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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Comentário da Redação > 1º jogo da final da Libertadores 2012: Boca 1x1 Corinthians

Visão corintiana > Predestinação
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

Não consigo pensar em palavra melhor que define o Corinthians nesta Copa Libertadores do que PREDESTINAÇÃO. Se em outras edições muitas vezes as coisas conspiravam contra o clube do Parque São Jorge, parece que a maré virou em 2012.

Gol do Ralf no último minuto na estreia, o corte do Chicão cima da linha contra o Cruz Azul, no México, a bola na trave nos acréscimos na vitória no Pacaembu contra os mesmos mexicanos, gol incrível perdido por Diego Souza nas quartas de final, gols marcados na hora certa em cima do Santos nos dois jogos e bola do Fábio Santos tirada sem goleiro em chute de Elano, na Vila. Isso e vários outros fatores mostram que, finalmente, as coisas estão conspirando muito a favor.

Além de muito "me-re-ci-men-to", como diria o técnico Tite. A sorte premia os competentes. E foi assim no primeiro jogo da grande final, na mítica La Bombonera. O futebol corintiano foi aquele já conhecido: um time muito solidário, raçudo, maduro, compacto, e com uma defesa fortíssima.

Com esse estilo de jogo bem definido, a equipe alvinegra conseguiu controlar muito bem o jogo, deixando os argentinos irritados. Faltou apenas mais poder ofensivo. Havia espaço, dava a impressão que a qualquer contra-ataque um gol poderia sair, mas o quarteto da frente não estava conseguindo se entender. Mais uma vez, Paulinho foi o principal jogador do meio pra frente.

Sem Jorge Henrique, que saiu machucado para a entrada de Liedson ainda na etapa inicial, o Timão voltou para o segundo tempo sem a organização habitual. A linha dos três meias, bem à frente dos dois volantes, deixava um espaço para o Boca trabalhar a bola. Com isso, os donos da casa cresceram na partida. Mas não era uma grande pressão, até porque essa não é a característica deles. Até que aos 27, em lance de bola parada, a bola sobrou para Roncaglia empurrar para a rede.

Até no gol do adversário deu para observar a sorte do lado corintiano. No lance, Chicão cortou com a mão, o que faria o zagueiro ser expulso e ainda com pênalti para o Boca. Mas a bola sobrou rapidamente para o lateral boquense marcar. Como não poderia ser diferente, a torcida se inflamou e o Boca partiu para tentar uma pressão em busca do segundo.

Aí veio a tal predestinação. Autor dos dois gols da vitória em cima do arquirrival Palmeiras, no domingo, Romarinho deu seu primeiro toque na bola na Libertadores. E foi para o gol. Em ótimo passe de Emerson, o predestinado garoto saiu de cara para o goleiro e deu um leve tapa na bola por cima. A Bombonera virou alvinegra!

E para ficar mais Corinthians e dar mais jus a tal predestinação, Viatri mandou na trave e Cvitanich para fora na sequencia, nos acréscimos. Óbvio que nada está ganho, será uma guerra no Pacaembu, o Boca é sempre muito forte fora de casa. Mas parece que a hora da Fiel lavar a alma, assim como na quebra do jejum de títulos em 77, está chegando. Faltam 90 minutos para a "libertação"!!!

Conceitos

Cássio - BOM: Passou segurança. Só pecou nos tiros de meta, mais uma vez.
Alessandro - BOM: Cresceu nesses três últimos jogos decisivos. Nada de brilhante, mas não compromete.
Chicão - BOM: Errou no posicionamento no lance do gol, mas não apaga a atuação muito boa que teve.
Leandro Castán - ÓTIMO: Monstro! Melhor zagueiro do torneio. Ainda tem gente (não corintianos) que não reconhece o baita jogador que o camisa 4 é.
Fábio Santos - BOM: Imaginava que o lateral poderia tremer no mata-mata. Me enganei. Pode não ser um jogador brilhante, mas repito: evoluiu bastante depois que chegou. Mostrou personalidade, não tremeu.
Ralf - RUIM: Parecia nervoso e estava perdidinho. Perdeu bolas que não costuma perder. Sua presença por si só já é importante, mas teve uma (rara) atuação ruim.
Paulinho - ÓTIMO: Outro monstro! Tomou conta do meio-campo, pra variar. No lance do gol, desarme no Riquelme, e passe para Sheik criar a jogada do gol.
Alex - REGULAR: Alguns lampejos e só.
Danilo - PÉSSIMO: Desatento, não conseguiu fazer nada. Perdeu bolas que poderiam ter comprometido.
(Romarinho) - ÓTIMO: O que falar de um garoto que em seu primeiro toque na bola na Copa Libertadores encobriu o goleiro e marcou o gol de empate numa final diante do Boca, na Bombonera, aos 40 minutos do segundo tempo? Predestinado!
Jorge Henrique - REGULAR: Nos 38 minutos que ficou em campo, marcou bem, e pouco apareceu com a bola nos pés.
(Liedson) - RUIM: Por mais que eu às vezes tenha esperança de vê-lo jogando bem novamente, parece que já deu para Levezinho...
Emerson Sheik - BOM: Correu demais o tempo inteiro e deixou o Romarinho na cara do gol para trazer o empate para a decisão, no Pacaembu.
Téc: Tite - ÓTIMO: Mexeu corretamente, independente do que teria acontecido depois. Mas como houve o tal merecimento, brilhou a estrela do jogador que o treinador mandou à campo. É outro que parece predestinado a dar a volta por cima no melhor estilo possível depois daquela eliminação para o Tolima.


Visão xeneize > Nada está perdido para o Boca Juniors
por Renan Sant'Anna - sca_renan@hotmail.com

Um resultado ruim para o Boca aconteceu nesta quarta. Mas ruim pela circunstância, não pelo empate em si, já que não é válida mais a regra do gol fora de casa como desempate (aliás, um absurdo da Conmebol excluir na final a regra que vale a competição toda, mas enfim...). O time do Boca é frio, não sente a pressão de jogar fora de casa, e penso eu, que até joga melhor fora da Bombonera, tanto que está invicto longe de seus domínios.

O primeiro tempo truncado, sem muitas chances pros dois lados, era o previsto para esse jogo. No segundo, o time de Falcioni cresceu e dominou as ações do jogo e abriu, merecidamente o placar com Facundo Roncaglia, um bom lateral. A partir daí, o Corinthians tentou mais, apesar do Boca continuar melhor na partida. Eis que acharam um gol com Romarinho, teve estrela e frieza o garoto, é verdade, e como futebol é bola na rede e não merecimento, 1 a 1. Um baque pros homens de Falcioni que ainda tiveram uma oportunidade e não converteram.

Tudo segue indefinido, quem conhece a história do clube azul e ouro, sabe que não foram poucas ás vezes que, depois de um resultado ruim em casa, jogaram de visitante e levantaram a taça. E pra quem for falar que apenas camisa não ganha jogo e o passado não quer dizer nada, eu respondo que concordo, então basta olhar a campanha desta Libertadores, onde os argentinos vieram duas vezes ao Engenhão, vencendo uma, empatando a outra e também empatar com a temida La U, tendo grandes chances de vencer a partida.

Agora uma nota lamentável que não posso deixar sem comentar: ridículo o que fizeram os torcedores do Corinthians ao jogar um sinalizador dentro de campo, por não jogar em casa. A diretoria do clube é cheia de criticar a Libertadores, reclamando das torcidas adversárias e chamando a competição de várzea e não olham para o próprio nariz. Esse ocorrido, aliás, pode acabar gerando consequências na próxima partida em uma resposta da, também nada amistosa, barra-brava argentina.

E também, gostaria de destacar o que faz essa torcida do Boca é sensacional, simplesmente espetacular a festa, não param de cantar um segundo e o farão aqui de novo, mesmo em menor número e independente do resultado da partida.

Na próxima partida, teremos uma invasão Xeneize, sem dúvida alguma, apesar de pouco mais de 2 mil ingressos, mais argentinos estarão no Brasil tentando ver a briga pelo sétimo título sulamericano de seu clube amado e que, apesar do baque, sabem que têm um time forte e com camisa pra vir aqui e silenciar mais uma vez o território brasileiro.

Conceitos

Orión - REGULAR: Foi pouco exigido. Bem no chute de Paulinho, mas poderia ter pelo menos esperado o Romarinho definir o lance, antes de se atirar.
Roncaglia - BOM: Bem na defesa, além de marcar o gol da equipe. Não é um lateral de subir muito ao ataque, então seu apoio aparece discretamente.
Schiavi - BOM: Foi bem nos desarmes, não comprometeu.
Caruzzo - REGULAR: Zagueiro fraco, a torcida Xeneize temia a presença dele no lugar do titular Insaurralde.
Clemente Rodríguez - RUIM: Pouco eficiente no apoio e deixava muito espaço em suas costas.
Somoza - REGULAR: Relativamente bem na marcação e pouco relevante ofensivamente, o que é normal pra ele.
Ledesma - RUIM: Esperava mais, jogador experiente e campeão em 2007, apareceu pouco no ataque pra ajudar os homens de frente, o que costuma ser seu diferencial.
(Rivero) - REGULAR: Entrou no lugar de Ledesma, mas sem muito destaque.
Erviti - ÓTIMO: Correu o campo todo, se movimentava bem e chamava o jogo pra si. Longe de ser um craque, mas foi um dos destaques hoje.
Riquelme - REGULAR: Esperava mais do maestro do Boca. Criou algumas boas jogadas, mas também perdeu muitas bolas. Inclusive a do gol.
Mouche - REGULAR: Esforçado, tentou, tentou e tentou. Mas não repetiu as boas apresentações de sua temporada, pode fazer mais do que fez.
(Cvitanich) - SEM CONCEITO: Jogou pouco, mas quase fez o gol da vitória.
S. Silva - BOM: Sem muita técnica, El Tanque se destaca na presença de área e na raça. Participou do gol (o faria se Chicão não estapeasse a bola) e quase fez um belo gol.
(Viatri) - SEM CONCEITO: Não teve como mostrar muita coisa.
Tec. Falcioni - REGULAR: Entrou com o melhor time possível, fez bons ajustes na atitude da equipe durante o intervalo, mas acho que faltou arriscar um pouco mais.

Fotos: Reuters e Terra


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