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domingo, 26 de dezembro de 2010

Vôlei > Retrospectiva 2010

Entregou ou não?
* Vôlei masculino vence tudo, mas deixa mancha em 2010

O ano do vôlei brasileiro foi quase perfeito. As meninas não conquistaram títulos no Grand Prix e no Mundial. Porém, o time masculino conquistou pela nona vez a Liga Mundial e ainda faturou o tricampeonato mundial. Só que a lembrança que ficará de 2010 é a do jogo em que Bernardinho e seus comandados supostamente entregaram a vitória à Bulgária.

O time brasileiro levou a Liga Mundial com grandes jogos na reta final, que aconteceu na Argentina. Na semifinal, 3 a 1 contra Cuba. O placar se repetiu na decisão, diante da Rússia.

Cuba foi o adversário também na final do Mundial da Itália. Sem dificuldades, o Brasil aplicou 3 a 0 e conquistou o tri sem suar. Os italianos já haviam sido vencidos nas semifinais, 3 a 1.

Protesto italiano

Mas a polêmica do torneio aconteceu na segunda fase, quando o Brasil supostamente facilitou um jogo para a Bulgária (derrota por 3 a 0), já que a tabela beneficiaria o time de Bernardinho com adversários mais fáceis em caso de resultado adverso.

Os brasileiros entraram em quadra com uma equipe reserva e com o oposto Theo como levantador e passaram o jogo inteiro vaiados pela torcida italiana. É bom ressaltar, entretanto, que os dois levantadores do Brasil (Bruno e Marlon) estavam sem as melhores condições físicas.

Depois do torneio, jogadores e comissão técnica se contradisseram quando comentaram o assunto. O líbero Mário Júnior chegou a dizer que "entregar para a Bulgária foi o momento mais difícil daquela conquista". O técnico Bernardinho amenizou, mas disse que houve sim uma votação entre os jogadores para definir se entrariam ou não com uma equipe mais fraca.

Os títulos vieram, mas a mancha ficou no currículo dos super campeões do vôlei brasileiro.

Decepção das meninas

O time feminino passou o ano em branco. No Grand Prix, derrotas para Japão e EUA tiraram o Brasil da briga pelo título. No Mundial, a Rússia novamente foi algoz. Derrota por 3 a 2 na final no Japão e show da russa Gamova. Além disso, o ano foi marcado por lesões de Paula Pequeno e de Mari, desfalques importantes no campeonato do mundo.

Herói: Murilo
Irmão do consagrado Gustavo, Murilo Endres enfim virou protagonista. O camisa 8 liderou a seleção brasileira nas conquistas da Liga Mundial e do Campeonato Mundial e foi eleito o melhor jogador das duas competições.

Vilão: Bernardinho

Campeão de tudo pela seleção brasileira, o treinador foi escolhido o culpado pelo jogo do "entrega" para a Bulgária, na segunda fase. Ele disse após o torneio que a decisão foi democrática e feita pelos jogadores, mas a opinião pública crucificou Bernardinho, entendendo que o líder poderia ter interferido naquela situação.

Dia D: 10 de outubro
Após a polêmica do jogo contra a Bulgária, o Brasil não se apequenou. Pelo contrário, arrasou os adversários que vieram pela frente e conquistou o tricampeonato mundial com sobras: 3 a 0 em cima de Cuba.

Dia para ser esquecido: 14 de novembro
A seleção feminina chegou a mais uma final contra a Rússia e assim como em 2004, nos Jogos Olímpicos, e em 2006, também no Mundial, saiu de quadra derrotada: 3 a 2. O resultado decretou um ano sem títulos para a equipe de José Roberto Guimarães.

O número: 9

O Brasil conquistou a Liga Mundial de volêi pela nona vez na História e superou a Itália, antiga detentora do recorde de títulos com oito troféus.


Comentário da Redação
Ética?

Não há o que discutir. O episódio do jogo entre Brasil e Bulgária não só manchou a conquista brasileira como também abalou a imagem quase imaculada (até então) de campeões do nível de Bernardinho, Giba, Dante, Rodrigão. Eles não precisavam daquilo para mostrarem que são os melhores do mundo.

Só que essa polêmica acabou indo para o caminho errado. Antes é preciso lembrar que o campeonato tinha uma fórmula péssima que favorecia equipes de pior campanha. O primeiro erro foi das seleções que concordaram com o regulamento.

Mas a discussão central disso tudo é: será que a ética do esporte é diferente da ética da "vida normal"? Será que perder para ganhar depois é algo tão incomum assim no esporte?

Uma coisa é certa: Bernardinho e sua equipe não são os únicos errados do planeta.


Direto da Redação










Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

Um comentário:

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