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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Comentário da Redação > Corinthians 3 x 1 Santos

Visão corintiana > Corinthians é muito forte em clássicos no Pacaembu
Por Pedro Silas - pedro_sccp@yahoo.com.br

Por ainda não ter convencido durante o ano e enfrentar um adversário reconhecidamente superior, o jogo deste domingo deve ter gerado muita preocupação para os corintianos durante a semana. Ainda mais depois daquele futebol burocrático contra o Mogi Mirim, na quinta-feira. Mas a combinação clássico + Pacaembu, pelo menos pra mim, dá confiança em um bom resultado.

Aquele desentendimento com a diretoria do São Paulo há uns anos, que fez o Timão passar a mandar clássicos apenas no estádio Municipal, foi um bem enorme para a equipe alvinegra. Desde a chegada do Mano Menezes, clássico como mandante é quase certeza de vitória. Entraram Adilson, Tite, e a força do time continuou praticamente a mesma. O casamento com a torcida tem sido perfeito especialmente nesse tipo de duelo.

Hoje não foi diferente. O Tite, apesar de ter deixado o Ramírez, um dos melhores do elenco atualmente, no banco, reconheço que mandou bem demais ao escalar um quarteto de jogadores rápidos do meio para frente - Morais, Jorge Henrique, Dentinho e Liédson. Isso mudou o estilo da equipe, que foi previsível e lenta para criar jogadas na última partida.

E neste domingo era fundamental colocar velocidade na partida e incendiar a Fiel nas arquibancadas. Aquele joguinho de passe para lá, passe para cá, estudando o adversário, cadenciando o jogo, só seria bom para o Santos. A saída do Jucilei também colaborou para essa mudança. Sou fã do volante, que jogou muito na temporada passada, mas este ano ele estava irreconhecível, parecia pesado e travava o meio de campo, que com o Paulinho ganhou mais mobilidade e leveza.

É nesta posição, de segundo volante, que o Cachito poderia ter sido encaixado, mas não dá para reclamar do Tite quanto a isso. Confesso que antes do apito inicial achei um absurdo a ausência do Ramírez, mas agora, olhando todo o contexto, entendo a decisão. Não só pela vitória, mas pela postura que teve a equipe. O Paulinho é um bom jogador (e foi muito bem) e no momento o mais preparado para a posição. Poderia ser arriscado colocar o gringo de titular nesta função logo num clássico, contra um adversário perigosíssimo.

Pensei em vê-lo, inicialmente, no lugar do Jorge Henrique, mas aí o quarteto veloz, ponto forte corintiano neste jogo, deixaria de existir. O fato é que a mudança de característica do time feita pelo treinador e as boas opções no banco como Ramírez, Bruno César, Edno, Willian, além do Danilo, que não foi relacionado, mostram que material humano para montar uma boa equipe - nada de outro mundo -, o Corinthians tem. Basta o técnico gaúcho saber aproveitar.

Há um bom tempo para deixar o time redondinho até começo do mata-mata do Paulistão, vamos ver se haverá uma boa evolução até lá...

Conceitos

Julio Cesar - BOM: Sem culpa no gol, trabalhou para valer apenas uma vez e muito bem: fez excelente defesa em chute à queima roupa do Elano, no começo do segundo tempo.
Alessandro - BOM: Esteve bem na marcação e saiu na boa, quando possível.
Wallace - BOM: Raçudo e ligado, fez cortes providenciais.
Leandro Castán - BOM: Também esteve muito atento e fez boa partida.
Fábio Santos - BOM: Foi decisivo, mas é fraco. Deixou a desejar na marcação, apesar de não ter sido tão exigido.
Ralf - ÓTIMO: Mais uma partidaça do volante. Além da habitual marcação incansável, teve categoria para dar chapéu no Neymar (está vingado, Chicão! haha), e deu um passe fantástico para o Liédson fazer o terceiro.
Paulinho - BOM: Ajudou o Ralf na marcação, deu uma saída de bola leve e fluente
Morais - BOM: Deu a velocidade que o time precisava no meio-campo. Quando não teve a bola, foi raçudo e ajudou na marcação. Com esse futebol que tem jogado, não pode sair da equipe titular.
(Ramírez) - SEM CONCEITO: Participou de cerca de cinco minutos apenas. Deveria ter entrado antes.
Jorge Henrique - BOM: Esteve um pouquinho melhor tecnicamente, e hoje sua aplicação tática e raça foram importantíssimas. Caiu bem de rendimento no fim e deveria ter saído.
Dentinho - BOM: Nem fez uma grande partida, mas também ajudou muito na marcação e foi fundamental ao sofrer pênalti em um momento crítico para o Corinthians na partida.
(Bruno César) - REGULAR: Entrou depois dos 30 minutos da etapa final e não apareceu muito. Voltando a jogar bola, é uma grande opção para fazer dupla com o Morais no meio-campo, os dois podem se completar.
Liedson - BOM: Poucas bolas redondas chegaram para o Levezinho. No excelente passe do Ralf, ele não perdoou e fez um golaço. O problema da ausência de um artilheiro está definitivamente resolvido.
Téc: Tite - BOM: Como já eu disse, mandou muito bem em escalar um time rápido. Nas substituições, deveria ter colocado o Cachito mais cedo, e ter tirado o Jorge Henrique, que cansou e caiu de rendimento da metade do segundo tempo para o fim - eu colocaria o Edno.


Visão santista > Erros do treinador continuam complicando a equipe
por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

Mais uma vez o treinador santista foi mal e prejudicou o desempenho da equipe. Dessa vez diante do Corinthians, no clássico da 9ª rodada do Paulistão, o que deixa ainda pior o humor do torcedor do Peixe em relação a Adilson Batista.

Assim como no meio da semana, diante do Táchira pela Libertadores, as opções de jogadores e o esquema tático foram muito questionáveis. Danilo na lateral, Robson no meio e Diogo como centroavante eram desastres quase anunciados. E o esquema 4-4-2 também não era a melhor das escolhas.

O Santos estava bem no 4-3-3 com Maikon Leite e Zé Eduardo na equipe até outro dia. Nem sou da tese de que em "time que está ganhando não se mexe", mas acho que em time que está jogando bem não se mexe. E Adilson está mexendo demais. Ele não consegue repetir uma formação!

Enfim, com a bagunça armada pelo treinador, o Santos teve muita dificuldade para encaixar o jogo diante da correria que o Corinthians impôs. Se faltavam grandes atletas no time da capital, sobrava vontade. E o Peixe, pressionado já na saída de bola, errava passes em demasia, dava espaços na marcação e não sabia o que fazer.

Sofreu um gol e empatou no final do primeiro tempo, meio que por sorte. Quando era um pouco melhor, sofreu o segundo gol e desmoronou novamente.

O jogo estava 2 a 1, Adilson até arriscou, fez substituições mais ousadas (apesar de demorar), mas de novo mexeu mal. Abriu totalmente o time tirando Danilo e optando por Zé Eduardo, e ainda deixou o futuro jogador do Genoa fora de posição, pela ponta esquerda. Poderia ter sido mais prático, se colocasse o Zé Love no lugar do Robson, e não optar antes por Maikon Leite - não era jogo para ele naquele momento.

O Timão fez dois gols de bola parada, é verdade, e o último em contra-ataque, mas isso não diminui em nada o merecimento corintiano, dono da partida durante quase 90 minutos. O Santos tem, hoje, um elenco melhor que o rival, mas está tão bagunçado quanto ele, com uma diferença: reconhece isso e busca outras formas de corrigir as carências.

E só para não passar em branco: será que se o Liedson fosse o 9 do Corinthians nos duelos contra o Tolima o Timão estaria eliminado da Libertadores?

Conceitos

Rafael - REGULAR: Não foi muito exigido e nada pôde fazer nos gols corintianos.
Danilo - PÉSSIMO: É um jogador muito fraco, não pode ser titular de jeito nenhum. Os santistas sentiram saudades do Pará.
(Zé Eduardo) - SEM CONCEITO: Entrou no final do jogo e fora de posição. É até injusto conceituá-lo.
Edu Dracena - PÉSSIMO: Inocente demais, distribuiu pancadas desnecessárias.
Durval - REGULAR: Também não estava no melhor dos dias.
Léo - REGULAR: Perdidaço na marcação. Se salva pelo esforço.
Arouca - BOM: Um dos únicos que se salva da derrota. Jogou quase sozinho no meio de campo.
Rodrigo Possebom - PÉSSIMO: Sentiu o peso do jogo. Poderia ter sido expulso até.
(Adriano) - PÉSSIMO: Além do pênalti grotesco que cometeu, errou passes demais.
Elano - PÉSSIMO: Vi algumas pessoas elogiando o camisa 8 no jogo de hoje, mas eu discordo. Ele foi muito mal. Lento, errando passes... fez o gol e só.
Róbson - PÉSSIMO: Dói muito ver a camisa 10 com ele.
(Maikon Leite) - PÉSSIMO: Atrapalhado com a bola, perdeu uma grande chance de se dar bem, pois jogou pelo lado mais frágil da defesa corintiana, o esquerdo. Ah, e não vale 60 milhões de euros. Nunca!
Neymar - PÉSSIMO: Além do cansaço claramente estar pesando, ele também foi muito bem marcado e jogou sem companhia, sem alguém para tabelar.
Diogo - REGULAR: Por estar visivelmente jogando fora da posição ideal, dou esse conceito pelo esforço do rapaz. Apesar do erro no terceiro gol corintiano.
Tec: Adilson Batista - PÉSSIMO: Mais uma vez se equivocou no time inicial e nas substituições. À essa altura da temporada já deveria ter um time base definido.

Fotos: Terra

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