Mudou!

O Redação do Esporte mudou de hospedagem! Acesse nosso conteúdo atualizado em: www.redacaoesporte.com.br

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Comentário da Redação > Deu Galo doido!

Os novos campeões da América (AFP)
Pois é amigos, em janeiro poderíamos chamar de louco o cidadão que dizia que o Atlético-MG teria chances de conquistar a América. O time tinha a fama de ser azarado, assim como o seu treinador, Cuca. Mas as coisas mudam, e o que ontem tinha azar, hoje passa a ter sorte. O Galo é a maior prova disso. Mas uma vez contou com a sorte, além da competência claro, e finalmente voltou a conquistar um título de expressão, e que título! Nada mais nada menos que o mais cobiçado pelos times do continente americano, a Taça Libertadores. E antes da consagração da noite desta quarta, muitos viam como impossível a conquista atleticana. Isso porque no jogo de ida da final, o covarde time do Olímpia havia vencido o jogo por 2 a 0, e o Galo precisava chegar ao Mineirão e reverter o placar. Pois bem, reverteu e se tornou mais um grande a conquistar o continente.

Mas vamos a partida. Ela começou bem nervosa e com apenas cinco minutos já sabíamos as propostas dos times. Um Atlético que ia pra cima e um Olímpia ficando totalmente atrás, querendo fazer com que o jogo fosse o mais feio da história das finais de Copa. Na primeira etapa, a equipe paraguaia conseguiu seu objetivo e ainda conquistou um bônus. Deu perigo ao Galo em duas arrancadas pela esquerda, que fizeram Victor trabalhar. Já o time mineiro teve muita posse de bola, mas não conseguia chegar com perigo, se não fosse através de chutes de fora da área. O único lance atleticano que deu algum perigo ao Olímpia foi um chute de Ronaldinho. Nada mais.

Ficou claro que com os jogadores que estavam em campo não iria dar. Cuca teria que fazer mudanças, e fez, bem ousada por sinal. Tirou Pierre que é um volante de marcação e colocou Rosinei, um meia que sabe marcar e sair para o jogo. E em menos de um minuto, a alteração já começou a surtir efeito. O próprio Rosinei cruzou uma bola na área que acabou sobrando para Jô que mesmo de direita que não é a perna boa, empurrou a bola para o fundo das redes. Era tudo o que o Galo precisava, para ganhar uma sobrevida e ainda trazer de volta o seu torcedor que já demonstrava mais preocupação que nunca.

O segundo tempo, foi basicamente igual ao primeiro, ataque atleticano contra defesa Decana. A única diferença é que o Atlético errava menos, tocava mais bola e dava menos chutões, além de chegar ao gol com mais perigo, porém estava difícil. O Olímpia permanecia recuado e dessa vez estava pior. Éver Almeida havia desistido de fato de atacar e queria apenas defender. O Decano nem contra-ataque tinha mais, todos os jogadores ofensivos haviam sido substituídos por jogadores defensivos. Mas ainda assim, caiu no colo de Ferreira a chance de botar as mãos na taça. O atacante do time paraguaio recebeu uma bola, saiu na cara de Victor, driblou o goleiro e na hora de fazer o gol simplesmente escorregou, protagonizando uma das cenas mais bizzaras que pude ver em minha vida.

Neste momento, o relógio já estava em 40 minutos, e percebi que não poderia ser a toa, que o atacante argentino tivesse perdido aquele gol. Eu estava certo, certíssimo. Aos 42 veio o início da consagração com o ex-palmeirense Leonardo Silva, que subiu no segundo andar para fazer o gol que finalmente dava ao Galo, pela primeira vez no confronto, as chances claras de ser campeão. Mas ainda assim tinha a prorrogação, mais trinta minutos de pura tensão no Mineirão. Um Galo todo ofensivo, contra o Olímpia totalmente defensivo, com um a menos após a expulsão de Manzur, que queria de qualquer jeito chegar aos pênaltis, e conseguiu.


Nas penalidades, um Galo perfeito. Alecsandro, Guilherme, Jô e Leonardo Silva bateram o seus pênaltis divinamente, ao contrário dos jogadores do Olímpia que bateram todos mal. Dois entraram e dois foram desperdiçados. Um deles, Victor pegou após ter avançado uns dois metros, mas isso pouco importou e o outro carimbou a trave e o passaporte do Atlético para o Marrocos.

Antes de encerrar o texto, queria fazer duas observações. Primeiramente, o Galo merecia o título, mas um cidadão merecia ainda mais. Cuca (foto - AP), eternamente zoado por seu azar, finalmente enterrou sua fama. É um bom treinador, e agora que abriu a porteira, deve ganhar mais títulos ainda. Para terminar, queria demonstrar a minha felicidade com o título atleticano. É um time grande, precisava mais do que nunca do título.

O melhor venceu, ainda bem!

Conceitos

Victor - BOM: Foi exigido duas vezes no primeiro tempo e fez boas defesas. Foi tranquilo, teve boas saídas do gol e teve novamente sua estrela brilhando nos pênaltis.
Michel - REGULAR: Apoiou muito o ataque, e bem, mas defensivamente deixou buracos. Os atacantes do Olímpia sempre achavam jogadas nas suas costas.
(Alecsandro) - REGULAR: Entrou para dar mais presença aérea ao Atlético, mas não conseguiu muito. Bateu o seu pênalti muito bem.
Júnior César - BOM: Bem na marcação e no apoio. Buscou muito jogo pelo meio.
Réver - REGULAR: Esteve muito inseguro em alguns momentos, além de ser devagar na saída de bola, mas mostrou uma bela liderança em campo.
Leonardo Silva - BOM: Esteve inseguro algumas vezes, mas ele fez praticamente o gol do título no apagar das luzes.
Pierre - REGULAR: Pouco trabalhou. O meio-campo do Olímpia se baseou em defesa. Ele não tinha homens de criação para conter.
(Rosinei) - BOM: Mudou a cara do jogo. Fez o cruzamento do gol do Jô e deu uma consistência ao meio-campo.
Josué - BOM: Pouco precisou marcar, mas saiu bem para o jogo.
Diego Tardelli - REGULAR: Foi bem abaixo do esperado. Apostei minhas fichas nele para ser o homem do jogo. Mostrou nervosismo, mas criou alguma boas chances de gol.
(Guilherme) - REGULAR: Tentou muitas jogadas. Não teve medo de arriscar, mas faltou fazer algo diferenciado. Bateu o seu pênalti com perfeição.
Ronaldinho - BOM: É um conceito polêmico de se dar. Ele não mostrou o que de fato sabe jogar, mas assumiu a responsabilidade de líder. Foi para cima do adversário e tentou muito.
Bernard - BOM: De positivo não criou muito. Mas fez o cruzamento para o Leonardo Silva fazer o gol e teve a garra de jogar a prorrogação inteira, mesmo não aguentando ficar em pé devido a dores na panturrilha.
- BOM: Horrível no primeiro tempo. Na segunda etapa fez um gol logo de cara e ganhou um novo gás, dando grandes perigos a marcação do Olímpia.
Téc. Cuca - ÓTIMO: Finalmente entrou para o grupo de treinadores "top" do país. Faltava esse título. É um ótimo treinador, que sabe montar times bons. Merecia muito a conquista e para mim foi o craque da competição.


_____________________________________

* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.



por Fernando Borchio | fernando.borchio@hotmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário