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terça-feira, 8 de março de 2011

Gringolaço > Barça massacrou o Arsenal; 3 a 1 foi pouco

Se alguém tinha dúvida de que o Barcelona é realmente o melhor time de futebol do planeta, acho impossível que ela não tenha sido sanada após a vitória da equipe espanhola sobre o Arsenal por 3 a 1, nesta terça-feira, no Camp Nou. Foi mais um daqueles massacres de Xavi, Iniesta, Messi e cia.

O placar de 3 a 1 foi pequeno diante das chances que os donos da casa criaram. Incrível a facilidade que eles têm de rodar a bola com perfeição e, com paciência e muita técnica, chegar na cara do gol inúmeras vezes. A expressão "futebol arte" é perfeita para definir o que joga esse baita time.

A paciência, aliás, que já é de prache no time de Pep Guardiola, foi muito importante. Antes de Messi marcar mais um belíssimo gol e abrir o placar, no fim do primeiro tempo, o jogo estava um pouco truncado, os visitantes estavam bem posicionados, ligados, sem dar espaço. Mas é quase impossível resistir à movimentação, calma, técnica e visão de jogo dos espanhois o tempo inteiro recuado, como fizeram os Gunners.

O volume de jogo do Barça é tão grande, que fica a impressão que faltou a equipe mais qualidade na hora de definir as jogadas. E realmente, pra mim os espanhois pecaram um pouco na finalização, ou até mesmo no último passe. Daniel Alves, por exemplo, chegou pelo menos duas vezes na área e deixou a desejar na hora de definir a jogada. Na última, errou o passe que iria para Messi - livre, na entrada pequena área, e com o gol aberto - definir de vez a vitória.

Depois desse lance, por muito pouco os Gunners, que estavam com um a menos, não surpreenderam e marcaram o gol, que seria o da classificação - após falha de Adriano, Bendtner recebeu de frente para Valdés, mas falhou na conclusão. Seria uma injustiça imensa. O Arsenal simplesmente achou o seu gol no início do segundo tempo.

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§ Árbitro exagerou na expulsão, e eu não daria pênalti
Na minha visão, foi desnecessário o segundo cartão para o Van Persie. Faltou sensibilidade ao árbitro para entender que jogador holandês já vinha com o objetivo de chutar, e na tensão do jogo, é uma atitude compreensível. Não precisava do amarelo. Assim como eu também não teria dado pênalti em cima do Pedro. Achei mais pênalti no lance do primeiro tempo em que o Messi foi derrubado na entrada da área. Mas, como já deve ter ficado claro, independente dos supostos erros, a classificação da equipe espanhola foi merecidíssima.

§ Pra que zaga titular?
Demonstrando não ter um elenco à altura do time titular, o Barcelona teve que improvisar o volante Busquets e o lateral-esquerdo Abidal para formar o miolo zaga, já que os titulares Puyol (contundido) e Piqué (suspenso) não puderam atuar. A ótima dupla titular não fez a menor falta hoje na marcação. Os improvisados foram muito pouco exigidos.

§ Wenger tentou armar um esquema a lá Mourinho?
Se a zaga catalã pouco foi exigida, além dos méritos do próprio time espanhol, que se beneficiou de sua habitual posse de bola, ela deve também a postura do Arsenal. Jogou como time pequeno, muito retrancado, talvez inseguro devido fama de "amarelão". Se Arsène Wenger tentou repetir o que Mourinho fez pela Inter na final da última edição do torneio, ele errou muito. Além das características das equipes sugerirem algo totalmente diferente, a vantagem dos italianos era maior e, portanto, mais apta a ser administrada.

§ Que personalidade do Wilshere!
Com apenas 19 anos, o volante (na foto, marcando o Iniesta), que já havia jogado muita bola no primeiro duelo, no Emirates Stadium, foi o melhor do Arsenal na linha (Almunia, que entrou durante o jogo após contusão de Sczeszny, foi superior). Mostrou uma personalidade enorme o garoto, que é tido como um grande futuro nome para a Seleção Inglesa e o próprio clube de Londres. Tem justificado muito a fama.

§ Villa deixou a desejar. Xavi, Iniesta e Messi, em compensação...
A atuação de David Villa explica um pouco a análise que eu fiz de que faltou mais eficiência ao Barça nas finalizações. O atacante espanhol foi bem na movimentação, colaborou para o time, mas não fez uma boa partida tecnicamente e deixou a desejar nas conclusões das jogadas. O trio Xavi, Iniesta e Messi, em contrapartida, foi bem demais. Os dois espanhois, cérebros da equipe, esbanjaram técnica, e o argentino mostrou sua genialidade mais uma vez, marcando um golaço e sendo decisivo. Jogam muito!

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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

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