O Brasil, depois de 18 anos, ganhou uma medalha de ouro no judô, com Sarah Menezes (foto, de azul) na categoria até 48 kg. A última medalha dessa cor havia sido conquistada em 1992 (Olímpiadas da Barcelona) com Rogério Sampaio. A medalha conquistada por Sarah na manhã deste sábado (horário de Brasília) foi a primeira de ouro conquistada por uma mulher no judô brasileiro.
Sarah foi soberana na competição, derrotando grandes competidoras - inclusive a atual campeã olímpica em Pequim, Alina Dumitru da Romênia, com lindos wazaris e yukos, demonstrando um grande potencial na técnica de projeção de quedas. No início da competição ela não era considerada favorita, mas ou seus resultados conquistados com tranquilidade fizeram com que ela se tornasse uma adversária que poucas queriam enfrentar. Lutou sua segunda Olímpiada e parecia já estar na quinta.
O judô não ficou só com a medalha de ouro de Sarah Menezes. Felipe Kitadai, menos favorito ainda a ganhar qualquer coisa, lutou sua primeira Olímpiada como gente grande e garantiu a medalha de bronze na categoria até 60 kg. Kitadai foi se tornando temído dentro da competição também, e só foi parado nas quartas de final pelo atleta favorito a levar o ouro, Rashod Subirov, do Uzbeqstão. Recuperado do baque, ele voltou para a repescagem derrotando um forte atleta sul-coreano. Na disputa do bronze, enfrentou o italiano Elio Verde e o derrotou com um yuko. A medalha foi um presente para sí mesmo, já que fazia aniversário neste sábado.O título da categoria ficou com o russo Arsen Galstryan
Sem grandes lutas, o boxe teve seu primeiro dia "chato"
O título já diz tudo. O boxe olímpico já não é tão emocionante como o boxe profissional, ainda mais tendo lutas mornas como as de hoje. Foi um dia sem brilho e sem grandes combates. Os combates eram classificatórios para as oitavas de final nos pesos galo e médio. Nos galos, o Brasil teve a participação de Robenílson de Jesus, que venceu sua luta contra o atleta Orzubeck Shayimov por pontos, está nas oitavas e enfrentará o atleta russo Sergey Vodopiyano. Nos médios, o Brasil terá seu atleta entrando direto na oitavas. Esquiva Falcão enfrentará Soltan Migitinov do Arzebajião.
Natação > Thiago Pereira passa pelo "trauma" do nado livre, e ganha a prata
A pelo menos duas Olímpiadas assistimos Thiago Pereira (foto) sempre disputando medalhas nos 200 metros medley e nos 400 metros medley. Porém o roteiro era sempre o mesmo. Thiago nadava os três primeiros nados bem (borboleta, costas e peito), e perdia sua medalha no nado que ele tem a maior deficiência, o nado livre. Hoje o roteiro mudou. Pereira conseguiu abrir vantagem nos seus nados mais fortes (costas e peito) e quando chegou a vez do livre conseguiu se manter bem colocado e ficar em segundo lugar nos 400 metros medley.
Para se ter idéia, ele ficou à frente nada mais nada menos do que Michael Phelps, que foi a grande decepção do dia. O resultado de hoje, com certeza vai dar uma estimulada maior ainda para ir em busca do ouro na sua prova favorita. Os 200 metros medley.
O Brasil também teve decepções na natação. Na parte da manhã, Joanna Maranhão se sentiu mal na Vila Olímpica e perdeu sua chance de disputar as Olímpiadas pela terceira vez. Também de manhã, nas provas classificatórias, Daynara de Paula não conseguiu chegar às finais dos 100 metros borboleta. Felipe França também que tinha chances de medalha, não conseguiu chegar à final dos 100 metros peito, assim como Felipe Lima. Vale lembrar que a prova que França tem especialidade não é uma prova olímpica, que é os 50 metros peito.
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por Fernando Borchio | fernando.borchio@hotmail.com

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