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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Clinch > Provocação gera ...?

Qual a melhor forma de completar essa frase?

Na vida em geral, provocar gera revide. Este pode ser em forma de outra provocação, violência, vingança, etc. No esporte essas atitudes são rotineiras. Principalmente nas lutas, provocar é uma maneira de “promover” um evento.

O boxe já teve grandes exemplos de provocadores. Muhammad Ali, por exemplo, exagerava nas palavras agressivas sobre Joe Frazier. Já Mike Tyson chegou a arrancar um pedaço da orelha de Evander Holyfield em cima do ringue. Bom, esses são ícones do esporte, grandes campeões, que não perdiam a oportunidade de se alfinetarem.

Mas o que aconteceu na última semana passou dos limites.

Em duelo que valia o cinturão de campeão mundial dos pesos pesados pelo Conselho Mundial de Boxe, um quase desconhecido Dereck Chisora, que perdeu duas das últimas três lutas, teve a oportunidade de desafiar o grande campeão Vitali Klitschko.

Nascido no Zimbábue e naturalizado britânico, Chisora transcendeu tudo o que já foi visto. Na pesagem oficial, face a face com o campeão, durante aquela encarada tradicional dos lutadores, o desafiante aplicou um tapa de mão aberta no rosto do gigante ucraniano (foto acima). Aquela atitude foi além de qualquer provocação. É inaceitável para qualquer homem receber um tapa de outro homem. Mas como fazer aquilo diante de milhões de câmeras, atingindo o campeão mundial dos pesados?

Apesar da irritação, a turma do “deixa disso” conseguiu acalmar os ânimos do gigante, que preferiu dar a resposta em cima do ringue. Por essa atitude, o atleta naturalizado britânico foi multado.

Acreditem se quiser, não parou por aí! No ringue, antes da luta e das apresentações, Chisora encheu a boca de água e cuspiu em Wladimir Klitschko, irmão mais novo do campeão e também lutador.

Apesar de todas as tentativas de desestabilizar o adversário, o resultado final foi o esperado. Vitória do ucraniano, por decisão unânime dos árbitros. Com 40 anos de idade, ele tem 46 lutas, 44 vitórias, sendo 40 por delas por nocaute. Sua última derrota foi em 2003.

O evento terminou, e as provocações não era mais necessárias. Mas Chisora queria confusão, e na coletiva de imprensa soltou o verbo nos irmãos Klitschko, e literalmente “saiu na porrada” com David Haye, seu agora conterrâneo e ex-lutador que agora é comentarista. Por conta dessa última atitude, Chisora perdeu seu voo e foi preso para esclarecimentos junto à polícia.

Um esporte que por si só já é violento, e que prega pela educação dos atletas para transformá-lo em algo saudável, não precisa de lutadores como Dereck Chisora. Quem pratica qualquer arte marcial, deve fazer uso disso apenas pelo esporte e saúde. Isso é um mau exemplo, e ajuda a criar uma má impressão sobre as lutas. O preconceito contra lutadores é cotidiano, e atitudes como essa só ajudam a difamar o esporte.

Para promover uma luta que vale o cinturão, não é necessário desrespeitar seu adversário. Tenho a mesma opinião para outras modalidades como o MMA, e falastrões como Chael Sonnen. Suas tiradas podem soar engraçadas aos ouvidos de alguns, e gerar mídia, mas também geram o receio de vir ao Brasil e ser agredido ou sofrer com algum tipo de violência.

Enfim, provocação não é necessário para disseminar o esporte ou um determinado evento. Quem luta, não briga!

UFC retorna ao Japão após 12 anos

Neste sábado, será realizado em Saitama o UFC 144. O palco do evento é histórico e abrigou diversas edições do extinto Pride. O evento terá vários ícones que brilharam naquela categoria, mas não teremos brasileiros no octógono mais famoso do mundo.

Dentre as estrelas que lutaram no evento japonês, Quinton Rampage Jackson é um dos que é adorado pelos asiáticos. Ele fará o co-main event da edição contra Ryan Bader, vencedor da 8ª edição do TUF (The Ultimate Fighter).

A luta principal do UFC 144 será a disputa de cinturão dos pesos leves. O atual campeão Frankie Edgar (foto), considerado um dos melhores lutadores peso por peso do mundo, enfrentará Ben “Smooth” Henderson. Apesar de vir de grandes apresentações, Smooth terá uma grande pedra no caminho.

Frankie tem um queixo duro, e muito coração. Ele demonstrou isso nos dois combates contra Gray Maynard (1 empate e 1 vitória do campeão).Acredito que o cinturão continue nas mãos de Edgar.

Veja o card completo:

Card Principal
•    Frankie Edgar x Ben Henderson
•    Quinton Jackson x Ryan Bader
•    Mark Hunt x Cheick Kongo
•    Yoshihiro Akiyama x Jake Shields
•    Yushin Okami x Tim Boetsch
•    Hatsu Hioki x Bart Palaszewski
•    Anthony Pettis x Joe Lauzon

Card Preliminar
•    Takanori Gomi x Eiji Mitsuoka
•    Norifumi Yamamoto x Vaughan Lee
•    Riki Fukuda x Steve Cantwell
•    Takeya Mizugaki x Chris Cariaso
•    Tiequan Zhang x Issei Tamura


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* A coluna Clinch traz a análise dos principais eventos de artes marciais do planeta.

Redator: Fernando Pilat
Siga-me: @fernandopilat

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