Janeiro deste ano, La Paz,
Bolívia, altitude de sei lá quantos metros, 3x0 para o São Paulo e
classificação para a fase de grupos da Libertadores garantida, afinal,
no Morumbi tinha sido 5x0 para nós. Daí o Bolívar faz 1. Faz 2. Se
empolga e faz 3. Faz 4, vira o jogo, ganha o jogo. É eliminado mas sai
de cabeça erguida. O São Paulo começa a sucumbir.
Um jogo de futebol é
vencido não somente por qualidades técnicas, sorte e possíveis erros /
acertos de juiz. É vencido também - e arrisco dizer, principalmente -
pelo psicológico. Quando um time tem confiança, não existe adversário:
ele atropela geral. Já quando não tem...
O São Paulo pegou o Galo já
na fase de grupos. Na primeira rodada, neste mesmo Horto aonde morremos nesta quarta-feira, o time foi derrotado com um gol escroto, na qual o Ronaldinho, na
pura malandragem, distraiu o Rogério Ceni com a desculpa de tomar água e
iniciou ali a jogada do primeiro gol da partida e da vitória do
Atlético. Até este momento o time vinha bem, mas depois desmoronou.
Contra
o The Strongest, no Morumbi, SOFREU para ganhar o jogo, de VIRADA. Sim,
amiguinhos, o São Paulo não só levou um gol do Strongest em casa, como
foi o primeiro gol do jogo, o time começou perdendo e se matou para
virar.
Arsenal de Sarandí, Pacaembu, outro vexame. Time jogando mal
demais, apostando na raça. Fez um gol, em jogada em que Aloísio brigou e
dividiu a bola com dois zagueiros e rolou para Jadson fuzilar. Quando
todos achávamos "agora vai", senhor Cortez me faz o pênalti mais imbecil
da história. Resultado final, mesmo com alguns erros do juiz para os
argentinos, 1x1. Porra, empata com Arsenal em casa e quer o que da vida?
Derrota
para Arsenal e Strongest fora de casa. Cara, quem perde para o
Strongest nessa porra? Mas nem o Santo André, o Paulista e o Sport
fizeram tal papel.
Então, meus caros, é o seguinte: ainda bem que
acabou a Libertadores para o São Paulo. Saímos humilhados e com o
rabinho entre as pernas, levando 4 a 1, mas foi justo, foi muito justo. Eu nunca vi uma
equipe, seja ela do que for, que faz corpo mole em um dado momento, ser
vencedora. Isso não existe nem em Hollywood, aonde, teoricamente, tudo é
possível.
Conceitos
Rogério Ceni - RUIM: Não teve culpa direta
nos gols, mas demorou para sair no lance do gol do Tardelli. Não tentou
sequer se jogar na bola, ou sei lá.
Paulo Miranda - PÉSSIMO: Perdidaço.
(Silvinho) - BOM: Primeiro jogo do cara pelo São Paulo e
ele não quis nem saber. Fez o que pôde (não foi muito), mas gostei da
atitude.
Edson Silva - BOM: Não falhou, marcou como pôde, foi leal e tranquilo. Um dos melhores em campo pelo São Paulo.
Rafael
Toloi - PÉSSIMO: Pior partida do Toloi pelo São Paulo. Nervoso demais,
deu várias pixotadas. Nem comento o terceiro gol dos caras...
Carleto
- REGULAR: Se apresentou para o jogo e fez bons cruzamentos. Ótimos
socos na cabeça do Rosinei no final, representou! Pena que foi só no
final...
Wellington - REGULAR: Começou bem, intimidando o Ronaldinho.
Depois caiu na catimba do cara e deixou de fazer o que deveria, além de
ter protagonizado situações dispensáveis.
Denílson - REGULAR: Até tentou controlar as ações, mas o time como um todo estava desnorteado.
(Ademilson) - SEM CONCEITO: Entrou quando a vaca já tinha ido para o brejo.
Jadson
- BOM: Teve bastante atitude, chamou o jogo para si. Uma pena que,
conforme dito na avaliação acima, o time em si estava perdido demais.
(Maicon) - SEM CONCEITO: Idem ao Ademilson.
Ganso - RUIM: Apareceu muito pouco. Créditos por ser voluntarioso, ter corrido o tempo todo e marcado algumas vezes.
Douglas - PÉSSIMO: Precisa mesmo pontuar os motivos? Não.
Luis
Fabiano - REGULAR: Lutou bastante. No primeiro tempo chegou a ir até o
meio campo buscar a bola. Fez um gol. Chorado e não adiantou nada, mas
fez, hehe...
Téc. Ney
Franco - PÉSSIMO: Só dei "péssimo" porque não tinha nada pior. Já
começou escalando o time de forma errada, ao insistir com o Douglas de
atacante. O cara não manda bem nem de lateral, imagina de atacante?
Aliás, nunca deu certo o Douglas naquela posição, porque justo nesta partida
daria? Além disso, ele não passa confiança para o time, não inflama o
ego dos caras, é tranquilo demais, sem ser estrategista. Eu ainda confio
um pouco nele pelo que fez ano passado, mas sinceramente, é hora de
sentar e refletir muito sobre o futuro dele, mesmo porque, o que mais o
São Paulo terá agora é tempo livre.
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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.
Por Thiago Jacintho
| thi.jacintho@gmail.com
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