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domingo, 13 de março de 2011

Comentário da Redação > Ganso volta, decide jogo em 10 minutos e Santos engata trinca

Se a principal atração do jogo deste sábado entre Santos e Botafogo-SP, na Vila Belmiro, era o retorno de Paulo Henrique Ganso aos gramados, o craque santista foi também o principal responsável pela vitória do Peixe por 2 a 1, terceira seguida da equipe no Paulistão.

Um jogo muito complicado se resolveu facilmente nos 10 primeiros minutos da etapa final, quando Ganso entrou em campo e desequilibrou.

Antes de falar do maestro da Vila, preciso destacar o primeiro tempo ruim que o Santos fez. Neymar, que deu show diante da Lusa na quarta-feira, esteve apagado, assim como Zé Eduardo, perdido no meio de três zagueiros do Botinha. Diogo foi o jogador de ataque mais acionado e também o mais criticado pela torcida. O rapaz está jogando mal demais.

De bom mesmo só a dupla de volantes, Adriano e Danilo, muito firmes na marcação e quebrando um galhão na ausências daqueles que deveriam ser titulares - Arouca e Charles, lesionados. E falando nesse assunto médico, Jonathan deixou o gramado antes do minuto 20, com um estiramento muscular. Desfalque certo na quarta-feira, contra o Colo Colo, pela Libertadores.

Então chegou o intervalo e Marcelo Martelotte fez o óbvio: trocou o desastrado Diogo pelo genial Paulo Henrique. E o Ganso não precisou de 45 minutos para mostrar o quanto é bom. Bastaram 22 segundos para ele receber a bola pela segunda vez na partida e efetuar lançamento magistral para Zé Eduardo, que se deslocava na saída da defesa adversária. Aí o camisa 9 dominou e rolou para Elano, que vinha de trás, fuzilando para o gol. Antes do primeiro minuto da etapa final, Ganso já dava uma pitada da sua qualidade e o Santos abria vantagem.

Na sequência ele participou de mais dois grandes lances, desperdiçados por Zé Love e Neymar. E antes que completasse dez minutos em campo, Paulo Henrique Ganso deixou sua marca. Sem a sua camisa 10, mas com a 16, fez um gol de camisa 9, ao antecipar o zagueiro em passe de Zé Eduardo e marcou 2 a 0. Foi um momento emocionante para todos que assistiam à partida. De volta após longa recuperação, o maestro alvinegro também voltava a marca um gol após quase dez meses.

Na sequência do jogo, o Santos controlou a bola, criou novas oportunidades e com extrema qualidade fez o torcedor sorrir novamente com um futebol tipicamente santista. Futebol, especialmente, de Ganso e Neymar.

E o Botafogo ainda conseguiu descontar para colocar um pouco de justiça na boa atuação da Pantera de Ribeirão Preto. Mas quem se importa? Até os holofotes do Estádio Urbano Caldeira estavam ofuscados diante do brilho de Paulo Henrique Ganso. Aposto que tão cedo ele não veste a camisa 16 novamente. Pode preparar a 10 pra ele, Martelotte.

Conceitos

Rafael - BOM: Acho que falhou no gol do Botafogo, mas fez outras grandes defesas, especialmente no primeiro tempo.
Jonathan - SEM CONCEITO: Ameaçou fazer um bom jogo pelos primeiros lances, mas sentiu novamente uma lesão muscular e deve ser desfalque por mais algumas semanas. Uma pena.
(Pará) - BOM: Entrou bem, marcando direitinho. No ataque fez alguns lances grotescos, mas também participou da jogada do segundo gol.
Edu Dracena - BOM: Neste sábado foi discreto, não muito exigido. Ou seja, aliviou nas pancadas.
Durval - BOM: Sempre eficiente demais nas antecipações.
Léo - BOM: Ao contrário do último jogo, quando se lançou ao ataque o tempo inteiro, diante do Bota ele ficou mais na defesa, até me pareceu se poupar mesmo. Está jogando duas vezes por semana, sempre 90 minutos. E não é mais nenhuma criança.
Adriano - ÓTIMO: Teve alguns jogos ruins depois da derrota para o Corinthians, mas voltou a atuar bem. Não perdeu uma dividida.
Danilo - BOM: Descobriu uma nova vocação! O negócio é jogar de segundo volante, mas sair ao ataque apenas quando for muito necessário. Está indo bem nessa - mas merecia ter sido expulso.
(Rodrigo Possebon) - SEM CONCEITO: Entrou no final.
Elano - BOM: No geral, foi bem. Deixou sua marca mais uma vez... Mas anda devendo futebol nos últimos jogos.
Diogo - PÉSSIMO: Errou tudo o que tentou no jogo e era hostilizado sempre que tocava na bola (a corneta na Vila não é fácil). Ainda bem que foi substituído no intervalo, senão sairia de campo com vaias homéricas.
(Paulo Henrique Ganso) - ÓTIMO: Depois do texto acima eu não preciso explicar mais nada. Ele é gênio. Sem mais.
Neymar - REGULAR: Hoje esteve bem apagado. Mesmo assim teve umas três chances claras de deixar sua marca e desperdiçou.
Zé Eduardo - BOM: Melhorou muito no segundo tempo, quando ficou menos preso entre os beques do Bota.
Tec: Marcelo Martelotte - BOM: Escalou bem o time e mexeu na hora certa. Está muito bem, obrigado. Agora vem seu grande desafio, no Chile, pela Libertadores. Basta manter o que vem fazendo para buscar uma vitória diante do Colo Colo.


Foto: Agência Lance

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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