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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Comentário da Redação > Brasil 3 x 0 Espanha - Brasil campeão da Copa das Confederações 2013

Visão brasileira > Noite perfeita!
por Fernando Borchio | fernando.borchio@hotmail.com

Poucos, ou diria eu, ninguém, nem o mais otimistas dos brasileiros poderiam imaginar o que aconteceu na noite deste domingo no Maracanã. Pensar em 3 a 0? Só se fosse para a Espanha. Porém o futebol é sim uma verdadeira caixinha de surpresas, e o tão falado “tique-taque” espanhol foi massacrado pela ousadia e alegria de Neymar, Fred e Cia. Foi uma noite perfeita em todos aspectos. Um clima gostoso no Maracanã (eu estava lá, como podem ver na foto mais abaixo), uma torcida apaixonada que deu show nas arquibancadas e um time em campo que correspondeu muito além das expectativas. Eu já não temia em afirmar que o Brasil será hexacampeão ano que vem antes desse título, agora, tenho quase certeza que será. O time já mostrou que na hora do “vamos ver” cresce e mostra a força inigualável que a camisa verde e amarela tem. Mas vamos ao que o povo quer, saber do jogo.

O feitiço virou contra o feiticeiro. Pontos fortes espanhóis como toque de bola e marcação foram os maiores tributos brasileiros na partida. A seleção canarinho já começou o jogo mostrando quem é que manda quando está no Maracanã e logo a um minuto e meio de bola rolando, o melhor centroavante do Brasil abriu o placar. Fred com o seu oportunismo incomparável tratou de deixar os espanhóis trêmulos em campo (coisa que já estavam ao ouvirem 73 mil vozes cantando o hino). A posse de bola que é um dos maiores triunfos da fúria, estava baixíssima. E além do mais, o meio-campo não estava conseguindo seguir o ritmo que Iniesta dava a ele. Busquets, também conhecido como ladrão de bolas, não passava de um simples aspirante a trombadinha.

Estava dando tudo errado para os atuais campeões do mundo. Incompetência? Falta de sorte? Não, méritos dos jogadores brasileiros, que faziam uma marcação pressão no campo espanhol e obrigava os defensores a fazer algo que nunca vimos nessa vida, dar chutões. E quando a redonda passou por Júlio César, teve um monstro em campo chamado David Luiz que tirou a bola embaixo das traves. Com a vantagem no placar, o Brasil começou a priorizar mais os contra-ataques. Neymar tratou de pendurar os dois zagueiros espanhóis, e tratou também de aumentar a vantagem com o lindo gol de perna esquerda, após boa jogada do contestado Oscar, no finalzinho do primeiro tempo. Nessa hora, eu já sabia. Querendo ou não seriamos mais uma vez campeão da Copa das Confederações. Por quê? Porque o padrão de jogo da Espanha, não é de um time que consiga virar resultados. Pode observar que que na maioria dos seus jogos os espanhóis fazem um gol e depois cozinham o adversário no meio-campo com toques de bola.

O segundo tempo começou e para de cara afastar aquele inesquecível trauma que rondava sobre minha cabeça que foi aquele segundo tempo contra a Holanda na Copa passada, Fred tratou de dar números finais ao jogo, ainda no início da etapa. Mas ainda faltavam detalhes para deixar o resultado mais lindo ainda. Júlio César fez defesas milagrosas ao longo do tempo em chutes de Iniesta e Villa (que não entendo o que faz na reserva). E para completar, Sérgio Ramos perdeu um pênalti que levou pela quarta vez na noite o Maraca ao delírio. Depois, foi só toque de bola canarinho, deixando o tempo passar.

Ah, já ia me esquecendo, Piqué (um péssimo zagueiro na minha concepção) foi expulso. Pois é, só restou a ele, voltar para o hotel e receber os consolos de Shakira. Consolos os quais, acredito que a maioria gostaria de receber, mas isso não vem ao caso neste momento. O que importou foi o apito final e o delírio da multidão. Brasil, tetracampeão da Copa das Confederações, e desta vez com um gostinho especial, em casa. E que agora o time quebre aquele antigo tabu, de que quem vence a Copa das Confederações, acaba se dando mal no ano seguinte no Mundial.

Antes de encerrar, tomei a liberdade sem pedir ao editor-chefe deste belíssimo blog, de enumerar dois momentos fundamentais para a conquista deste belíssimo título.

O primeiro, foi uma vitória na semana anterior ao início desta competição. O Brasil recebeu na Arena do Grêmio a seleção francesa e não tomou conhecimento. Venceu muito bem por 3 a 0 e diminuiu bastante a desconfiança que os torcedores tinham sobre o time e para completar acabou com a escrita de não vencer um campeão mundial havia três anos e meio.

O segundo foi um momento um pouco isolado, mas fundamental. O primeiro gol que o Brasil fez sobre o Japão na estreia, de autoria de Neymar. Muitos vão pensar, “como dizer que o primeiro gol do primeiro jogo do campeonato (jogo que terminou 3 a 0) foi de toda essa importância? Eu explico, o gol por ter sido no início, acabou com qualquer chance de vaia da torcida, o que fez com que o Brasil tivesse mais calma, vencesse o jogo em questão, e ganhasse confiança para os demais jogos. O gol no início das partidas se tornou um marco desta seleção no campeonato. E posso dizer que foi a principal arma para o sucesso.

Ao término do jogo, a FIFA premiou o principais jogadores da competição:

Artilheiros
Chuteira de Ouro: Fernando Torres (cinco gols)
Chuteira de Prata: Fred (cinco gols)
Chuteira de Bronze: Neymar (quatro gols)

Melhor goleiro (Luva de Ouro): Júlio César, que sofreu apenas três gols.
Fair Play: Seleção espanhola, que para mim não merecia. Este prêmio deveria ser do Taiti.

Melhores jogadores

Bola de Ouro: Neymar
Bola de Prata: Iniesta
Bola de Bronze: Paulinho

Conceitos

Júlio César – EXCELENTE: Seguro, fez grandes defesas. Ainda teve sorte de ver Sérgio Ramos chutar um pênalti pra fora. Me arrisco a dizer que carimbou o passaporte para a Copa.
Marcelo – REGULAR: Foi bem ofensivamente, mas deixou buracos atrás. Fez um pênalti bobo.
Dani Alves – BOM: Foi bem em todos os aspectos. Errou menos passes e teve tranquilidade para marcar.
David Luiz – EXCELENTE: Foi um monstro em campo. Tirou uma bola em cima da linha, não fez uma falta no jogo e esteve soberano em TODAS as jogadas aéreas.
Thiago Silva – BOM: Fez sua melhor partida na competição. Esteve tranquilo, acertando passes e não dando espaços.
Luiz Gustavo – EXCELENTE: Soberano no meio de campo. Participou bem de todas as saídas de bola do Brasil e simplesmente parou o Xavi.
Paulinho – BOM: Não subiu tanto ao ataque como de costume, mas marcou muito bem também. Fechou o meio de campo.
(Hernanes) – SEM CONCEITO: Entrou no fim.
Oscar – BOM: Fez sim uma boa partida, por mais que não acreditem. Deu um belo passe pro Neymar no segundo gol e puxou muito bem os contra-ataques.
Neymar – EXCELENTE: Não preciso nem dizer nada. CRAQUE!
Hulk – BOM: Eu sei que a maioria vai discordar deste conceito, mas ele fez a função que o Felipão o pede. Atacar e marcar. Marcou divinamente bem o Jordi Alba.
(Jadson) – REGULAR: Entrou quando o jogo já estava definido, apenas para participar da competição.
Fred – EXCELENTE: Mais uma vez um monstro, mais uma vez decisivo. Eu sei que existem chatos de plantão que adoram dizer que ele só faz gol fácil. Ele só faz gol fácil porque sabe se posicionar na área como ninguém. É o melhor centroavante do Brasil, sem dúvidas.
(Jô) – SEM CONCEITO: Entrou no fim
Técnico Felipão – EXCELENTE: Com o dizia a torcida do Palmeiras “Ao ao ao, Felipão é genial”. Na hora decisiva fez o time jogar como nunca. Nesse aí eu posso dizer que confio, e posso dizer que ele é fundamental para a conquista do Hexa.

Visão espanhola > Acabou o encanto
por Dhiego Vicario | dhiegovicario@hotmail.com

Acompanhado do título da seleção brasileira diante da Espanha, na final da Copa das Confederações, vem uma dúvida: o encanto dos espanhóis acabou?

Olha, sinceramente, não tinha dúvidas do sucesso da Fúria nessa competição e na Copa do Mundo, que ocorrerá no ano que vem. É, meus amigos, tinha. Depois dessas duas atuações pífias da seleção espanhola, fico em dúvida até onde esse time pode chegar no Mundial.

Isso porque a Espanha não merecia nem fazer a final hoje. Contra a seleção italiana, pela semifinal, a equipe passou sufoco, permitiu que o adversário tivesse diversas chances e só assegurou a vaga nos pênaltis.

Se em um campeonato com poucas equipes de qualidade a Fúria já encontrou dificuldades, imagina na Copa do Mundo, quando poderá encontrar ótimas seleções nas oitavas de final ou até mesmo na fase de grupos.

Quanto ao jogo deste domingo, uma pena a Espanha não ter entrado em campo. O Brasil foi superior durante todo o jogo. O único ponto positivo dos espanhóis foi a posse de bola. Positivo entre aspas, né?! Afinal, o número que importa é de bolas na rede. E nesse quesito a seleção espanhola passou longe.

Na única chance clara de gol, em um pênalti marcado no segundo tempo, quando o placar já apontava 3 x 0 para o Brasil, Sérgio Ramos chutou para fora. Mas, digam-me uma coisa: quem teve a infeliz ideia de colocar um zagueiro para bater a penalidade? Porra, Iniesta e Xavi em campo e deixam Sérgio Ramos ir à marca da cal? Uma ideia infeliz, assim como as últimas partidas dos atuais campeões mundiais.

Conceitos

Casillas – BOM: Apesar dos três gols, fez algumas boas defesas que evitaram um maior estrago.
Arbeloa – RUIM: Não encontrou Neymar, não se encontrou.
(Azpilicueta) – RUIM: Assim como Arbeloa, teve dificuldades em parar o craque da seleção brasileira.
Piqué – PÉSSIMO: Deu espaço aos brasileiro e fez muitas faltas. Uma delas que culminou em sua expulsão.
Sergio Ramos – PÉSSIMO: Só o vi em campo na hora do pênalti a favor da Espanha. E ainda conseguiu chutar para fora.
Alba – REGULAR – Se apresentou para o jogo, porém, sem sucesso diante da boa marcação dos brasileiros.
Busquets – RUIM: Fraco na marcação e saída de jogo.
Xavi – REGULAR: Bem marcado, não conseguiu desequilibrar com sua visão de jogo e passes.
Iniesta – REGULAR: Longe do jogador genial que é, mas ainda assim foi quem levou mais perigo.
Pedro – PÉSSIMO: Ficou encantado vendo quem ocupará seu lugar no Barcelona desequilibrar a partida.
Mata – RUIM: Não conseguiu organizar o time. Era apenas mais um em campo.
(Jesús Navas) – BOM: Deu velocidade ao time e ainda sofreu a penalidade desperdiçada por Sergio Ramos.
Fernando Torres – PÉSSIMO: Voltou a ser o Fernando Torres de sempre e não fez absolutamente nada.
(Villa) – RUIM: Pouco pegou na bola.
Técnico: Vicente Del Bosque – PÉSSIMO: Errou na escalação ao insistir com Torres e promover a entrada de Mata. Poderia ter feito alterações mais arrojadas durante a partida.

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

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