Confesso que andei um tanto quanto preguiçosa após a vitória do Corinthians na Libertadores, não escrevi mais sobre futebol e tão pouco assisti qualquer outra partida, nem mesmo do meu time. Mulher é assim, tem seus picos de encantamentos.
Universo feminino a parte, tive vontade de assistir um bom futebol e principalmente em meter o bedelho no jogo, claro. Na noite da última quarta-feira fui presenteada com o jogo entre São Paulo e Bahia pela Copa Sul-Americana.
O evento aconteceu lá na Bahia e os soteropolitanos mostraram sua malemolência até no hino nacional. Todos sabem que ele é, orquestralmente, tocado por alguns minutos (por isso muitos só sabem cantá-lo pela metade), mas nesta partida os baianos continuaram a letra sob batuques, sorrisos e a alegria contagiante que só eles têm, só faltou os abadás e carros elétricos... pensando bem, melhor não, senão vira feriado de cinco dias.
Após o hino foram revelados os jogadores e suas posições, reconheci alguns do Bahia, mas fiquei confusa ao ver a equipe do São Paulo, o que o Rogério Ceni está fazendo ali? O fulano não tinha se aposentado???
Afastado ou não o cara fez o primeiro gol, aos oito minutos do primeiro tempo, numa cobrança de falta. Daí me lembrei que sempre critiquei este mesmo jogador por cobrar pênaltis, faltas e sei lá mais o que, nunca entendi se o narigudinho era um frustrado por não jogar em outra posição. Tenho certeza de que os são-paulinos deixarão de ler o resto do texto neste exato momento, afinal este homem é idolatrado pela torcida e minha sinceridade incomodará, mas antes esses leitores dirão “o que esta louca entende de futebol?”. Ok, não dirão nada do que eu já saiba e continuarei sem entender o porquê ele sempre quis fazer gol.
Para não passar como a “chatolina sem noção”, reconheço que o São Paulo jogou muito mais que seus adversários e o Ceni foi peça importante na partida. O time paulista teve mais posses da bola e como era de se esperar o segundo gol, no segundo tempo, saiu. Ademilson foi o jogador responsável pela alegria dos são paulinos, que, diga-se de passagem, só fizeram barulho após o fato.
O time do Bahia jogou com garra, mas não foi o suficiente. A Bahia de todos os santos e orixás estava bastante alegre e esperançosa, mas com uma preguicinha danada de fazer um gol.
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* Esqueça esquemas táticos, jogadas ensaiadas e análises de impedimento.
A coluna Futebol de Salto Alto é a visão feminina e irreverente do
esporte que é a paixão nacional.
por Tatiana Andrade | @tatiana.andrad
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