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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Comentário da Redação > E volta o cão arrependido

Corinthians segue decepcionando (Foto: Gazeta Press)
Parece que estou pegando no pé do time, mas juro que não é. O Corinthians empatou em 1 x 1 contra o Vasco em Brasília, mas sem apresentar um bom futebol novamente e não perdendo apenas por uma sorte da ineficácia do ataque do time carioca.

O começo do jogo foi arrasador, com direito a Danilo encarnando o espírito da lenda cujo nome batiza o estádio pela ponta direita. Logo de cara viu-se que ali pela direita (esquerda vascaína) era a chave para a vitória. E não à toa por ali começou o gol corintiano, na descida e cruzamento preciso de Edenílson, desviado (ou não?) por Douglas e finalizado de primeira por Paolo Guerrero. Logo em seguida, jogada semelhante e bola na trave do camisa 10 davam a impressão de que este seria o dia em que o Corinthians iria à desforra e mataria o jogo. Seria, mas após 15 minutos de jogo, fomos deleitados com uma atuação muito semelhante àquela vista contra o Santos semanas atrás.

15 minutos de jogo. Esse foi o tempo que durou a “blitz” corintiana, esbanjando um futebol que lembrou o apresentado contra Boca Juniors no Pacaembu pela Libertadores, São Paulo no Morumbi pela Recopa e Grêmio no Campeonato Brasileiro. Um estilo impecável de pressão e domínio da partida. Mas então, pouco a pouco, o Vasco começa a equilibrar a partida. Mesmo sem chances mais agudas, o time carioca mostrou ainda no primeiro tempo que o 2º seria diferente. E realmente foi.

Como tem sido de costume, o Corinthians voltou irreconhecível, acuado, mais preocupado em segurar o resultado do que ousar defini-lo. Isso somado ao talento de Juninho Pernambucano, que regeu os meninos do cruz-maltino com maestria ímpar, rendeu uma boa leva  de sustos ao gigante Cássio e a torcida corintiana. Por sorte, a pontaria dos jogadores do time carioca era sofrível. As oportunidades, apesar de sempre claras e perigosas, passavam rente à trave ou esbarravam na zaga paulista. Até o momento em que Paulo André, o filósofo, recuou mal uma bola, recuperada pelo Reizinho da Colina que, de carrinho, passou para André nas costas de Edenílson, que finalizou sem chance para o goleiro Cássio.

As entradas de Romarinho e Alexandre Pato renderam certa melhora ao Corinthians. O atacante de cabelos voluptuosos e que há algum tempo “nao fas mai iso” desperdiçou a melhor chance de matar o jogo, após bela tabela com o centroavante Guerrero. Pato por sua vez, mostrou movimentação superior a de Emerson Sheik e em poucos minutos rendeu duas boas chances ao time, incluindo uma boa cobrança de falta que exigiu a defesa de Diogo Silva. Mas faltando 5 minutos para o fim, Tite não hesitou em “comprovar” sua satisfação com o 1 x 1 e colocou Alessandro no lugar de Guerrero.

O resultado a princípio mantinha o Corinthians no G4, mas graças à vitória do Atlético Paranaense sobre o Botafogo, o alvinegro do Pqe. São Jorge foi excluído do grupo dos que por enquanto estariam classificados para a Libertadores. De qualquer jeito, o que vimos ontem foi o reflexo do time nesse ano e a reapresentação de no mínimo 95% das partidas disputadas até agora em 2013. Só faltava o querido Adenor dizer no final que “o gol prematuro atrapalhou a equipe”, mas novamente, o treinador se calou. Com certeza ele sabe que não está bem, mesmo não admitindo publicamente.

E até que ele admita ou faça algo para mudar o panorama, seja taticamente ou motivacional para os jogadores, os jogos do Corinthians continuarão se parecendo com o lendário poema do Chaves, “o cão arrependido” (mas diferente do Timão, o poema era repetido 44 vezes. Já as atuações do Corinthians ultrapassaram esse número...).

 - “Volta o cão arrependido, com suas orelhas tão fartas, com seu osso roído e o rabo entre as patas.”

Conceitos

Cássio – REGULAR: Novamente sem culpa no gol sofrido, fez uma boa defesa em um chute de Juninho, mas apenas observou a fraca pontaria do Vasco.
Edenílson – REGULAR: Eficiente nas chegadas ao ataque fez um belo cruzamento no gol de Guerrero, mas seu lado foi o mais abordado pelo Vasco no 2º tempo.
Paulo André - RUIM: literalmente, entregou a bola no gol do Vasco. Apesar de bem nas bolas aéreas, sua lentidão foi o ponto mais explorado pelo adversário.
Gil – BOM: o zagueiro mantém uma regularidade impecável. Não seria hora do Felipão abrir o olho e lhe dar uma chance?
Fabio Santos – REGULAR: Apesar de quase não ir ao ataque como de costume, dessa vez conseguiu fazer bem a sua parte no setor defensivo.
Ralf – REGULAR: o cão de guarda foi pego de surpresa pelo erro de Paulo André e não teve como se recuperar na corrida no gol de André.
Ibson - REGULAR: Dessa vez ele não atrapalhou muito, o que considerando suas atuações recentes, histórico e expectativas futuras, já é uma melhora considerável.
Danilo – REGULAR: Começou bem a partida e deu uma pela canseira no peruano Yotun na ponta direita, mas caiu de rendimento no segundo tempo.
(Romarinho) – RUIM: quase entregou um gol para o Vasco e depois perdeu uma chance quase impossível de ser perdida.
Douglas – BOM: O “toque diferente” do meio de campo. Quando está em forma e QUER jogar, difícil achar alguém dessa categoria no Brasil. Mas no 2º tempo teve que se sacrificar ajudando na marcação.
Emerson – REGULAR: Boa movimentação, mas pouca produtividade.
(Pato) – REGULAR: Conseguiu criar boas chances para os companheiros e exigiu uma boa defesa do goleiro adversário em cobrança de falta.
Guerrero – BOM: Autor do gol, posicionamento na área impecável e sabendo como ajudar de fora da mesma.
(Alessandro) – SEM CONCEITO: Entrou apenas para compor o time.
Téc. Tite – RUIM: mandar o time recuar após marcar o gol já está manjado pelos adversários. Suas mudanças são previsíveis e parece que aos poucos vai perdendo a "confiabilidade do elenco". Hora de tomar alguma atitude, nem que tenha de voltar a usar a "treinabilidade".


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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.


por Helder Rivas | lendasdabola.blogspot.com.br | @LendasDaBola

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