o Tricolor desanimou de vez e deixou os donos da casa tocarem a bola com total liberdade. Aos 41, Ceni salvou seu time de tomar o quarto, em chute à queima roupa de Alessandro.

Ficha do jogo
CORINTHIANS 3 X 0 SÃO PAULO

Estádio: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data/hora: 22/8/2010 - 18h30
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa-SP)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Danilo Ricardo Maniz (SP)
Renda/público: R$ 848.207,00 / 28.159 pagantes
Cartões amarelos: Jucilei (COR); Miranda (SPO)
Gols: Elias, 21'/1ºT (1-0) e 44'/1ºT (2-0); Jucilei, 25'/2ºT (3-0)

CORINTHIANS: Julio Cesar, Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos (Edu); Ralf, Jucilei, Elias (Paulinho) e Bruno César; Jorge Henrique e Iarley (Souza). Técnico: Adilson Batista.

SÃO PAULO: Rogério Ceni, Jean, Xandão, Miranda e Junior Cesar (Sergio Mota); Casemiro, Cleber Santana, Rodrigo Souto (Richarlyson) e Marlos (Marcelinho); Ricardo Oliveira e Fernandão. Técnico: Sergio Baresi.

Foto: Terra

Comentário da Redação
Visão corintiana > 3 a 0 foi pouco
Por Pedro Silas (pedro_sccp@yahoo.com.br)

"Para que centroavante?". O torcedor corintiano que assistiu o clássico deste domingo teve motivos para fazer essa pergunta. No jogo de hoje, realmente não sentiu nem um pouco a ausência de um homem-gol. E não foi somente pelo placar elástico. 3 a 0 foi pouco pela atuação que teve o Corinthians.

O Alvinegro foi soberano. Com raça e muita movimentação, dominou completamente o meio-campo, imprimiu um ritmo forte durante todo o primeiro tempo e abriu 2 a 0 sem dificuldades. À exemplo dos dois tentos de Elias, as chegadas dos meias na frente supriram muito bem a falta de um finalizador.

Na etapa final, então, depois do terceiro, até o Alessandro chegou na área para finalizar, e exigiu uma defesaça do Rogério Ceni. E não foi só essa jogada. O time de Adilson Batista chegou do jeito que quis ao redor e dentro da área tricolor, e poderia ter feito 5 ou 6 sem grande esforço.

O mau momento do apático São Paulo também colaborou para essa superioridade que teve a equipe do Parque São Jorge, mas óbvio que não foi só isso. Os números do Corinthians como mandante falam por si só... oito vitórias em oito jogos. É um time poderosíssimo no Pacaembu.

Mas se quer ser campeão, não pode só vencer em casa, é preciso conseguir os três pontos fora também. E o jogo contra o bom time do Cruzeiro, na próxima quarta-feira, em MG, é uma ótima oportunidade para começar a triunfar como visitante.

Conceitos

Julio Cesar - BOM: Mostrou que estava lá para ajudar na hora que precisasse. Ricardo Oliveira, no lance que foi marcado impedimento, que o diga... duas defesaças seguidas do goleiro corintiano.
Alessandro - ÓTIMO: Depois de uma péssima atuação contra o Avaí, voou hoje no Pacaembu. Jogou muito.
Chicão - BOM: Jogou por dois. Outro que foi bem diferente daquele de domingo passado.
William - PÉSSIMO: Há algum tempo não tem condições de ser titular. Entregou uma bola de bandeja para o Ricardo Oliveira, que por pouco não fez.
Roberto Carlos - BOM: Teve liberdade para ir à frente e soube aproveitar, aparecendo o tempo todo no campo de ataque. No fim, sentiu uma fisgada no pé e foi substituído.
(Edu) - SEM CONCEITO: Jogou pouco tempo. Há tempos não entrava em campo. Ainda é uma boa opção de banco.
Ralf - ÓTIMO: Partidaça do camisa 5. Marcou bem demais e surpreendeu na saída de bola, de muita qualidade.
Jucilei - BOM: Meio displicente no primeiro tempo, errou muitos passes. Melhorou na etapa final e fez o seu segundo gol em clássicos contra o São Paulo, ambos de cabeça.
Elias - ÓTIMO: É um jogador que quando está em um ótimo dia é fundamental demais para o time. E hoje foi um desses dias. Funcionou perfeitamente como elemento surpresa.
(Paulinho) - REGULAR: Entrou meio desligado e foi se acertando aos poucos.
Bruno César - ÓTIMO: Fez o que um camisa 10 deve fazer mesmo. Foi o cara do toque diferenciado, como no passe para o Jorge Henrique no segundo gol, e de lances geniais, como no voleio defendido por Rogério Ceni.
Jorge Henrique - ÓTIMO: Tático como sempre, preencheu bem os espaços no meio-campo e infernizou pela ponta direita (e esquerda no segundo tempo). Deu um belo passe para o Elias marcar.
Iarley - REGULAR: Se movimentou, e só.
(Souza) - REGULAR: Fez o arroz com feijão, mas dá para tomar a vaga do Iarley aos poucos.
Téc: Adilson Batista - ÓTIMO: Deu ordem para o time seguir encurralando o adversário mesmo depois dos 2 a 0... isso é bom demais. Outra coisa muito boa é a liberdade que ele dá para jogadores de trás, como Alessandro, Roberto Carlos e Ralf, além do Elias, que chega na área. Seu time chega com muita gente na frente e consegue suprir a fraqueza que tem no ataque.

Visão tricolor > Vergonha alheia
Por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

Já está ficando popular o termo vergonha alheia. Essa é aquela situação em que você se sente constrangido por outra pessoa. No caso, senti vergonha alheia pelo São Paulo Futebol Clube. Uma instituição tão vencedora no futebol brasileiro e mundial e que entrou em campo como um nanico diante do Corinthians.

O time alvinegro teve todos os méritos para vencer o clássico. Adilson Batista mandou bem na escalação, abriu bem seus pontas, fez com que o meio-campo trabalhasse bem e venceu com facilidade. Porém, a apatia do São Paulo foi inexplicável.

O problema do Tricolor começa justamente no meio-de-campo, onde o time, simplesmente, não existe. É uma equipe acéfala, que não cria nada e marca com dificuldades. Cleber Santana e Marlos não fazem a bola chegar ao ataque. Pelo contrário, só complicam as coisas. Pobre de Ricardo Oliveira e Fernandão, que passam quase todo o jogo como espectadores - mas também tiveram parcela de culpa na derrota.

E a defesa do São Paulo, tão exaltada por todos, hoje foi uma desastre, uma calamidade. Se Rogério Ceni não estivesse em noite inspirada, o resultado poderia ter sido goleada corintiana. Está tudo errado!

A culpa é de Sérgio Baresi? Não. Ele caiu de para-quedas no meio do furacão e está tão perdido quanto os demais jogadores. Resta saber se a diretoria está tão preocupada como eu estou. Pela lentidão com que trabalha para reforçar o elenco e definir a situação do comando técnico, parece que não.

Conceitos

Rogério Ceni - ÓTIMO: Evitou uma vergonha ainda maior ao torcedor são-paulino. Fez defesas inacreditáveis.
Jean - BOM: Fez tudo o que podia dentro da limitação que tem jogando como lateral. Quando alguém vai enxergar isso?
Xandão - PÉSSIMO: Parecia uma barata tonta procurando os atacantes do Corinthians,
Miranda - PÉSSIMO: Quem te viu e quem te vê! Está com a cabeça longe, bem longe.
Junior Cesar - REGULAR: Ganha aqui uma moralzinha por ter demonstrado raça, pelo menos. Mas é fraco, não consegue ajudar na construção das jogadas pela esquerda.
(Sergio Mota) - SEM CONCEITO: Entrou no final do jogo, sem condições de mudar alguma coisa.
Casemiro - BOM: Foi muito sobrecarregado com a péssima atuação de seus companheiros. Mas demonstra qualidade e vontade de vencer nestes primeiros jogos como profissional.
Rodrigo Souto - PÉSSIMO: Chega atrasado em todas as jogadas. Bem diferente daquele Souto que jogava pelo Santos.
Cleber Santana - PÉSSIMO: Um fantasma em campo.
(Richarlyson) - REGULAR: Entrou melhor que o antecessor, mas não era o cara para mudar a partida.
Marlos - PÉSSIMO: Dificilmente sai alguma coisa diferente quando a bola chega nos pés do Marlos. No máximo, contra-ataques para o adversário.
(Marcelinho) - BOM: O garoto foi uma das coisas boas do time tricolor. Entrou com personalidade. Merece mais chances.
Ricardo Oliveira - REGULAR: Perdeu algumas chances de gol, mas lutou, fez o possível. A bola não chega, é complicado.
Fernandão - PÉSSIMO: O cenário da equipe para os atacantes é mesmo complicado, mas o Fernandão poderia se movimentar mais. Poderia tentar ser o meia que a equipe não tem. Preferiu se acomodar e esperar por bolas que nunca chegaram.
Téc: Sergio Baresi - PÉSSIMO: Não é o culpado de nada, muito pelo contrário. Mas poderia ter ousado mais nas substituições no intervalo. O time perdia por 2 a 0 e ele preferiu ser burocrático. Ainda não é técnico para equipe profissional do São Paulo.

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