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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Aqui é Corinthians > Irreconhecível em partes

"Um jogo chato e sonolento". Essa é uma definição incomum quando se trata do Corinthians em clássicos no Pacaembu nos últimos tempos, sobretudo contra o São Paulo. Mas foi essa a tônica do empate sem gols entre as equipes, no último domingo. Nesse aspecto, o que se viu foi um time irreconhecível, sem impor um ritmo intenso em sua casa diante de um rival.

Por outro lado, não é novidade alguma esse tipo de atuação na atual temporada. O 11º lugar na tabela, inclusive, reflete muito bem o que (não) tem jogado o Alvinegro. Não é à toa, também, que seu ataque tem apenas seis gols em nove jogos, simplesmente o pior ataque das duas principais divisões do Brasil. Para se ter ideia, o artilheiro Maxi Biancucchi anotou sete tentos, um a mais que todos os corintianos juntos.

Se o primo do Messi dá trabalho aos seus adversários, o sistema defensivo do campeão do mundo tem sido, de fato, inoperante. Faltam repertório e variações de jogadas. Tite, que novamente não foi feliz nas substituições no Majestoso, não é mais o mesmo dos últimos dois anos. A marcação pressão no campo do adversário, que tanto fez sucesso, aparece com pouca frequência.

Até mesmo enfrentando um time em crise, sem segurança para executar as ações com a bola e nitidamente buscando segurar um 0 a 0, teve momentos em que o campeão do mundo ficou todo atrás da linha da bola, esperando o adversário para dar o bote. Isso tem sido comum. Mas convenhamos: o contra-ataque corintiano não vem sendo fatal nem mesmo contra adversários que avançam e deixam espaços, imagine diante de um precavido São Paulo.

O que se viu, então, foram muitos toques de lado, recuos de bola para os defensores e pouquíssima criatividade. A tradicional intensidade do Timão no Pacaembu deu lugar a um aparente comodismo, outro fator presente desde o início do Brasileirão. Falta a fome de bola dos jogos decisivos!

É preciso ter o mesmo foco que o teve para bater o Santos na final do Paulista e o próprio rival do Morumbi na decisão da Recopa rodada após rodada no torneio nacional. Como em 2011, quando foi pentacampeão. Por enquanto, o que se vê é uma equipe que parece se sustentar nas conquistas recentes. Vamos ver a postura hoje, novamente em casa, no difícil jogo diante do bom time do Grêmio...

Renato Augusto não pode ser reserva!

Coerência, merecimento, esquema tático ou qualquer outra expressão que possa ser usada por Tite não justifica a ausência do Renato Augusto no time titular. Já passou da hora, inclusive. É muito claro que ele é o jogador do elenco com mais condições de desequilibrar uma partida atualmente. Seja no lugar do Romarinho (meu preferido para sair hoje), Sheik ou até Guilherme, o camisa 8 tem de estar entre os 11 iniciais.

Enquanto o técnico corintiano segue sua "coerência" incoerente e demora para fazer o óbvio, o tempo vai passando, a equipe segue sem jogar um futebol decente, os pontos vão sendo perdidos e a distância para os primeiros colocados aumentando. Chega de insistir no erro, Tite!

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* Nesta coluna o assunto é o time do povo. Aqui é Corinthians!


por Pedro Silas | pedro_sccp@hotmail.com

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