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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Comentário da Redação > Consistente, Timão quebra jejum de gols, mas pode e precisa evoluir

Depois de três jogos sem fazer gols em casa, o Corinthians voltou a vencer nesta quarta-feira. Diferente da atuação no clássico do último domingo, o Alvinegro jogou com apetite, se impôs no Pacaembu e conseguiu importante vitória sobre o Grêmio, um concorrente direto na luta por G-4 e título, com um gol em cada tempo - Sheik, após rebote em chute de Guerrero, e Paulo André, de cabeça.

Não foi uma exibição brilhante, mas o resultado foi conquistado com bastante consistência, sobretudo no aspecto defensivo. Muito bem postado, deu poucos espaços para os gremistas. Já há algum tempo, aliás, o Timão é um dos melhores times do Brasil neste quesito. Por isso, tem a defesa menos vazada do campeonato (cinco gols em dez jogos).

Do ponto de vista ofensivo, no entanto, ainda há muito o que evoluir para pensar em título. Justamente pelo senso de posicionamento e solidez defensiva que possui, pode-se jogar mais solto na frente. Claro que os atacantes, que têm (de)méritos nesse baixo número de gols sofridos, não devem parar de colaborar na marcação. Mas não se pode sacrificar o ataque o tempo todo e esquecer de jogar.

Não que tenha sido o caso diante dos gaúchos, mas é um problema nesse início de campeonato. É muita marcação, coordenação de movimentos e pouco improviso e poder ofensivo. O trio atrás do centroavante marca e acompanha lateral adversário o tempo inteiro e, como não poderia ser diferente, se desgasta. O resultado é a falta de gás para atacar com competência. Guerrero é visto muitas vezes isolado, cercado por dois ou três adversários. Por isso o baixo número de gols marcados (o pior ataque entre equipes com o mesmo número de rodadas disputadas) e o acúmulo de empates.

O jogador que pode dar o toque de criatividade e improviso que o ataque corintiano precisa é o Renato Augusto, que, repito, já passou da hora de ser titular. O meia faz bem, inclusive, o papel de Romarinho e Sheik pelos lados. Mas tem muito mais qualidade com a bola nos pés, além de cobrar faltas e escanteios. Porém, além de mudar nomes, Tite precisa ter uma postura diferente, pois o time reflete em campo nada mais que a mentalidade do comandante.

Nesta quarta a equipe alvinegra venceu com o tal merecimento, tão falado pelo técnico campeão do mundo, mas ainda é pouco para chegar forte na briga pela parte de cima da tabela. Esse time sem ímpeto ofensivo não passa confiança fora de casa nem mesmo contra o Criciúma, adversário do próximo domingo. Torçamos para a que a postura de Tite seja diferente da costumeira. E que não encare empate como bom resultado.

Conceitos

Cássio - RUIM: Não passou segurança. Falhou em saída pelo alto que resultou em bola no travessão e bateu roupa em chute despretensioso
Edenílson - REGULAR: Não atacou muito, mas também não deu espaços para o bom lateral Alex Telles.
Gil - BOM: Firme, não deu sossego para o Kleber, sempre difícil de marcar.
Paulo André - BOM: Deu uma pixotada na área, mas de resto, esteve bem. Com boa presença aérea, foi ao ataque marcar o segundo gol.
Igor - REGULAR: Muito ansioso e afoito, mas não comprometeu na marcação. E depois da atuação desastrosa do Fábio Santos no último domingo, qualquer coisa é melhor.
Ralf - BOM: Não para um minuto, está sempre em cima dos lances, marcando firme. Sem dúvida, um dos jogadores mais regulares do Brasil.
Guilherme - BOM: Tem pegada e dá suporte para o time atacar (só falta o Tite liberar, né?!). Já havia sido um dos melhores em campo contra o São Paulo, e fez mais uma partida muito boa.
Romarinho - REGULAR: Ajudou na marcação e participou da jogada do gol, mas praticamente só. E quem disse ao camisa 31, que já é uma lástima finalizando, que ele é bom nas bolas paradas?
(Renato Augusto) - BOM: Em apenas 30 minutos, mostrou mais um pouco da qualidade que tem, como em um bolão para Pato, que saiu de frente para o goleiro (e perdeu de novo). E se Romarinho desperdiça as cobranças, o gol do Paulo André resultou em escanteio batido por Renato Augusto. E aí, Tite?
Danilo - REGULAR: Teve um ou outro lampejo apenas, pouco apareceu.
Emerson - BOM: Ficou muito encarregado de marcar, e foi muito bem nisso, recompondo, acompanhando adversário e roubando bolas. Na frente, aproveitou a chance que teve.
(Douglas) - SEM CONCEITO: Mostrou qualidade no passe, mas jogou pouco tempo.
Guerrero - BOM: Participativo, foi decisivo no primeiro gol e fez o trabalho de pivô. Mas finalizou com muita ansiedade, sem capricho. Não vive grande fase, tomara que cresça a partir de agora.
(Pato) - REGULAR: Tem dois lados da moeda nesta e em outras atuações do atacante: ele perde muitos gols, mas se posiciona bem para receber as bolas (vide ao lance do segundo gol e no passe do Renato) e, por isso, tem as chances. Quase sempre que está em campo gera oportunidades de gols, isso é um mérito. De qualquer forma, precisa acertar o pé. Terá oportunidades em breve devido a convocação do Guerrero para o Peru.
Téc: Tite - REGULAR: Sigo cobrando Renato Augusto no time, que precisa JOGAR mais. Até pelo fato do Guilherme guardar mais a posição que o Paulinho, pode e deve dar mais poder ofensivo à equipe. Gostaria também de ver Pato ao lado do Guerrero, como foi nos jogos da primeira fase da Libertadores contra Millonarios e Tijuana, no Pacaembu. Aquele time, com o quarteto Danilo, Renato Augusto, Pato e Guerrero, vinha esboçando um bom futebol e tinha tudo para evoluir.

Confira os gols de Corinthians 2 x 0 Grêmio


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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

por Pedro Silas | pedro_sccp@hotmail.com

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