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domingo, 3 de abril de 2011

Comentário da Redação > Santos 0 x 1 Palmeiras

Visão santista > Chegamos em abril e o Santos ainda não tem um time
por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

É assustador constatar que chegamos ao mês de abril e o Santos, que tem um dos melhores elencos do Brasil e os dois melhores jogadores do país ainda não tem um time, de verdade, para colocar em campo. Não só pela frequente ausência de titulares absolutos como Jonathan e Arouca.

Falo pelo conjunto, algo que a equipe ainda não adquiriu. Em 2011, o que se viu foi um amontoado de jogadores com a camisa santista, e não um time com capacidade para conquistar tudo como fez no ano passado.

O clássico diante do Palmeiras deu a prova cabal para isso - são em jogos importantes e nervosos como foi este que temos essa dimensão. O Santos enfrentou um time mais fraco tecnicamente e encontrou muita dificuldade. Muita mesmo! A razão para isso é simples: o adversário tem conjunto, padrão de jogo... joga para se defender e não esconde de ninguém. E faz isso muito bem, obrigado.

E não se trata de um ferrolho, uma retranca incrível. O time de Felipão apenas é montado a partir da defesa e em jogos difíceis, como o de hoje, atua no erro do adversário, buscando definir a partida em poucos lances ou na bola parada.

Foi isso que aconteceu. Antes do gol de Kléber (o nome do jogo), eu poderia até dizer que o Santos tinha sido melhor no jogo, ou pelo menos que criou as melhores oportunidades. Porém, nada de assombroso a ponto de achar que a derrota santista tenha sido injusta. Justo é o time fazer valer a sua competência, como faz o Palmeiras.

O problema do Peixe é que não existe foco, não existe comando, e não existe time. Nem treinador o Santos tem. Tem grandes jogadores, mas sem objetivo.

Aí somos obrigados a ver cenas bizarras como as do final do jogo, em que o Santos perdia por 1 a 0, em casa, mas não conseguia nem defender (o que é normal) e nem atacar tamanha a inocência da equipe. Nenhum jogador teve a iniciativa de buscar a bola, trocar passes e tentar o gol de empate naturalmente. E olha que não faltam jogadores inteligentes para isso. O que falta é alguém que os condicione a pensar dessa forma. E um barco sem comandante só pode estar mesmo sem rumo.

Só registro aqui meu repúdio aos torcedores santistas que foram ao estádio hoje para pegar no pé de Elano, Ganso e, principalmente, Neymar. Este último, chamado de mercenário por algum imbecil, foi o melhor do Santos em campo e um dos poucos que tentou alguma coisa. Os outros foram mal mesmo, mas não se justifica que os torcedores comecem a persegui-los.

O Santos precisa de apoio irrestrito de sua torcida porque na quarta-feira tem um jogo muito importante diante do Colo Colo, na Libertadores. Se tivermos 15 mil pessoas jogando contra, a coisa só tende a piorar.

Conceitos

Rafael - REGULAR: Não foi muito exigido e não teve culpa no gol.
Pará - PÉSSIMO: Marca errado demais. Vide gol do Palmeiras, em que ele assistiu o Kléber correr ao seu lado.
(Felipe Anderson) - REGULAR: Parece que caiu de balão no jogo. Perdidaço.
Edu Dracena - REGULAR: Não foi bem, mas pelo menos não distribuiu muitas pancadas.
Durval - REGULAR: Bateu mais que o Dracena, vejam vocês...
Léo - REGULAR: Figura importante no ataque, acabou deixando alguns espaços na defesa.
Adriano - REGULAR: É esforçado, até marcou direitinho, mas é um daqueles da turma dos inocentes. No gol do Palmeiras, levou um drible de corpo infantil do Patrik. A torcida do Santos reza todos os dias pela volta de Arouca.
Danilo - BOM: Jogando como volante está indo muito bem. Marcou até um gol, mas que foi bem anulado.
Elano - PÉSSIMO: Desde que a estrelas voltaram e ele passou a ser coadjuvante vem fazendo esse papel abaixo do que pode.
Paulo Henrique Ganso - PÉSSIMO: Sumiu do jogo. Cobro muito dele mais vontade de ser protagonista, de chegar ao ataque, de tentar o gol. Hoje faltou isso. Mas não merece as críticas da torcida.
Neymar - BOM: Ao contrário do camisa 10, Neymar tentou decidir durante os 90 minutos. Tem personalidade de sobra para enfrentar marcações duras como a do Palmeiras, mas jogou quase sozinho.
Zé Eduardo - PÉSSIMO: Não jogou nada e ainda saiu bravinho quando foi substituído. Menos, Zé, bem menos...
(Keirrison) - PÉSSIMO: A entrada do K9 foi tão ruim que acho até que reanimou o Zé Love, que parece ainda não ter ameaçada a vaga de titular.
Tec: Marcelo Martelotte - BOM: Acho que fez as substituições corretas. O time não estava mal, mas desmoronou depois do gol. Ele não tinha opções no banco para mudar esse cenário.

Visão palmeirense > Jogo mostrou bem o que é o atual time do Palmeiras
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

A ótima vitória sobre o Santos, sempre forte na Vila Belmiro, mostrou bem como é o Palmeiras atualmente. Um time disciplinado, que marca forte, e pensa primeiro em não tomar gol para depois tentar chegar a vitória. Qualquer 1 a 0 é considerado mais do que ótimo para Felipão e cia., e foi esse placar que deu ao time alviverde a condição de seguir na liderança.

Apesar de um ou outro cochilo na saída de bola e no posicionamento, além de ter contado com a "ajuda" de Paulo Henrique Ganso, que esteve em um dia muito ruim (e não acho que os palmeirenses tiveram grandes méritos nisso), o Verdão justificou os ótimos números de apenas seis gols sofridos em 17 jogos (de longe a melhor defesa do campeonato) e segurou o sempre perigoso ataque santista jogando ao lado da sua torcida.

O mais intrigante é que, se formos olhar o sistema defensivo alviverde individualmente, no papel, vemos que: Thiago Heleno e Rivaldo são muito contestáveis, Cicinho já recebeu criticas pelo desempenho defensivo, e o primeiro volante não é de ofício (Márcio Araújo é segundo volante). Além disso, Marcos Assunção, o segundo marcador, tem uma idade mais avançada e não tem gás para marcar tanto.

Dentro de campo, porém, as coisas estão indo muito bem para a defesa palestrina. No ataque, ainda há uma certa dificuldade, até porque Kleber segue sem um parceiro ideal. Mas os gols também têm saído. Hoje, o garoto Patrik deixou o Gladiador na cara do gol e ele não perdoou, dando mais três pontos ao líder.

Conceitos

Deola - BOM: Esteve seguro quando exigido.
Cicinho - BOM: Marcou muito o Neymar, o que é sempre muito complicado.
(Chico) - SEM CONCEITO: Pouco tempo em campo.
Danilo - BOM: Eficiente e raçudo, esteve bem.
Thiago Heleno - BOM: Falei dele pelo que já vimos antes, mas justiça seja feita: jogou muito bem hoje, e tem sido assim no Palmeiras.
Rivaldo - BOM: É fraco, entretanto, hoje também foi bem.
Márcio Araújo - BOM: Dedicado, esteve bem na marcação e também não foi mal com a bola nos pés.
Marcos Assunção - BOM: Como de costume, levou perigo com seus chutes. Mandou duas na trave - uma com a bola rolando e outra em cobrança de falta.
Patrik - BOM: Pouco apareceu, mas deu um belíssimo passe para o Kleber marcar o gol da vitória.
Lincoln - REGULAR: Não conseguiu criar.
(João Vitor) - BOM: Entrou correndo muito, deu um gás para o time.
Adriano - REGULAR: Mal pegou na bola. Foi substituído aos 37 minutos do primeiro tempo.
(Luan) - BOM: Dedicado como de costume, participou mais que o Adriano e deu movimentação ao ataque.
Kleber - BOM: Apesar de ter mostrado técnica vindo bem buscar a bola no meio campo, não foi muito eficaz no ataque. Até sair de frente para o Rafael e tocar com categoria para o gol.
Téc: Luiz Felipe Scolari - BOM: Conseguiu impor seu estilo de jogo à equipe. E não teve medo de mudar, tirando o Adriano ainda no primeiro tempo. A entrada do João Vítor, que poderia dar a impressão de retranca, deu ao time uma saída mais rápida para o ataque, e foi importante no resultado final.

Fotos: Agência Lance! e Gazeta Press

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