
Não foi um jogo de lances plasticamente bonitos, mas um verdadeiro espetáculo de entrega dos 26 jogadores que entraram em campo. Foi realmente um típico confronto de Libertadores, disputado palmo a palmo. Partida assim, truncada, é decidida nos detalhes. Ou até mesmo na sorte. E se depender disso, o atual campeão brasileiro parece estar predestinado a finalmente conquistar a América.
Se conseguir o feito inédito, o lance ocorrido aos 17 minutos do segundo tempo será definido como um dos mais emblemáticos na campanha do título alvinegro. Sozinho na linha que divide o gramado, Alessandro tentou lançamento e chutou a bola em cima de Diego Souza, que correu livre em direção ao gol. O Pacaembu em silêncio via o sonho do título mais uma vez indo embora. Mas Cássio esperou o momento certo e conseguiu um leve tapa milagroso na bola, que saiu pela linha de fundo, ao lado da trave esquerda.
No lance seguinte, no escanteio, a sorte esteve mais uma vez ao lado do Timão, quando a bola foi no travessão em cabeçada de Nílton. Quando a disputa por pênaltis parecia inevitável pelo incrível gol perdido pelos cariocas, brilhou a estrela do monstro Paulinho. O decisivo volante apareceu na área e testou para o gol, faltando três minutos para terminar o tempo regulamentar. Explosão do Bando de Loucos no Pacaembu e em todo o Brasil!
Nos acréscimos, Rômulo teve e chance do empate, também de cabeça, já com o Cássio batido, e mandou pra fora. É, além de ser o único invicto da atual edição e ter a melhor defesa da história da Libertadores, a sorte parece mesmo estar do lado do Corinthians. Que venha a semifinal!
Conceitos
Cássio - BOM: Não esteve tão seguro como nos jogos anteriores, porém foi decisivo. Fez aquela que pode ser uma das defesas mais importantes da história do clube.
Alessandro - PÉSSIMO: Parecia um juvenil em campo. Raçudo, mas muito inseguro. Se o Diego Souza tivesse feito o gol, seria difícil o camisa 2 voltar a entrar em campo pelo Corinthians.
Chicão - BOM: Bem posicionado e seguro.
Leandro Castán - ÓTIMO: Outra grande partida do zagueiraço.
Fábio Santos - REGULAR: Não apareceu na frente, mas marcou corretamente.
Ralf - BOM: Guerreiro, marcou e jogou quando teve a bola nos pés.
Paulinho - ÓTIMO: Monstro! Inteligente e raçudo, é o principal armador do time. Cabeceou e obrigou o Prass a fazer grande defesa e depois foi herói da histórica classificação corintiana.
Danilo - REGULAR: Discreto, mas teve sua importância.
Alex - REGULAR: Viveu de lampejos. Ainda não joga tudo que se espera dele, mas pode ser decisivo.
Jorge Henrique - REGULAR: Preencheu bem os espaços e fez boa marcação. Ofensivamente, nulo. E muito nervosinho! Deveria ter saído no intervalo.
(Willian) - BOM: Mostrou que seria bem mais perigoso que o Jorge Henrique.
Emerson Sheik - REGULAR: Não fez um grande jogo, mas quase decidiu com dois chutes, um deles na trave.
(Liedson) - REGULAR: Pouco apareceu.
Téc: Tite - REGULAR: Chegou à semifinal da Copa Libertadores, igualando a maior campanha do clube no torneio. Está há quatro jogos de se tornar um dos maiores técnicos da história do Timão. No jogo, errou ao não tirar o Jorge Henrique, que já tinha cartão e estava pilhado, logo no intervalo.
Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário