Mudou!

O Redação do Esporte mudou de hospedagem! Acesse nosso conteúdo atualizado em: www.redacaoesporte.com.br

sábado, 30 de abril de 2011

Comentário da Redação > São Paulo 0 x 2 Santos

Visão santista > Que vitória do Muricy!
por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

O Santos conseguiu em tempo recorde virar o Santos de Muricy Ramalho. Em poucos jogos, o time melhorou demais na defesa, não cede mais espaços bobos, não corre que nem louco atrás de contra-ataque e, por outro lado, continua atacando bem com os jogadores geniais que tem.

Esse primeiro parágrafo resume bem a vitória santista no Morumbi, que valeu vaga na final do Paulistão. Mais o segundo que o primeiro tempo, porém, acredito que valha para os dois.

Isso porque no primeiro tempo o São Paulo, sim, foi melhor. Principalmente nos 15 minutos finais, porque até então o San-São estava bem morno - e o Santos havia criado as melhores chances de balançar a rede. Dos 30 em diante, só deu Tricolor. Não fosse Rafael e o time da casa poderia ter aberto o placar.  Mas também é exagero dizer que foi um massacre são-paulino, bem longe disso.

No intervalo, Muricy Ramalho fez uma alteração que eu não gostei naquele momento, mas que mudou a história da partida. Tirou o nulo Zé Love e colocou o zagueirão Bruno Aguiar. A justificativa era que o time precisava ganhar o meio-campo e trabalhar mais a bola no ataque.

Mas peraí! Como o time vai ganhar o meio com um zagueiro a mais? Porque os laterais adiantaram e passaram a compor a marcação nos flancos. Isso foi fundamental para corrigir a marcação santista, que no primeiro tempo deu muitos espaços principalmente no lado esquerdo da defesa.

E como segurar a bola no ataque com um homem a menos na frente? Com Ganso e Elano adiantado, jogadores de ótima qualidade. E foi desses dois que surgiu o primeiro gol do jogo. O gênio da camisa 10 encontrou o camisa 8 fazendo o papel de 9. Bola na rede.

O São Paulo não conseguiu entender o jogo e o treinador Carpegiani fez alterações que só colaboraram para que o Santos tivesse mais espaços no ataque - saída de Casemiro, principalmente. Aí ficou fácil para Ganso, que com muito liberdade iniciou a jogada que Neymar quase marcou, e que voltou aos pés do meia, na entrada da área. Com muito categoria, Paulo Henrique deu números finais ao jogo.

E o São Paulo praticamente não fez nada no segundo tempo. Deu até dó, tamanha a impotência dos tricolores em campo.

Uma vitória de um time que tem uma dupla fora de série - Neymar e Ganso. Vitória de um técnico que pode ser acusado de retranqueiro, mas eu prefiro outro adjetivo: vencedor. Com a defesa mais sólida e o ataque produzindo sempre, o Santos tem tudo, mas tudo mesmo, para que esse segundo rótulo prevaleça sobre o primeiro no ano de 2011.

Conceitos
 
Rafael - BOM: Fez pelo menos duas defesas fundamentais no primeiro tempo.
Jonathan - BOM: Participou pouco do primeiro tempo, e no segundo resolveu aparecer. O esquema de três zagueiros que Muricy apostou deu mais espaço para o lateral.
Edu Dracena - BOM: Com a marcação mais forte no meio-campo, Dracena vem jogando muito melhor.
Durval - BOM: Sempre atento na marcação.
Léo - BOM: Mais uma grande partida. Teve trabalho para marcar o ataque são-paulino no primeiro tempo, mas Muricy deu a força necessário na etapa final.
(Alex Sandro) - REGULAR: Entrou bem atrapalhado na partida.
Arouca - BOM: Como sempre, correndo em todos os lados do campo.
Danilo - REGULAR: Errou demais hoje. Tem que jogar simples como vinha fazendo.
Elano - BOM: Outro que melhorou muito depois do intervalo, jogando mais perto da área. Fez até um golzinho.
(Adriano) - SEM CONCEITO: Jogou pouco.
Paulo Henrique Ganso - ÓTIMO: O craque do jogo. Em poucos lances, decidiu um clássico. Camisa 10 genial.
Neymar - BOM: Muito bem marcado durante os 90 minutos, Neymar se dedicou muito e conseguiu ajudar a equipe.
Zé Eduardo - PÉSSIMO: Perdeu o encanto. Não está jogando absolutamente nada!
(Bruno Aguiar) - ÓTIMO: Sua entrada, simplesmente, mudou o jogo.
Tec: Muricy Ramalho - ÓTIMO: Há tempos eu não via uma alteração mudar tanto o jogo. Parabéns ao Muricy. A vitória é dele.


Visão tricolor >  Transtorno Bipolar
por Thiago Jacintho - thi.jacintho@gmail.com

Certa vez vi um documentário no Discovery Channel sobre doenças psicológicas. Nele, pessoas que tiveram e têm sintomas das doenças contavam suas experiências.

Dentre os relatos, me chamou atenção Paulo, um paulistano que morava na zona sul e sofria de transtorno bipolar. Muito sincero e eloquente, ele relatou ao programa que em um mesmo dia, em um período de 90 minutos em média, ele passava do estado de euforia extrema, ao estado de apatia extrema.

Ele relatou inclusive um fato acontecido no dia 30/04/2011, durante um jogo de futebol. Neste jogo, segundo as regras, Paulo possuía em mãos uma certa vantagem: a de enfrentar o adversário em seus domínios, tendo toda torcida a seu favor. Portanto, além da euforia de Paulo teoricamente ter mais habilidade no jogo, ele teria a maioria o apoiando. Psicologicamente, um trunfo e tanto.

Pois bem, no começo do jogo, Paulo estava empolgado. Tentava atacar de diversas formas seu adversário, investindo mais no lado direito. Novamente, segundo as regras, o jogo deveria ter dois tempos de 45 minutos cada.

Ao final da primeira etapa estipulada, Paulo dominava as ações e tentava de todos os jeitos obter vantagem no duelo. Perdeu inclusive diversas chances de ter a tal vantagem, fazendo com que a primeira parte de sua luta terminasse empatada.

No intervalo o treinador de seu adversário resolveu fazer uma mudança e adotou uma postura mais defensiva na volta pro segundo tempo.

Quando todos esperavam que Paulo, o iluminado da tarde, dominaria o jogo, este voltou apático dos vestiários. Nada do que mostrou no primeiro tempo apareceu no segundo. Pelo contrário, Paulo parecia que havia começado os 45 minutos finais perdendo de 5 gols.

Isso veio a se confirmar quando Paulo levou o primeiro tento de seu adversário, chamado Santos. Totalmente cambaleante Paulo seguiu na disputa. Quando olhou para a arquibancada, descobriu o pior: sua torcida sofria de depressão. Todo o apoio que esperou receber deles quando precisasse estava agora comprometido. Em silêncio absoluto, seu estádio lembrava um enorme velório, só faltava a vela e a vala.

E elas vieram um pouco depois.

Faltando 15 minutos pro fim do jogo, Santos fez o segundo gol e Paulo, fragilizado que estava, tratou de ele mesmo se embalsamar e fechar seu caixão, só pedindo para o piedoso Santos postar as velas sob o móvel de madeira.

Com cuidado, uma vala foi aberta e com esmero, o caixão de Paulo foi colocado nela. Enfim encontrou a paz Paulo, um bipolar sofredor.

Conceitos


Rogério Ceni – REGULAR: Apesar de ótima defesa no primeiro tempo em chute de Neymar, foi omisso no gol de Ganso. A bola passou ao seu lado, rasteira, e ele sequer esticou o braço ou a perna pra tentar evitá-lo.
Xandão – PÉSSIMO: Perdeu na corrida para Neymar no segundo gol e o primeiro começou nas suas costas. Fez as faltas bobas de sempre.
Miranda – PÉSSIMO: Vinha bem até ficar perdido no primeiro gol e não marcar Elano, que cabeceou sozinho. No segundo deixou de colocar o pé na frente da bola que passou ao seu lado e rasteira. Atuação decepcionante.
Alex Silva – REGULAR: Quase que o Santos abre o placar no primeiro tempo devido a uma falta de seriedade dele, quando resolveu driblar dois adversários no campo de defesa. No resto, fez o que lhe foi incumbido.
Jean – REGULAR: Perdeu várias chances de gol. Apesar desse não ser seu ofício, ele tem sido treinado para aparecer como elemento surpresa e, portanto, deveria estar afinado na finalização.
Casemiro – REGULAR: Fez com disciplina a marcação. Errou muitos chutes no ataque. É outro que precisa treinar finalização, já que tem aparecido no ataque como elemento surpresa com freqüência.
(Fernandão) – REGULAR: Na única bola que chegou, cabeceou rente à trave.
Carlinhos Paraíba – BOM: Correu, marcou, desarmou e até finalizou. É o melhor do time atualmente, tem jogado o fino da bola. Infelizmente o conjunto não tem correspondido à altura.
Ilsinho – BOM: Atacou bastante no primeiro tempo, e criou diversas chances, desperdiçadas pelo ataque. No segundo, bem marcado, não conseguiu o mesmo desempenho.
(Willian José) – SEM CONCEITO: Jogou dois minutos.
Juan – PÉSSIMO: Pouco auxiliou Marlos pela esquerda na criação de jogadas. Incrível, mas ele não cruza. Defende de forma frágil. Merece banco.
Marlos – REGULAR: Apareceu em poucas ocasiões, muito porque o apoio de Juan pelo lado esquerdo do ataque foi praticamente nulo.
(Rivaldo) – BOM: Melhorou o time, que ficou ligeiramente mais organizado em campo após sua entrada. Criou jogadas de ataque que quase resultaram em gol. Pena que entrou tarde.
Dagoberto – BOM: Tentou criar jogadas. Finalizou algumas vezes, todas sem perigo. Sua raça devia contaminar o time…
Paulo César Carpegiani – PÉSSIMO: Responsável pela derrota. Levou um baile do Santos no segundo tempo e demorou pra mexer e arrumar a equipe. Insiste em deixar Rivaldo, o melhor meio-campista do time, na reserva. Foi a atuação mais ridícula do treinador desde que voltou ao São Paulo.

Fotos: Terra

 ========================

Direto da Redação

redacao_esporte@hotmail.com


Nenhum comentário:

Postar um comentário