Comentário da Redação > Displicência!

Não só eu, mas todos os palmeirenses têm motivo para lamentar, ficarem bravos e até quebrar a casa inteira (coisa que não indico muito). A partida desta quarta-feira contra o Tigre, na Argentina, foi de matar qualquer coração palestrino. A pergunta que fica para os deuses do futebol é uma: por que tanta crueldade com um time só? Juro que não encontro uma explicação para isso.

Apurando os fatos, o resultado de 1 a 0 para os argentinos foi extremamente injusto. O Palmeiras não só merecia ganhar, como merecia até golear. Gilson Kleina deu mais uma prova de que não é treinador para o Palmeiras.

O melhor momento do Tigre no jogo foram os primeiros 20 minutos. O Palmeiras estava perdido e os argentinos abusavam das ligacões diretas que estavam dando bastante certo. Kleina arrumou a marcação, recuando um pouco Wesley e deixando Valdívia livre, leve e solto. A estratégia deu certo e o Verdão dominou a partida até o fim da primeira etapa, levando perigo com o próprio Mago e o atacante Vinícius.

O início da etapa final começou mais morno, mas as melhores chances ainda eram do lado verde. A melhor jogada do Tigre era em bola parada, mas a defesa palestrina se mostrava muito bem postada e não dava espaços para os altos jogadores argentinos. A partir dos 25 minutos, com a entrada de Patrick Vieira, o Verdão começou a dominar a partida por completo.

Valdívia, Maikon Leite, Charles, Vilson perderam grandes chances de abrir o placar, mas o lance mais claro de gol para o Alviverde veio através de Kléber, aos 45 minutos. O atacante recebeu passe de Márcio Araújo e saiu cara a cara com o goleiro Casullos. Ao invés de fazer o simples, o jogador quis fazer firulas no lance, e deu oportunidade para que os zagueiros argentinos se recompossem.

E aos 49 minutos, um velho ditado prevaleceu mais uma vez. O famoso "quem não faz, leva" entrou em cena, e após cobrança da falta, a bola sobrou na área para Peñalba que só empurrou para a rede. Por incrível que pareça, o fraco Tigre fez 1 a 0 e ganhou uma sobrevida na Libertadores.

Agora, fala sério, essa fase do Palmeiras é sacanagem demais. É muito falta de sorte misturada a incompetência. O Verdão vive o pior momento de sua história. O próximo jogo na comprtição continental é contra o próprio Tigre no Pacaembu. Se o Palmeiras pretende ainda algo na Libertadores, terá que vencer de qualquer jeito.

Conceitos

Fernando Prass - REGULAR: Pouco precisou trabalhar. Não teve culpa no gol.
Weldinho - RUIM: Apagadíssimo em campo. Parecia estar em outro mundo.
Maurício Ramos - RUIM: Mais um jogo ruim. Errou passes, fez muitas faltas e bobiou toda hora na marcação.
Henrique - BOM: Merece aplausos. Foi realmente um guerreiro em campo. Passou segurança e não errou. Jogou os últimos 20 minutos no sacríficio devido a uma lesão na perna.
Marcelo Oliveira - REGULAR: Não compareceu ao ataque, mas esteve bem na defesa.
Márcio Araújo - REGULAR: Não precisou marcar tanto, afinal o Tigre tropeçava nos seus próprios erros. Deu velocidade ao meio-campo e levou perigo em suas investidas ao ataque.
Vilson - RUIM: Errou muitos passes, fez faltas demais e pra completar foi expulso no final. Sua ausência na área no gol do Tigre foi determinante.
Wesley - REGULAR: Mais uma vez foi "fominha". Mas dava perigo em alguns contra-ataques.
(Patrick Vieira) - BOM: Foi a única substituição do Kleina que deu certo. Entrou bem e participou das principais jogadas perigosas da equipe no fim do jogo.
Valdívia - BOM: Fez uma boa partida apesar do resultado. As melhores jogadas palmeirenses sairam de seu pé. Teve oportunidade de fazer o gol, mas não soube aproveitar.
Vinícius - BOM: Deu muita velocidade ao ataque e levou perigo. Não deveria ter saído do jogo.
(Maikon Leite) - PÉSSIMO: Entrou no jogo extremamente mal. Errou todas as jogadas e atrapalhou o time nos contra-ataques. Não queria dizer isso, mas ainda bem que se machucou. Espero que fique uns meses parado.
(Charles) - RUIM: Entrou mal e ainda foi precipitado em uma jogada que podria ter acabado em gol palmeirense.
Kléber - PÉSSIMO: Péssimo, horrível, ridículo. Qualquer adjetivo ruim define sua atuação. Não apareceu no jogo, errou quase todos os passes e perdeu um gol na cara que mudaria a história do jogo. Se quiser ir embora, a porta da rua é serventia da casa.
Téc. Gilson Kleina - RUIM: Até escalou bem, mas errou feio na substituições. Não entendi até agora por que tirou o Vinícius que era um dos melhores em campo.

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por Fernando Borchio | fernando.borchio@hotmail.com