Quem diria, hein? Olímpia e Atlético Mineiro farão a final “alvinegra” da Libertadores 2013. Muito antes desta edição do torneio começar eu duvido que algum especialista ou torcedor, não Decano ou Galo, tenha apostado que as duas equipes chegariam à final.
Foi com suor, luta e emoção que estas duas equipes chegaram para a disputa do título mais importante do continente. Claro, muito mais emoção no Horto, em Belo Horizonte do que na altitude de Bogotá. Na terça-feira, o Olímpia, tricampeão do torneio continental foi à Colômbia e jogando com o regulamento debaixo do braço segurou o bom time do Santa Fé e mesmo perdendo por 1x0, carimbou seu passaporte para sua sétima final da competição (três títulos e três vices).
Já no Horto teve de tudo. Alegria, apreensão, desespero, falta de energia, êxtase, vilões, heróis, lágrimas e êxtase de novo. A partida começou com o Galo “a mil” pra cima dos “Leprosos” que nem tiveram tempo de cozinhar a partida e viram Bernard abrir o placar aos 2 minutos após um passe magistral de R10. Porém, depois disso, o Atlético parece que entrou na pilha de conseguir o resultado e, apesar da pressão, não conseguiu ampliar o placar no primeiro tempo.
Na volta do intervalo o jogo parecia outro. O Newell´s conseguiu controlar a posse de bola e sair do que deveria ser uma nova blitz mineira. Com o passar do tempo, tanto quem estava no estádio quanto quem estava à frente da TV ficou apreensivo com um Galo estéril (perdão pelo trocadilho) que não conseguia dar um chute na meta adversária e começava a sofrer com os contra-ataques dos rubro-negros argentinos, até que...
Aos 32 minutos do segundo tempo “estranhamente” as luzes do Independência se apagaram por intermináveis 11 minutos, o que acabou esfriando o Newell´s e dando outra cara para a partida (viu Santos como é que se faz direito...). Na volta das luzes o jogo mudou de novo. Os argentinos recuaram a marcação e o Atlético partiu em busca dos gols salvadores. Aos 50 minutos, Guilherme foi o primeiro herói da noite ao marcar o segundo gol do Galo e levar o jogo para a disputa de pênaltis.
E na hora dos pênaltis o herói não poderia ser outro. Ele, Victor – o responsável por levar o Atlético às semifinais – também foi o responsável por classificar a equipe mineira para sua inédita final, defendendo a penalidade cobrada por Maxi Rodriguez, o vilão de argentinos e cruzeirenses. Por falar em vilão, Jô e Richarlyson, por pouco não se tornaram os vilões da noite ao perdem dois pênaltis, que podiam enterrar o Galo no Horto. Com certeza, a noite em Belo Horizonte foi curta para tanta festa.
A Final
A final alvinegra tem tudo para tão disputada quanto os confrontos das semifinais. O Olímpia tem praticamente o mesmo nível técnico do Newell´s (seu adversário na fase de grupos). Talvez a principal diferença seja a defesa paraguaia que é mais sólida. Se é favorito dentro da cancha, fora dele o Galo já começa em desvantagem. Por essas “Conmebolices” da vida, a primeira partida será no Defensores Del Chaco e a segunda no Mineirão, porém tal qual o Independência, o estádio paraguaio não tem a capacidade mínima exigida para a disputa da final (40 mil lugares). Apesar de tudo acho que dessa vez o Galo vai quebrar o “efeito Cuca” e será, pela primeira vez na história, campeão da América. E vocês, o que acham?
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* A coluna En la Cancha fala sobre os principais assuntos do futebol sul-americano.
por Rodrigo Svrcek
| @svrcek_rodrigo
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