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quarta-feira, 29 de junho de 2011

En la Cancha > A fórmula que rebaixou o River

O mundo do futebol assistiu atônito ao rebaixamento do River Plate no Campeonato Argentino. Los Millonarios tiveram todas as chances do mundo para se safar, porém, não tiveram competência. O jogo final contra o Belgrano foi a situação mais adversa pela qual o time mais vezes campeão da Argentina passou.

Isso porque, como todos devem estar cansados de saber, o futebol argentino tem um regulamento que beneficia ao extremo os grandes clubes do país. Para os que ainda não sabem, é a média dos últimos 3 anos que decide quais equipes jogarão a Nacional B na temporada seguinte. São seis campeonatos diferentes, se considerarmos que se jogam Apertura e Clausura anualmente.

Entretanto, se formos levar ao pé da letra, o River Plate acabou sendo prejudicado pelo regulamento criado nos 1980, justamente após um rebaixamento do primeiro grande, o San Lorenzo. Logo no primeiro torneio que definia rebaixamento pela média, o Racing Club também caiu.

A tal injustiça se deve a uma questão muito simples. Se o Campeonato Argentina fosse disputado como no Brasil, por turno e returno e o rebaixamento definido pela número total de pontos no mesmo torneio, o River jamais teria ficado sequer na zona de promoción. O que complicou o River foi que os times de piores médias foram rebaixados nos últimos anos, e alguns times que vieram da B em 2010 foram muito bem en la Primeira.

O mais importante de tudo isso não é defender as diretorias nem os jogadores que defenderam o River Plate nos últimos anos - aliás, deu dó de ver um time tão tradicional ter no elenco atletas tão inexpressivos para reverter um placar diante de um time pequeno -, mas sim mostrar que o tiro dos dirigentes argentinos pode sair pela culatra.

Boca e Independiente, os únicos grandes que seguem sem nunca sentir o gosto da B, também não fazem grandes campeonatos nos últimos anos e não será absurdo se passarem pelo mesmo drama em breve. Não duvido que essa fórmula volte a ser discutida por lá. Já existe um papo de transformar o torneio em algo único, sem mais a divisão de Apertura e Clausura (algo que já aconteceu um dia).

Para o River, resta fazer uma reformulação de elenco, diretoria e comissão técnica (Matías Almeyda já foi anunciado como novo técnico) e lutar contra os duros adversários da Segundona. Não adianta nadar no lago da vergonha eternamente.

Reproduzo aqui uma frase muito legal que li no blog Impedimento, sobre o sentimento do torcedor do River (para você que não entende o que faz uma pessoa, às vezes, tentar destruir TUDO por causa do clube de coração). “Y habrá quien diga que es solo un juego. Pero aquí no se vive solamente un partido de fútbol. Porque aquí te arrancan un pedacito – del alma; del corazón.”

Los bravos Carboneros


Destaquei aqui no blog o lindo tricampeonato santista na Copa Libertadores, mas faltou falar um pouco mais do Peñarol, que voltou a uma decisão do torneio após 24 anos. Quem assistiu aos jogos finais contra o Santos e os outros jogos dos Carboneros durante a Liberta sabe que o time é muito fraco e chegou onde chegou muito mais na base da raça do que na técnica e a torcida uruguaia ajudou muito.

Mas é muito bom ver um gigante se reerguendo e eu já noto uma melhor participação dos times uruguaios na Libertadores há algum tempo. Torço para que continuem assim.

Copa América


Está chegando a hora de mais uma Copa América e essa é muito especial para a Argentina, que joga em casa e tenta acabar com um jejum de 18 anos sem títulos importantes. O último foi justamente numa Copa América, em 1993.

Sin embargo, não vejo um grande favorito entre Brasil e Argentina. São times muito parecidos. A vantagem dos hermanos é que a base dos últimos anos está mantida. Já o time do Mano tem Neymar e Ganso, o que pode fazer toda a diferença (mesmo que do outro lado esteja Lionel Messi).

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* A coluna En la Cancha fala sobre os principais assuntos do futebol sul-americano.

Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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