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domingo, 16 de setembro de 2012

Comentário da Redação > Dançando o "fardo"

Dançamos o "fardo". Sim, o fardo. Em uma alusão ao fado, típica dança portuguesa, e, em homenagem à origem dos nossos adversários, eu afirmo: dançamos o fardo. O fardo de termos uma personalidade em casa e outra fora de casa.

O São Paulo é impressionantemente um time bipolar. Se joga no Morumbi, é capaz de dar um show, tamanha a confiança apresentada. Já se joga fora de casa, parece uma criança indefesa, que não ameaça o adversário uma vez sequer, tanto é que, até então, o time só conseguiu duas vitórias longe dos seus domínios, sendo que a única vitória fora do estado foi contra o Cruzeiro, no agora longíquo primeiro turno.

Com a cabeça totalmente fria, analisar o jogo deste sábado é tarefa ainda mais fácil do que foi imediatamente após a tranquila vitória contra os lusitanos.

Nos cinco primeiros minutos de jogo, o São Paulo aplicou a chamada blitz, encurralando a Portuguesa em seu campo de defesa. Até o primeiro gol sair, justamente aos cinco, a Lusa não conseguiu sair da condição de presa do time tricolor. O gol de Osvaldo não só comprova esse fato, como a jogada inteira de Lucas, e depois o complemento de Luis Fabiano, sustentam que o corpo dos jogadores da Portuguesa até estavam no Morumbi, mas a alma…

O jogo só não se resolveu no primeiro tempo porque o excesso de preciosismo não deixou, e depois porque a trapalhada do desengonçado Toloi atrapalhou. Bruno Mineiro, sozinho, empatou a partida.

Na volta do intervalo o time entrou ainda um pouco receoso de contra-ataques, mas conforme constatou que os visitantes só iam se defender, foi ficando mais ousado e aos 13 da segunda etapa, Cortez, que ontem estava surpreendentemente confiante, desviou chute de Lucas e recolocou o Tricolor do Morumbi à frente.

Mais adiante, o toque de bola envolvente do time da casa colocou os lusos na roda e, aos 31, Luis Fabiano deixou o seu, voltou ao posto de artilheiro do campeonato e deu números finais à partida.

A torcida agora é para que o time aja assim também fora de casa.
Não existe bicho-papão para quem é confiante. 

Conceitos

Rogério Ceni – REGULAR: Na única vez que foi exigido, foi vazado.
Wellington – REGULAR: Estava improvisado na lateral-direita, e como é volante, ficou mais preso. Atuação discreta, porém, sem falhas.
Rhodolfo – BOM: Sem falhas, o que, diante dos gols que temos levado, já é muito.
Rafael Toloi – REGULAR: Posicionou-se bem no geral, apesar de errar pela segunda vez seguida em um gol do adversário, dessa vez, de forma bizarra.
Cortez – BOM: Ousado, subiu para o ataque mais vezes, algumas indo até a linha de fundo (o que deveria ser praxe). Fez um gol de puro oportunismo.
Denílson – REGULAR: Não foi muito exigido. Marcou sem violência.
Maicon – REGULAR: Outro que foi bastante discreto.
(Cícero) – SEM CONCEITO: Entrou no fim.
Jadson – REGULAR: Ficou mais contido na função de meia, sem aparecer muito.
(Paulo Assunção) – SEM CONCEITO: Fez pouco para ser conceituado.
Lucas – ÓTIMO: Participou efetivamente dos três gols do jogo. Melhor em campo.
Osvaldo – ÓTIMO: Fez o primeiro gol e deu trabalho para os defensores da Lusa.
(Casemiro) – REGULAR: Só cumpriu a função que lhe foi incumbida.
Luis Fabiano – BOM: Fez o seu e esteve bem posicionado em outros lances. Voltou ao posto de artilheiro do campeonato.
Téc. Ney Franco – BOM: Foi ousado em colocar o time com três atacantes, porém, não consegui enxergar a vitória ter vindo por causa disso, mas sim, por qualidade dos jogadores, principalmente o Lucas.

Foto: VIPCOMM

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.


Por Thiago Jacintho | thi.jacintho@gmail.com

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