E o Boca Juniors confirmou a ida para sua
10ª final de Libertadores nesta quinta-feira. Como havia vencido por
2a 0 em casa, o empate sem gols no Chile contra La U serviu pra classificar a equipe
de Riquelme (foto, à direita).
O clube se recuperou do revés do final de semana,
onde perdeu por 3 a 0 em casa para o modesto Arsenal de Sarandí e
complicou suas possibilidades de título no campeonato nacional.
A equipe argentina, depois de um hiato de dois anos sem participar da
Copa Libertadores, já volta em grande estilo, chegando à final e podendo
conquistar seu sétimo troféu, igualando seu rival Independiente como
maior vencedor. Caso não consiga, já conquistou um grande feito, são 10
finais em 23 participações na competição. Uma média fantástica.
O que se esperava do jogo era uma La U pressionando e um Boca
retrancado na defesa, mas não foi nada disso que vimos. De fato, o time
que ganhou o apelido de "Barcelona das Américas" no ano passado começou
com mais posse de bola, mas nada mais que isso. O time argentino,
liderado por Riquelme, cansou de perder gols, o próprio camisa 10
carimbou a trave de Jhonny Herrera, e depois deu passes açucarados para
Pablo Mouche, que perdeu pelo menos uns 4 gols na etapa inicial, mas
ninguém mexeu no placar. Os donos da casa assustavam em bolas paradas e
lançamentos de longe. A defesa boquense marcava bem seu adversário.
No segundo tempo, a Universidad de Chile voltou um pouco melhor, o jogo
ficou mais equilibrado, novamente com os chilenos tentando mais, só que
davam muito espaços para o contra-ataque que, novamente, eram desperdiçados por Pablo Mouche.
Os mandantes só passaram a ter o
controle da partida aos 20 minutos da segunda etapa, precisavam ir pra
cima, era tudo ou nada. Foram duas bolas na trave, boas defesas do
goleiro Orión e nada de sair gol. Cvitanich, que substituiu Mouche,
também recebeu de frente para o goleiro e fez como seu companheiro,
perdeu o gol. Final de jogo: 0 a 0 e o temido Boca na final contra o
estreante Corinthians.
Corinthians pela frente
O Timão enfrentará nada menos que o
Boca Juniors na sua primeira final de Libertadores. Isso dará um gosto
ainda mais especial para uma possível conquistas, sem dúvidas. Mas não
será assim tão fácil, o time Xeneize, ao contrário do que muitos falam,
não passou só com a camisa não. Tem apenas uma derrota na competição, na
primeira fase, e além de ser o atual campeão argentino e invicto, está
na disputa do torneio nacional e na final da Copa Argentina também. Um
time não chega nas finais de três competições apenas com camisa, certo?
É
uma equipe fria, mantém o mesmo estilo de jogo dentro e fora de casa e
não sente pressão da torcida adversária. Além disso, já eliminou
Fluminense e Universidad de Chile, adversários considerados candidatos
ao título, e tem totais condições de deixar mais um brasileiro para trás,
como já está acostumado. Pode parecer clichê, mas final não tem
favorito, só nos resta esperar para ver como vai ser. Mas com certeza
será um jogo equilibrado.
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* A coluna En la Cancha fala sobre os principais assuntos do futebol sul-americano.
Redator: Renan Sant'Ana
Sou Corinthiano, mas tenho que concordar que o Boca chegou com futebol e não só com a camisa.
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