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domingo, 26 de maio de 2013

Gringolaço> A Europa é vermelha

Há um ano, o Bayern de Munique sofreu a derrota mais dolorosa de sua história ao cair diante do Chelsea em casa e ficar com o vice-campeonato da Champions League. Hoje, 25 de maio e depois de tanto bater na trave, enfim, os bávaros podem comemorar a sua quinta conquista continental.

Foi uma final de alto nível, daquelas que 90 minutos é pouco e se tivessem mais 30 minutos, ficaríamos satisfeitos, onde as duas equipes jogaram o fino da bola e nós, mortais brasileiros, ficamos que nem “cachorro em frente a máquina de frango” admirando a cada toque de bola, a velocidade do jogo e a disciplina de ambos.

Na terra onde foi inventado o futebol, uma verdadeira invasão alemã no lendário estádio de Wembley. A cerimônia de abertura já dava o tom da batalha que as duas equipes travariam em campo. Uma encenação em forma de batalha medieval emocionou os torcedores presentes ao estádio. Como generais dos dois exércitos, Paul Breitner e Lars Ricken, ídolos de cada um dos times.

Blitz aurinegra e equilíbrio bávaro

Com a bola rolando, o Borussia começou mais incisivo e com uma marcação adiantada, não deixou o Bayern jogar. Aos 10, Kuba arriscou de longe, mas sem dar trabalho a Neuer. Três minutos depois, Lewandowski tentou surpreender o goleiro alemão, também sem sucesso.

Chance boa mesmo aconteceu no minuto seguinte, quando Reus lançou Kuba e com um chute perigoso, obrigou Neuer a trabalhar.

Só que o efeito blitz do Borussia terminou aos 25 minutos, quando o Bayern começou a controlar as ações e foi a vez de Weindefeller trabalhar após cabeçada de Mandzukic. A bola ainda bateu na trave antes de sair.

Havia um personagem entre os titulares que precisava de uma decisão dessas para se redimir: Arjen Robben. O holandês havia jogado o Bayern no mato ano passado quando perdera um pênalti contra o próprio Dortmund na Bundesliga e na decisão da Champions contra o Chelsea também desperdiçou e o título foi parar nos Blues. Era esse tipo de jogo que precisava para se recuperar.

Só que o camisa 10 parecia que teria uma noite infeliz. Na sua primeira chance, avançou bem pela direita e ficou frente a frente com Weindefeller. O goleiro do Borussia fechou o ângulo e fez ótima defesa.

Com o Bayern mais ofensivo, o jogo ficou mais aberto e aos 35 minutos, quase os aurinegros abriram o placar com Lewandowski, mas Neuer fez boa defesa. Enquanto isso, Robben seguia persistente rumo a sua redenção e aos 42 minutos, obrigou novamente Weindefeller a trabalhar.

Três gols em 45 minutos

A segunda etapa começou com o Bayern em busca do gol, bem diferente da primeira etapa quando o Dortmund havia implantado uma blitz. Só que o problema era que os bávaros não chutavam; ficavam ciscando e nada de bola na rede.

Aos 14, Javi Martínez aproveitou o toque de cabeça de Mandzucic e obrigou a Weindefeller a pegar a bola no susto. No minuto seguinte, enfim o primeiro gol da decisão. Ribéry puxou a marcação de três defensores e tocou para Robben. O camisa 10 recebeu livre, tirou o alcance de Weindefeller e rolou para Mandzucic empurrar, com o gol escancarado e abriu o placar.

Com o gol, o Bayern tinha o controle do jogo, só que esqueceram de avisar o seu defensor Dante. O zagueiro brasileiro, convocado por Felipão para Copa das Confederações, fez pênalti em Reus aos 22 minutos. Na cobrança, Gundogan empatou o confronto para alegria de Mario Götze, que lesionado, não entrou em campo.

O empate deixou o duelo ainda mais aberto. Aos 28, Müller quase marcou o segundo. O atacante apareceu livre pela direita, driblou Weindefeller e tocou na direção do gol. A bola iria entrar, mas Subotic ganhou a corrida com Robben e se jogou de carrinho para evitar o tento. Dois minutos depois, Alaba arriscou de fora da área e obrigou o goleiro a jogar para escanteio.

A partida seguia para mais 30 minutos e o Bayern pressionava a meta aurinegra. O sumido Schweinsteiger apareceu e com uma bomba fez Weindefeller trabalhar mandando a bola para escanteio. Só que aos 44 minutos...

Ribéry recebeu lançamento e deu um toque sensacional de calcanhar para Robben. O holandês tirou Hummels e Subotic com um só toque antes de concluir lentamente para o fundo das redes. Um golaço, típico de time campeão. De vilão em 2010 com a sua seleção e em 2012 pelo Bayern, hoje chegou a vez de ser herói.

Título justo de um time que faz uma temporada espetacular, se conquistar a Copa da Alemanha no próximo final de semana, coroará um ano impecável com uma tríplice coroa. Depois de três finais nas últimas quatro temporadas e dois vices, enfim a Europa é vermelha.

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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.


por Antonio Lemos
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