Mudou!

O Redação do Esporte mudou de hospedagem! Acesse nosso conteúdo atualizado em: www.redacaoesporte.com.br

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Comentário da Redação > Barcelona 1 x 1 Real Madrid

Visão Catalã > Sorte, cera, pancada e vaga
Por Thiago Jacintho - thi.jacintho@gmail.com

Quem acompanhou o jogo de volta pelas semifinais da Uefa Champions League, entre as maiores forças da Espanha e da Europa, pôde ver que de fato a sorte acompanha os grandes e competentes. Não que o Barça tenha conseguido a classificação pela sorte, mas certamente ela entrou em campo no primeiro minuto do segundo tempo.

Cristiano Ronaldo arrancou do meio de campo com a bola e passou para Higuaín. Um pouco antes do passe porém, o português levou uma trombada e se desequilibrou, fazendo com que caísse na direção em que corria. Mesmo assim, o passe saiu perfeito e o centro-avante argentino ficou na cara do gol. Mascherano, seu conterrâneo e que devia te marcar, vendo que não o alcançaria na corrida, se jogou no chão, simulando uma contusão.

De fato ele fora atingido por Cristiano, quando este caía, mas foi um choque sem nenhuma intenção. O juiz já havia apitado falta quando a bola morria no fundo da rede do Barcelona. Seria o gol que abriria o placar, no primeiro minuto da segunda etapa. O gol do time que precisava fazer os gols. A história do jogo poderia ser outra.

Poderia, mas não foi. A história do jogo foi parecida com a da semana passada, só alternando um pouco a ordem e modo dos acontecimentos.

O primeiro tempo começou com o time azul-grená levando pressão dos merengues. Os defensores do Barça tinham de lidar com o veneno que seus homens de frente usam: a marcação na saída de bola, o que fez com que até os 20 minutos, o jogo fosse baseado em tentativas de penetração do Real, e chutões pra todo lado, do Barcelona.

Dos 20 em diante, ligeiramente cansado, os madrilenhos mudaram de estratégia, e acabaram caindo nas garras do Barça. O tradicional toque de bola começou a ser feito, fazendo com a estatística de posse de bola tivesse aquela porcentagem massacrante a favor dos catalães, como já é costumeiro.

Dos 30 em diante, foi um borbardeio ao gol de Casillas. Messi e companhia achavam os espaços que fatalmente se abrem quando um time joga pra frente e trataram de armar e finalizar diversas jogadas. Para azar do Barcelona, Casillas está numa ótima fase e defendeu tudo, desde chutes colocados até bombas praticamente à queima-roupa. Isso garantiu que os visitantes desesperados fossem pro intervalo sonhando ainda com a classificação.

Foi no segundo tempo, assim como na última quarta-feira, que o negócio se resolveu. Após o susto no primeiro minuto de jogo relatado no começo deste texto, e que tem total influência no que aconteceu depois, o Barcelona voltou ao toque de bola incessante, procurando os espaços, como sempre faz.

Aos nove minutos, finalmente achou. Iniesta recebeu na intermediária, avançou alguns metros e deu um passe milimétrico para Pedro, que invadiu a área do Real, e de pé esquerdo mandou a bola no cantinho do gol. Na euforia da comemoração, podíamos ver e pensar: acabou, a vaga é do Barcelona!

Mas em futebol nunca se pode cravar nada antes do apito final.

Depois de aberto o placar, a torcida inflamada pela eminência da classificação, passou a gritar “olé”, cada vez que seu time tocava a bola. O Barcelona já toca bem a bola naturalmente, o jogo deles é esse, incentivados dessa forma então, o jogo ficou parecendo brincadeira de bobinho: o Real na roda, e o Barça fazendo a bola ir de lá pra cá, daqui pra lá, da defesa pra lateral, da lateral pro meio, do meio pro ataque, do ataque pro meio e voltando pra defesa.

Foi, portanto, num desses toques na defesa que o time de Guardiola levou o empate. Di Maria interceptou um passe de Xavi e avançou em direção a área. Deu um lindo corte no zagueiro que tentou tirar a bola de seu domínio com um carrinho e chutou forte de esquerda. A bola explodiu na trave e voltou limpa para seus pés. Foi então que o argentino rolou a bola pro meio da área e esta encontrou o lateral brasileiro Marcelo livre, que finalizou, fez o gol e deu esperança ao Real Madrid.

Porém, a esperança durou só até o jogo recomeçar. Voltando à seriedade, o Barcelona passou a tocar a bola objetivamente, buscando novamente o gol. Dentre entradas violentas que deu e principalmente sofreu, foi levando o jogo assim até o apito final.

Classificação para a final e celebração no Camp Nou. Nos vemos em Wembley!

Conceitos

Valdés – REGULAR: Nas duas vezes que ficou frente a frente com o finalizador, levou gols. Um, por sorte, não valeu.
Dani Alves – BOM: Bastante ativo no ataque, diferente da última semana.
Puyol – BOM: Seguro e sério.
(Abidal) – SEM CONCEITO: Pouco tempo em campo.
Piqué – BOM: Destruiu diversos ataques do Real com lealdade.
Mascherano – REGULAR: Usou muita violência na marcação. Simulou uma falta no gol anulado do Real Madrid. Bom pra sua equipe. Péssimo pro futebol.
Busquets – BOM: Foi mais jogador e menos ator. Marcou muito bem.
Xavi – BOM: Um dos regentes do time. Errou o passe no gol de empate do Real, mas de resto foi bem.
Iniesta – ÓTIMO: Deu uma linda assistência pro gol de Pedro.
Pedro – ÓTIMO: Jogou simples, sem gracinhas e simulações. Fez um bonito gol.
(Afellay) – SEM CONCEITO: Pouco tempo em campo.
Messi – ÓTIMO: Como sempre infernizou os defensores adversários. Apanhou muito também. Nunca desiste das jogadas. Incansável. Um exemplo de atleta.
Villa – BOM: Finalizou melhor que o último jogo. Apesar de não ter feito o seu, ajudou na criação de situações de gol.
(Keita) – BOM: Entrou pra ajudar no toque de bola, pra fazer o tempo passar. Foi o que ele fez.
Tec. Guardiola – ÓTIMO: Manteve a postura ofensiva e criativa do time, mesmo depois de praticamente ter selado a passagem de fase. Em bonito gesto, promoveu a reestreia de Abidal, que voltou aos campos após ter passado por uma delicada cirurgia.

Visão madrilenha > Poderia ter sido diferente
Por Rogério de Sá - alviroger@hotmail.com

Mesmo jogando nos domínios do Barcelona, o Real Madrid precisava a qualquer custo conseguir o resultado. Mas diferente do que se esperava, mesmo com um time mais ofensivo, a equipe de Madri fez um primeiro tempo pífio, e não conseguiu dar um chute na meta defendida por Victor Valdés. Os principais jogadores pouco fizeram. Cristiano Ronaldo mal conseguia encostar na bola, e Kaká pouco se apresentou.

Sabendo que era tudo ou nada, os comandados de José Mourinho, que estava suspenso nessa partida , foram com tudo para cima, e marcaram logo no começo. O Cristiano Ronaldo em raro momento de aparição na partida, driblou o marcador e foi derrubado, mesmo assim a bola sobrou para o Higuain que abriu o marcador.

Seria festa em Madri, se o juiz não enxergasse uma falta que não existiu, pois, após a queda do português devido à falta, ele se chocou com Mascherano. O gol não marcado destabilizou a equipe, que acabou levando gol do Barcelona, o Real ainda conseguiu o empate com o brasileiro Marcelo, mas devido ao bom toque de bola da equipe adversária, não conseguiu sair do empate.

Agora resta terminar a temporada de maneira honrosa, pois já não tem chances no campeonato espanhol.

Para entender a desclassificação do Real Madrid na Uefa Champions League, basta enumerar alguns fatos:
1- A genialidade de Messi, que destruiu o Real no jogo de ida
2- A covardia de José Mourinho, ao jogar como time pequeno em sua própria casa.
3- A omissão de Cristiano Ronaldo, nas duas partidas.
4- A expulsão duvidosa de Pepe no primeiro jogo.
5- O erro de arbitragem, ao anular um gol legítimo da equipe madrilena quando o segundo jogo ainda estava 0 x 0

Conceitos

Casillas – BOM: Não teve culpa no gol do Barcelona, e fez boas intervenções.
Arbeloa – REGULAR: Bom defensivamente, inoperante ofensivamente.
Ricardo Carvalho – REGULAR: Já não apresenta mais um vigor físico de antigamente, chegou atrasado na maioria dos lances.
Albiol – BOM: Vem se firmando na equipe, não comprometeu.
Marcelo - BOM: Demonstrou a garra de sempre, e foi coroado com um gol.
Xabi Alonso – REGULAR: Nervoso em campo, não mudou muita coisa no meio campo.
Lass Diarra – BOM: Apesar do excesso de faltas cometidas, deu uma maior estabilidade defensiva.
Kaká – REGULAR: Não chamou a responsabilidade para si.
(Özil) – REGULAR: Entrou no lugar do Kaká, mas não fez nada diferente.
Dí Maria – BOM: Melhorou no segundo tempo, fez a jogada do gol madrileno.
Cristiano Ronaldo – PÉSSIMO: Mais um jogo que o português se mostra omisso.
Higuaín – BOM: Fez um gol mal anulado e não pode fazer muito mais que isso, a bola chegou pouco aos seus pés.
(Adebayor) – PÉSSIMO: Entrou pilhado demais na partida, merecia ter sido expulso.
José Mourinho – PÉSSIMO: Não estava em campo devido à suspensão, mas tem uma grande parcela de culpa pela eliminação ao escalar mal a equipe no primeiro jogo.

Fotos: EFE e Reuters

========================

Direto da Redação

redacao_esporte@hotmail.com

@
redacaoesporte

Nenhum comentário:

Postar um comentário