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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Comentário da Redação > Eu vejo uma luz no fim do túnel

Brasil e Inglaterra voltaram a se enfrentar neste ano. Em fevereiro o duelo marcou a reestreia de Felipão à frente da seleção canarinho, porém o resultado não foi tão bom: 2 a 1 para os ingleses que jogaram em casa, no lendário Wembley. Curiosamente este embate em 2007 marcou também a reabertura do histórico estádio londrino. Na ocasião o jogo terminou 1 a 1. Hoje, o mesmo confronto marcou a reabertura de um outro grande e lendário estádio, o Maracanã, no Rio de Janeiro. Novamente o jogo terminou empatado, porém dessa vez em 2 a 2. O resultado não representa muito o que foi o jogo, onde o Brasil jogou melhor em grande parte.

Surpreendentemente, Felipão fez algumas alterações, mudando o time que veio treinando durante a semana. "Big Phil" tirou Marcelo, Fernando e Lucas para a entrada de Filipe Luís, Luiz Gustavo e Hulk (jogador que somente eu e meia dúzia de gatos pingados defendemos. Nos conceitos explico por que). As substituições de certa forma não mudaram no jeito do time jogar, porém dão uma reforçada na marcação. Neste momento, percebi que para Felipão o que importava no jogo era não perder. Ele estava certo, afinal uma derrota assim, próximo a abertura da Copa das Confederações, poderia tirar o resto de confiança que a torcida tem na Seleção.

O primeiro tempo foi todo brasileiro. A equipe partiu para o ataque sem medo e conseguiu ter em pés, as melhores chances de fazer o gol. A defesa inglesa também se postou bem, mas o Brasil demonstrava paciência em sua troca de passes. Neymar fez a sua melhor atuação na Seleção nos últimos anos. Ao contrário do que os cornetas chatos falaram após o jogo, o novo jogador do Barça buscou a bola no meio campo como um camisa 10, e criou situações boas. Em uma delas, o menino cortou dois zagueiros e na entrada da área, finalizou no cantinho. A bola passou rente ao gol do goleiro Hart.

Outro ponto de fuga do Brasil estava sendo o lado direito. Daniel Alves jogou mais como um ala do que lateral, mas não conseguiu criar chances boas. Uma coisa que o Brasil estava tendo era posse de bola, coisa que não é tão normal nos times de Felipão. Faltou somente o gol, mas ele não saiu.

Na segunda etapa, Felipão abriu mais a Seleção tirando Luiz Gustavo e Filipe Luís (um lateral mais defensivo) e colocando Hernanes e Marcelo. O Brasil ficou mais exposto defensivamente, mas criou mais alternativas ofensivamente, com dois volantes que chegam a área. A seleção canarinho abriu o placar aos 11 minutos com Fred. Mas de cara levou o empate com Oxlade Chamberlain. E cinco minutos depois, a exposição defensiva brasileira possibilitou a Rooney puxar um contra-ataque sozinho e virar a partida com um belo gol. O Brasil iniciou uma pressão final e arranjou um empate com Paulinho aos 36 após boa jogada do aclamado pela torcida Lucas.

Essa foi a melhor partida do Brasil sob comando de Felipão após sua volta. O espírito apresentado é o mesmo espírito que o time precisa ter na Copa das Confederações e Copa do Mundo. Houve na seleção uma mudança de comportamento, e isso me faz ver uma luz no fim do túnel. Sim, muitos podem duvidar mais eu acredito que no hexacampeonato.

Conceitos

Júlio César
- REGULAR: Não teve culpa nos gols. Quando pôde, fez boas defesas.
Daniel Alves - RUIM: Jogou mais como ala do que como lateral. Apoiou bastante o ataque, mas errou muitos passes e cruzamentos. Defensivamente, não marcou. O seu lado era o ponto de fuga da Inglaterra.(Marcelo) - BOM: As melhores jogadas do time no segundo tempo aconteceram do seu lado. Subiu bem ao ataque e defensivamente esteve tranquilo.
Thiago Silva - BOM: Teve bastante disposição. Fez muitos desarmes.
David Luiz - REGULAR: Poderia ter dado um bote no Rooney na jogada do segundo gol inglês. Fora isso, boas saídas de bola como sempre. Vale a pena fazer um teste com ele jogando como volante.
Filipe Luís - REGULAR: Não apoiou muito o ataque. Defensivamente esteve tranquilo.
Luiz Gustavo - BOM: Fez o seu trabalho bem no primeiro tempo. Segurou o contra-ataque dos ingleses.
(Hernanes) - REGULAR: Subiu ao ataque. Teve participação direta no gol do Fred, mas deixou alguns buracos do meio para trás. Junto ao Paulinho, ele não dará certo.
Paulinho - BOM: Se apresentou ao ataque como elemento surpresa, principalmente no segundo tempo, tanto que o gol que saiu dos seus pés foi assim. Defensivamente, bem também.
(Bernard) - SEM CONCEITO: Entrou no fim do jogo.
Oscar - REGULAR: Esteve um pouco apagado em campo. Teve alguns lampejos, partindo para cima dos defensores ingleses, mas não criou situação de gol.
(Lucas) - BOM: Deu uma velocidade maior ao ataque. Deu um belo passe para o Paulinho no segundo gol brasileiro.
Neymar - BOM: Se apresentou bem, buscando a bola para criar jogadas. Partiu para cima dos adversários sem medo. Fez o seu melhor jogo do últimos tempos na Seleção.
Hulk - BOM: Eu sei que a maioria não vai concordar comigo, afinal, são poucos que gostam do Hulk. Ele tecnicamente não é tudo isso, mas taticamente é extremamente importante, por saber segurar a bola no ataque, marcar e ter um bom chute de longa distância. Eu não abro mão dele. No jogo deste domingo, se apresentou sob vaias de 80% dos torcedores do Maracanã, mas fez sua função tática, que é auxiliar o ataque, marcar o lateral do seu lado do campo e dar o bote em um dos volantes.
(Fernando) - REGULAR: Entrou mais para consertar a parte defensiva do Brasil. De certa forma, conseguiu.
Fred - BOM: Mais uma vez bem posicionado, marcou um gol. É titular absoluto ao meu ver. Não tem centroavante melhor que ele no momento.
(Leandro Damião) - SEM CONCEITO: Entrou no fim.
Téc. Felipão - REGULAR: Acertou em algumas substituições mas errou em outras. É isso aí, já falei que confio nele.

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.


por Fernando Borchio | fernando.borchio@hotmail.com

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