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domingo, 16 de dezembro de 2012

Comentário da Redação > Com merecimento, Timão conquista o mundo!


Da Série B ao topo do Mundo! Depois de passar pelo calvário da segundona gritando a plenos pulmões "Eu nunca vou te abandonar!", o Bando de Loucos agora está de alma lavada, e soltando um grito muito mais condizente com a grandeza do seu clube: EU SOU CAMPEÃO DO MUNDO! Em quatro anos, o Corinthians passou honrosamente pela Série B, conquistou o estado, o país, o continente e, neste domingo, dia 16 de dezembro de 2012, no estádio de Yokohama, chegou ao ápice. Com gol de Guerrero, o Alvinegro fez 1 a 0 no badalado campeão europeu Chelsea e se tornou bicampeão mundial.

Merecimento. Não consigo encontrar palavra melhor para simbolizar esse título. A Fiel Torcida, que deu mais uma demonstração espetacular de amor incondicional, os guerreiros que vestem o Manto Alvinegro e mais uma vez fizeram história, e... é claro, um tal de Adenor Leonardo Bacchi, o rei do "merecimento". Aquele que perdeu humilhantemente para o Tolima em uma pré-Libertadores e deu a volta por cima de forma fantástica.

E como o Tite tem méritos nessa conquista! Já fui seu crítico, mas desde o Brasileirão 2011 não tem o que falar a seu respeito. Ou melhor: tem somente o que elogiar. Faz o melhor trabalho dos últimos tempos e um dos melhores da história do Brasil. Armou um time extremamente obediente taticamente, tem seus atletas nas mãos e sabe tirar o melhor deles. Na minha opinião, já se tornou o maior técnico da história do clube.

Nessa decisão, o treinador gaúcho foi perfeito mais uma vez. Soube reconhecer que era preciso mudar a equipe e mostrou que suas convicções estavam corretíssimas. Colocou Jorge Henrique no lugar de Douglas e seguiu com Guerrero em campo. Jorge fez uma baita partida na faixa direita do campo, e o peruano, bancado pelo comandante como titular a tempos, foi herói mais uma vez - e eternamente!

Tite calou todos que o criticaram quando noticiaram a mudança no meio-campo. O Romarinho era a minha primeira opção e o peruano meu preterido, para que pudesse voltar a um esquema tático parecido com a da Libertadores. Mas achei completamente válida a entrada do Jorge na vaga do Douglas. E acompanhando o jogo, não imagino qual outra mexida poderia dar mais certo. Foi um time com cara, postura, raça, espírito e futebol de campeão Mundial!

Não foi um duelo onde o campeão sul-americano se defendeu o jogo inteiro contra o europeu e achou um golzinho precioso. Tudo bem que Cássio foi eleito o melhor em campo e teve uma atuação realmente histórica, mas o Timão jogou bola! Sheik, mais uma vez bem abaixo do que se espera dele, perdeu duas chances claras (errou uma finalização e deixou de rolar para o Guerrero em outra) no primeiro tempo.

Na minha visão, foi de longe a melhor final da história recente dos Mundiais. Isso pensando em JOGO, de duas equipes. Equilibrado, com ambos indo ao ataque, criando chances, com espaço para atacar. Bem diferente dos duelos de Liverpool x São Paulo, Barcelona x Inter, Santos x Barça, ficando apenas nos exemplos dos brasileiros.

O diferencial, quem diria, veio dos pés - ou melhor, da cabeça - de um peruano, Guerrero. Aos 23 minutos da etapa final, em bela jogada de Paulinho (joga demais!) tabelando com Jorge Henrique, a bola sobrou para Danilo, que fintou com frieza e chutou; a bola caiu justamente na cabeça do centroavante (que o Tite tanto falou que poderia fazer a diferença tê-lo), que mandou para a rede. Um gol histórico! Eterno!

O Bando de Loucos, que tanto gritou "Vamos Corinthians, esta noite, teremos que ganhar..." desde os primeiros jogos decisivos Copa Libertadores, mais uma vez viu seu time fazer história neste ano absolutamente especial e inesquecível. O mundo é seu, Fiel!!!

Conceitos

Cássio - EXCELENTE: Conceito raro, mas merecido pela atuação e proporção desta. Fechou o gol!!! Mostrou que cresce mesmo em decisões. Fez algumas das defesas mais importantes da história do clube este ano. Eleito o melhor jogador do torneio.
Alessandro - BOM: Muita raça e foco! Da Série B ao topo do mundo, fez história e ergueu a taça no Japão.
Chicão - ÓTIMO: Quase perfeito. Bem demais com a bola nos pés também. Partidaça!
Paulo André - BOM: Tranquilo e atento, fez um corte providencial no primeiro tempo.
Fábio Santos - BOM: Deu um pequeno vacilo no primeiro tempo, mas de resto, muito bem. Raçudo em cada dividida.
Ralf - BOM: Não fez um bom primeiro tempo, começou nervoso, a bola queimando em seus pés. Cresceu nos 45 minutos finais. Foi o camisa 5 que o adversário não tinha.
Paulinho - ÓTIMO: Lucidez demais em campo. Joga muita bola! Que jogadaça no lance do gol!
Danilo - ÓTIMO: Impressionante sua frieza em campo, fundamental em jogos como este. Participação importante no gol. Temporada fenomenal do meia.
Jorge Henrique - ÓTIMO: Por mais que às vezes eu o critique pela parte tática, é muito a cara do Corinthians! Tanto que o time quase sempre cresce em campo com sua presença. Deu a vida em campo como era esperado! Fundamental!
Emerson Sheik - REGULAR: Destoou do resto do time. Correu o tempo inteiro, mas falhou nos lances decisivos como atacante.
(Wallace) - SEM CONCEITO: Entrou nos acréscimos.
Guerrero - EXCELENTE: Mostrou que tem personalidade e jogou muita bola! Seus domínios e passes foram muito mais que de um simples centroavante. Mas quando foi preciso fazer a função de camisa 9, lá estava o peruano para marcar o gol mais importante da sua carreira e ser eternizado na história do clube.
(Martínez) - SEM CONCEITO: Pouco mais de sete minutos em campo apenas.
Téc: Tite - EXCELENTE: MERECIMENTO. Sem mais.

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

por Pedro Silas | pedro_sccp@hotmail.com

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