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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Comentário da Redação > Expulsão de Hernanes atrapalhou muito, mas não pode ser desculpa para tudo

A Seleção Brasileira fazia uma boa partida e dominava a França dentro da casa deles, fazendo o papel de protagonista e não limitando-se a jogar nos contra-ataques, como Mano Menezes explicou que gostaria que fosse lá no começo do seu trabalho. O Brasil chegou a ter 63% de posse de bola, e as coisas estavam indo relativamente bem. Até que Hernanes, aos 38 minutos do primeiro tempo, deu um pontapé inexplicável em Benzema e foi expulso.

Isso, obviamente, iria desmontar o esquema tático da equipe. Até porque Elias e Renato Augusto, outros dois meio-campistas, eram apenas coadjuvante do ex-são-paulino, que vinha atuando bem. Era o mais criativo, o que mais mostrava recursos para desequilibrar o jogo, e estava cada vez mais se soltando.

Porém, a expulsão não é desculpa para o péssimo segundo tempo do Brasil, que simplesmente não conseguiu mais jogar. Faltaram coração e raça, sobrou omissão. Parece que os jogadores passaram apenas a se defender pensando "ah, estamos com 10, normal abdicar do ataque". Mas não é assim. A partida não havia terminado aos 38 do primeiro tempo. Dava, sim, para se ajeitar e ir para o jogo.

Não só dava como era o mais correto. Afinal, é para isso que serve amistoso... arriscar, testar, e ver como o time reage em situações adversas. E nesta circunstância de jogar com um homem a menos, Mano Menezes, assim como seus atletas, não reagiu da melhor forma, na minha opinião. As mexidas (incluindo a demora para fazê-las) mostraram que o treinador também se conformou com a derrota pelo placar mínimo.

Conceitos

Julio Cesar - BOM: Voltou muito bem, com a segurança que conhecemos. Fez duas grandes defesas.
Daniel Alves - BOM: Habilidoso, foi o melhor jogador do Brasil na etapa final (sem contar o camisa 1). Também não foi mal nos primeiros 45 minutos.
Thiago Silva - REGULAR: Esteve bem, mas poderia ter dado mais rapidez à saída de bola do Brasil, pois tem qualidade para isso.
David Luiz - BOM: Diferente do parceiro de zaga, foi muito bem na maioria das saídas de bola. E também esteve bem defendendo, inclusive salvou um gol certo dos franceses. Foi uma baita aquisição do Chelsea.
André Santos - PÉSSIMO: Deixou uma avenida nas suas costas, e foi por lá que saiu o gol. Também não teve qualidade para apoiar.
Lucas - BOM: Marcou e jogou direitinho.
Elias - REGULAR: Foi um coadjuvante. Poderia ter chamado mais a responsa sem o Hernanes em campo.
(André) - SEM CONCEITO: Entrou já no fim.
Hernanes - PÉSSIMO: Decepcionante e surpreendente a atitude do meio-campista, que nunca foi violento. Prejudicou muito seus companheiros.
Renato Augusto - REGULAR: Não mostrou a que veio na estreia, mal pegou na bola. E é desnecessário colocar o rapaz com a 10 logo na primeira partida... querendo ou não, pesa.
(Jadson) - REGULAR: Entrou no começo do segundo tempo e figura completamente apagada.
Robinho - PÉSSIMO: Não acerta uma boa jogada, estraga contra-ataques e ainda faz gracinha. Pelo menos desta vez foi substituído até de forma rápida.
(Sandro) - REGULAR: Só serviu para deixar o Brasil com uma postura mais defensiva.
Alexandre Pato - REGULAR: Tudo bem que nem foi feliz nos poucos dribles que tentou, mas não dá para criticá-lo. Jogou isolado o segundo tempo inteiro, e não chegaram muitas bolas redondas na etapa inicial.
(Hulk) - SEM CONCEITO: Poderia ter sido o herói marcando o gol, mas se atrapalhou com a bola. Atuou por pouco mais de sete minutos.
Téc: Mano Menezes - PÉSSIMO: Mostrou-se conformado com o 1 a 0. Foi mal demais ao colocar Sandro em vez de um jogador ofensivo no lugar do Robinho. Também não fez sentido tirar o Pato e não colocar alguém para encostar no atacante do Milan.

Foto: AFP

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

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