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sexta-feira, 21 de junho de 2013

O Cara da Semana > Seleção Taiti: sim, ainda existe esperança e amor no futebol moderno

Você, fã de futebol que em meio ao caos do momento de manifestações no Brasil, resolveu deixá-lo um pouco de lado, recomendo muito ler esta crônica. Se não for para lê-la, ao menos perca um pouco do seu tempo no final de semana e assista ao jogo da seleção Taitiana de futebol contra o Uruguai no próximo domingo. E depois disso, humildemente lhe desafio a não se emocionar com o que presenciar.

Já viu um time em uma competição profissional perder de 10 x 0 e sair sorrindo? Já viu uma equipe marcar um gol em meio a uma derrota de 4 x 1 (gol este que surpreendeu até o técnico do time) e comemorar com a mesma intensidade que você comemora um título do seu time? Já viram uma equipe como essa ser impulsionada por 80 mil pessoas em um estádio durante um jogo contra a atual campeã do mundo, dita como a que “joga o futebol mais bonito do momento” e que, supostamente, deveria ser “admirada” pelos outros? Se você nunca viu isso, está perdendo de ver.

Eles são fracos técnica e fisicamente, apenas um jogador entre os 23 convocados é profissional, se prestaram a vir mesmo sabendo que seriam humilhados. E estão dando um show de humildade, bondade e amor ao futebol de maneira tal que tocou o coração do mundo. Valores estes o quais sentimos falta com a modernização do esporte. Que o diga o goleiro Mikaël Roche e sua comemoração após o pênalti perdido por Fernando Torres no último jogo (que aquela altura, já estava 7 x 0) e seu choro após o apito final. Choro que não era de amargura pela derrota, mas pela emoção de ser aplaudido em pé pelos espectadores presentes no maior estádio do mundo.

A despedida destes bravos heróis acontece domingo, como dito anteriormente e a expectativa é de outra goleada. Mas e daí? Ao menos eles me deram a oportunidade de sorrir em meio a uma crise, pude voltar a entender o que meu avô dizia quando eu era menor, quando jogava futebol com seus amigos e, independente do resultado da partida, cantavam: - “Jugamos! Perdímos! Igual nos divertimos!”

Assim como as manifestações, o Taiti soube como chamar a atenção de quem o viu no Brasil. E assim como as manifestações, não sabemos qual será o “legado” que deixarão ao final da sua epopeia. E assim como as manifestações, podemos tirar muitas lições do que vimos. Mas diferente das manifestações, o Taiti nos cativou por sua pureza em meio a um mundo que cada vez mais se esquece do principio mais básico deste (e de qualquer outro) esporte: a alegria.

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* A coluna O Cara da Semana fala dos personagens do esporte que tiverem seu momento de glória, seja por uma semana, seja por um dia, seja para sempre.


por Helder Rivas | lendasdabola.blogspot.com.br | @LendasDaBola

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