É sempre uma honra assistir um clássico como o da última quarta-feira, afinal são dois times com excelentes jogadores e bons técnicos. O Internacional bastante acostumado com jogos da Libertadores e o Santos que tem se destacado, e muito, nos últimos tempos. E com tamanha experiência e responsabilidade a partida não poderia ser ruim, pelo contrário, foi (literalmente) um show de bola.
Enfim, “rasgações” à parte, vamos às impressões que tive do jogo. É bom lembrar que as informações técnicas e profissionais são comentadas pelos colegas da equipe do blog - inclusive, você pode ler clicando aqui. Vou me ater ao que nós, mulheres, enxergamos nessas importantes partidas.
Pra começar que campo era aquele, todo cheio de remendos? Poxa para esse clássico tinha que ser um belo e atapetado gramado, porém, isso não dificultou os jogadores. As duas equipes, extremamente velozes, não mostraram grandes preocupações com as falhas do gramado.
Eu me perguntava qual o sentido das equipes entrarem em campo segurando a mão de crianças, a imagem é fraternal, mas meio sem sentido, principalmente quando há violência, xingamentos e outras ações desrespeitosas, mas não foi o caso deste jogo. E foi numa cobrança de falta que entendi a infantilidade de alguns atos, onde os grandalhões tornam-se menininhos birrentos e chorões. Na cena em questão os gurizinhos do Internacional esperneavam para que o árbitro observasse que a equipe do Santos não estava respeitando a marca pichada no campo, de contrapartida, os garotinhos do Santos fingiam que não tinham notado a marca, igual crianças na época dos primeiros anos escolares. E não é que a “caguetagem” dos amiguinhos da equipe contra, deu certo?. O Nei, do Internacional, cobrou a falta e goleou o time do Santos.
As manhas dos jogadores são observadas em várias cenas, o Neymar é o rei deles, primeiro pelo cabelo, parece que a juquinha não foi cortada nunca. Segundo porque escolheu uma cor um tanto esquisita para sua chuteira: Rosa Choque. E quando ele cai? Parece um chorão, mas basta o jogador que o derrubou levar um cartão de advertência que ele para de birra e muda logo o semblante, o que antes era dor, logo vira satisfação. Críticas de lado, o meninão joga muito e talvez seja por isso que os jogadores do time adversário vivem esbarrando nele.
Os técnicos também parecem pais. Se os pupilos jogam bem, eles enchem o peito e revelam que seus filhotes aprenderam a lição, do contrário, se entristecem e prometem que melhorarão suas crias, porém, os paizões nunca criticam ou falam um único nome, sempre reclamam no coletivo.
Ah sim, não posso deixar de lembrar as danças pós-gol. São um mix de dança da chuva, da Xuxa e da Cuca. Cada jogador tem um passinho engraçado e na maioria infantil, penso que se um homem dançar igual em plena Avenida Paulista será chamado de louco, mas no campo vale tudo.
Voltando ao jogo, o primeiro tempo foi do Internacional, mas no segundo o time da baixada santista se destacou e o jogo foi empatado com o gol de Alan Kardec. Vale lembrar que se não fosse o goleiro Muriel, do Inter, o rei da noite seria o menino Neymar, que deu vários chute a gol. Fiquei imaginando qual seria a dancinha dele se balançasse a rede... talvez uma "ciranda cirandinha"?
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* Esqueça esquemas táticos, jogadas ensaiadas e análises de impedimento.
A coluna Futebol de Salto Alto é a visão feminina e divertida do
esporte que é a paixão nacional
Redatora: Tatiana Andrade
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