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sábado, 28 de maio de 2011

Comentário da Redação > Barcelona 3 x 1 Manchester United - Barça tetracampeão europeu

Visão catalã > O segundo maior time da História do futebol
 por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

Tetracampeonato histórico do Barcelona. Confesso que tenho pouco para falar do jogo de hoje em que o Barcelona apenas ratificou a condição de melhor time do planeta na atualidade. Derrotar o poderoso Manchester United como se vencesse o Almería, no templo sagrado de Wembley, valendo título da Uefa Champions League, não foi nenhum surpresa. A facilidade até foi meio chocante, mas longe de ser surpresa.

O Manchester contribuiu para isso, pois acredito que Ferguson escalou e mexeu mal na equipe. Mas fica difícil dizer que ele poderia ter feito algo para mudar a sorte da partida. Diante de um time que tem Messi, Xavi e Iniesta. Dani Alves, Villa, Pedro, Busquets... entre outros grandes jogadores.

Time que chega a trocar quase mil passes por partida. Que finaliza com perigo mais de 10 vezes por jogo.

Time que, repito, tem Messi. Sim, aquele que aos 23 anos já ganhou quase tudo, que já é o terceiro maior artilheiro da história do Barcelona e que faz gols sempre em jogos decisivos - e ainda há quem ache o argentino pipoqueiro. Dá pra entender??? O que eu entendo é quem já o compara a Maradona.

Resumindo o jogo de hoje: uma aula de futebol. De futebol arte, artigo raro, mas muito abundante pelos lados da Cataluña. O Manchester apenas pôde assistir e tem de sair de Londres orgulhoso por ainda ter feito um gol.

Barcelona 2009-2011: três ligas espanholas, duas Champions League, um Mundial de Clubes e uma Copa do Mundo (jogando com a camisa da Espanha). O segundo maior time da história do futebol quando o assunto é clubes. E o Santos de Pelé não está muito longe de ser superado, me desculpem os mais saudosistas.

Conceitos

Valdes - BOM: Não precisou trabalhar muito. O Barcelona não deixa o adversário jogar.
Dani Alves - ÓTIMO: Criou grandes problemas para o Manchester. Como parar um lateral que ataca com a mesma qualidade de um meia ou atacante?
(Puyol) - SEM CONCEITO: Entrou no fim, mas merece nota por ter passado a faixa de capitão ao Abidal, que levantou a taça meses depois de se recuperar de um câncer.
Mascherano - BOM: Calou o mundo inteiro e provou que é bom também jogando como zagueiro.
Pique - BOM: Se o problema de Mascherano é altura, Pique compensou isso fácil, e com muita qualidade.
Abidal - BOM: Noventa minutos em campeão após tantos problemas que passou. Um guerreiro!
Busquets - BOM: O único volante de verdade do Barcelona também sabe jogar muita bola.
Iniesta - BOM: Nem precisou brilhar tanto para mostrar sua importância tática e técnica na conquista.
Xavi - ÓTIMO: Um dos craques do jogo. Cada passe que dá faz o verdadeiro apaixonado pelo futebol se deliciar. E são muitos passes. Diria que ele é um dos grandes responsáveis por operacionalizar o trabalho de divisões de base do Barcelona no time principal.
Villa - BOM: Não fez ainda tudo o que pode fazer, mas mostrou que é goleador. E de decisão. Golaço em Wembley!
(Keita) - SEM CONEITO: Jogou pouco.
Pedro - BOM: Pode não ser um craque como Messi, Xavi ou Iniesta, mas tem estrela de sobra. Sempre faz gols em jogos importantes.
(Affelay) - SEM CONCEITO: Entrou no fim.
Messi - ÓTIMO: Esse é gênio, fora de qualquer discussão. Se alguém ainda tinha dúvidas da capacidade do argentino decidir um jogo, taí! Craque da final, da Champions e do mundo.
Tec: Pep Guardiola - ÓTIMO: Escalação ousada de um treinador que sabe que não precisa se preocupar com o adversário. Pelo contrário. Dez títulos em 3 anos. Nada mal.

Visão red devil > Manchester perdeu o jogo no meio-campo
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

Neste sábado, dia 28 de maio de 2011, o Barcelona e o genial Messi marcaram história novamente. Com atuação fantástica, a equipe de Pep Guardiola (re)confirmou o que todos os amantes do futebol dizem há algum tempo: o Barça é, disparado, o melhor time do planeta.

Mesmo com a reconhecida condição de melhor equipe do mundo, muita gente acreditava que o Manchester United poderia parar os espanhóis. E não por acaso. Além de também ter uma grande equipe, a tradição e a camisa da equipe inglesa, que chegou na terceira final das últimas quatro edições da Champions League, dispensam quaisquer comentários. Ainda tinha o fato de jogar no seu país...

No entanto, quando a bola rolou, ficou muito claro que o Barça era mesmo bem superior. Tanto coletiva como individualmente. Na verdade, o começo de jogo foi mais do United, mas depois, quando Xavi, Iniesta e cia. colocaram a bola no chão, não restou dúvida de quem mandaria no jogo. A posse de bola dos catalães, para variar, foi de quase 70%.

Dito isso, é hora de analisar o outro lado da coisa... Até porque, todo mundo sabe que é muito difícil marcar e conseguir parar esse histórico time espanhol. Mas não há dúvidas de que os Red Devils não dificultaram em nada a vida do adversário. O espaço dado pelos meio-campistas centrais ingleses a Xavi, Iniesta e Messi foi uma coisa inexplicável. A marcação foi uma peneira, e a excelente dupla de zaga Ferdinand e Vidic ficou em situação complicada.

Se formos olhar as atuações individuais, não tinha como ser diferente. O "primeiro volante" (não é exatamente esse o termo, já que o time joga numa linha de quatro) Carrick não conseguiu marcar ninguém; o veterano Ryan Giggs, sem pique, muito menos; Valência, pela direita, fez uma partida terrível; o sul-coreano Park não fica muito atrás... só correu.

Mesmo acontecendo isso desde o primeiro tempo, o Manchester conseguiu ir para o intervalo com um empate (1 a 1), após belo gol de Rooney - irregular, diga-se de passagem. Esperava-se, então, que o técnico Alex Ferguson tentaria acertar a marcação com a entrada de Fletcher ou até Anderson. Mas não aconteceu, e o sistema defensivo inglês voltou pior ainda. E nem mesmo durante a etapa final houve mudanças para corrigir a marcação. Assim, o duelo não poderia ter tido outro final.

Em suma, ainda que Ferguson tivesse enxergado bem o jogo e mexido corretamente no momento certo, o Barcelona tinha tudo para conquistar a taça do mesmo jeito por ser melhor. Mas não dá para ignorar a omissão do treinador escocês e os erros de sua equipe.

Conceitos

Van der Sar - REGULAR: Não acho que o camisa 1 falhou no gol do Messi. Mas, digamos que se ele estivesse em uma de suas melhores noites, poderia ter pegado o chute do argentino.
Fabio - REGULAR: Figura apagada. E não foi muito exigido na defesa, já que o Barça ataca mais pelo outro lado.
(Nani) - REGULAR: Não fez nada demais, mas o suficiente para mostrar que poderia ter feito muito mais que o Valência.
Vidic - BOM: Até dá para dizer que o camisa 15 poderia ter ido melhor no lance do gol do Pedro, porém, não vejo como falha. De resto, foi seguro e firme. É um dos melhores zagueiros do mundo.
Ferdinand - REGULAR: Não estava tão confiante quanto seu companheiro, mas não comprometeu.
Evra - PÉSSIMO: Não conseguiu encontrar o Daniel Alves e não deu trabalho ao lateral brasileiro.
Carrick - PÉSSIMO: Marcou mal e deixou a desejar na saída de bola também.
(Scholes) - SEM CONCEITO: Jogou pouco mais de dez minutos, quando o resultado já estava muito encaminhado. Não dá para analisar.
Giggs - PÉSSIMO: Nem a assistência salva a atuação de Giggs. Jogou na posição errada, e se arrastou em campo.
Park - PÉSSIMO: Só correu. Estava de mal com a bola.
Valencia - PÉSSIMO: Uma catástrofe. Só soube fazer faltas (infantis, por sinal).
Rooney - BOM: Muito guerreiro, teve que se redobrar para criar jogadas e aparecer para defini-las. Fez um belo gol.
Chicharito - REGULAR: Quando a bola chegou, fez o básico. Não recebeu nenhuma em condição de finalizar.
Téc: Alex Ferguson - PÉSSIMO: Escalou o time errado, na minha opinião. Faltou mais proteção à zaga; Nani e Anderson são mais jogadores que Valencia e Park, e mesmo que não fossem titulares, deveriam ter entrado no intervalo, pelo menos; e Giggs não deveria ter jogado na posição que jogou hoje... o adversário exigia um jogador com gás na função. Além disso, demorou demais para mexer no time e não foi feliz quando o fez.

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