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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Comentário da Redação > Santos 1 x 1 Corinthians

Visão santista > Deu gosto de ver
por Ricardo Pilat | pilatportasio@gmail.com | @ricardopilat


Depois de passar uma das maiores VERGONHAS (assim, em caixa alta) da sua história, o Santos se recuperou bem do baque no clássico de ontem diante do Corinthians. Ao contrário do que eu esperava, o time reagiu, mostrou vontade como não se via há muito tempo e poderia ter vencido o rival. Apenas empatou, mas pelas circunstâncias que envolviam o jogo, pode comemorar o placar.

Se o clima já estava ruim na Vila a coisa só poderia piorar depois de o Corinthians abrir o placar com 3 minutos de jogo. Tudo indicava uma pressão grande da torcida santista, nervosismo dos jogadores e provavelmente outra surra. Mas não aconteceu nada disso. Começando pelo time, que respondeu com muita entrega, como se jogasse uma final (aliás, nem na decisão do Paulista, contra o mesmo rival, foi assim). Isso manteve a torcida jogando junto, mais até do que joga normalmente.

E o rival também cooperou. Jogou com excessiva cautela diante de um time fragilizado, que mesmo com muita vontade, cometia erros primários e poderia ser presa fácil para um time estruturado. Sendo assim, o primeiro tempo terminou com o Santos melhor e perto do empate, apesar de não ter criado chances tão claras.

Na etapa final, todos os fatores anteriores se acentuaram. O Santos voltou com mais raça e melhor futebol. A torcida incendiou. O Timão parecia um timinho. Só assistia. E assistiu Willian José marcar o gol do empate, após bela jogada de Montillo, que ontem estreou pelo Santos.

O time da casa seguiu pressionando. Tivesse um atacante melhor, teria virado o jogo e com toda a justiça. Não o fez e ainda contou com o descontrole do WJ, que após o gol, tomou as dores de uma briga do Neílton com o Gil e acabou expulso. Pelo menos levou o Paulo André junto, o que não ajudou muita coisa em campo, mas é legal ver esse zagueiro meia-boca se dando mal.

Enfim, o momento da expulsão, que poderia incendiar o jogo, causou justamente o contrário. A partida esfriou e nada mais aconteceu. O 1 a 1 ficou com um gosto de quero mais.

Mas foi legal ver o time com essa vontade toda. Após o baile em Barcelona, o alvo da torcida foi mais a diretoria que os jogadores. Na verdade, discutíamos mais a qualidade técnica do time que a entrega em campo. Mas no jogo específico no Camp Nou, questionei também o deslumbre de alguns atletas, que pareciam estar ali com espectadores e não como profissionais. Nesse aspecto, foi legal ver o time todo com sangue nos olhos. Aliás, era a única opção que o Santos tinha para sair de campo com a torcida do lado, minimamente.

Mudanças no CG, chegada de Zinho à direção, talvez novo técnico nos próximos dias... muita coisa ainda vem por aí. A paz demorará a reinar de novo e nada vai apagar o que aconteceu, mas que o time tenha hombridade de honrar a camisa do Santos em cada jogo, como fez nesta quarta-feira.

Conceitos

Aranha - REGULAR: Foi pouco exigido. A bola mais difícil que foi pro gol, entrou.
Cicinho - BOM: Mesmo errando algumas saídas de bola, me parece bom jogador mesmo. E muito melhor que os outros LDs que temos.
(Galhardo) - REGULAR: Mostrou vontade e tal, mas... Galhardo, cara. Não dá.
Edu Dracena - ÓTIMO: Melhor partida do capitão nos últimos 2 anos pelo menos. Não perdeu uma bola.
Durval - REGULAR: Por incrível que pareça, foi bem também. Só não ganha nota melhor por falha de posicionamento (grave) no primeiro gol. Mas tem que sair do time URGENTE!
Léo - REGULAR: Errou muito no começo e melhorou no decorrer do jogo. Mas tem que sair do time URGENTE! (2)
(Mena) - RUIM: Entrou mal no jogo, mas ainda quero vê-lo como titular.
Arouca - REGULAR: Primeiro tempo bem fraco, segundo melhor. Fica na média na nota.
Alisson - BOM: Fez 45 minutos muito bons e intensos. Gostei de ver. Teve que sair porque levou amarelo. Não ganha nota melhor porque também falhou no gol corintiano, mas não apaga a boa impressão que deixou.
(Leandrinho) - REGULAR: Participou pouco do jogo, mas ajudou taticamente.
Cícero - RUIM: Bem abaixo do resto do time, inclusive na entrega.
Montillo - ÓTIMO: Poderei contar aos meus netos que vi uma vez o Montillo honrar a camisa 10 do Santos! Espero que ele possa repetir isso mais vezes, pois qualidade ele mostrou que tem. Faltava chamar a responsa.
Neílton - BOM: Esse ganha um conceito maior nem tanto pelo que fez com a bola no pé, mas por conta da dedicação e pela importância tática ao pressionar a saída de bola adversário. E teve personalidade para não se intimidar com os grandalhões da defesa corintiana. Isso conta ponto.
Willian José - REGULAR: O artilheiro chorão, como diz meu amigo Victor Mesquita! Foi muito burro ao ser expulso, senão teria conceito melhor. Mesmo sendo ruim, foi importante taticamente também.
Téc. Claudinei Oliveira - REGULAR: Fez uma opção interessante no time com a entrada do Alisson e do Cicinho. Mas enquanto escalar os 3 velhotes na defesa, não terá nota melhor. Mesmo eles não comprometendo tanto, como dessa vez.

Visão corintiana > Mais uma vez sofrendo dos mesmos males
por Helder Rivas | lendasdabola.blogspot.com.br | @LendasDaBola

Mais uma vez nesse ano, o Corinthians entrou em campo como franco favorito contra um rival em “crise”. As recentes boas atuações da equipe contra Grêmio e Criciúma trouxeram de volta aquela confiança de 2011/12, do time multi campeão e que poderia entrar de cabeça como favorito aos títulos que ainda se teêm disponíveis nesse 2º semestre. Isso somado a recente goleada do Barcelona sobre o Santos fragilizou o rival, que mesmo sem estar em momento “ruim” no Brasileirão, estava com o orgulho ferido.

Mais uma vez o Corinthians teve um começo arrasador. O gol relâmpago de Paulo André deu esperanças à torcida e ao time. Não apenas pelo gol em si, mas pelo volume de jogo que a equipe exerceu na primeira etapa. Logo após o tento marcado pelo jogador filósofo, o Santos se lançou ao ataque e até teve boas chances, mas o Corinthians logo equilibrou o jogo e perdeu as chances mais claras, uma com Fabio Santos e outra com Romarinho. Chances estas que vêm sendo recorrentes, especialmente com os dois citados.

Mais uma vez o Corinthians voltou do intervalo cozinhando o jogo em banho-maria. Com um início morno, teve dificuldades com a blitz santista e com 10 minutos de jogo, após belo passe do argentino Montillo nas costas de Paulo André, o artista, Willian José finalizou com categoria e encobriu o gigante Cássio. A partir disso, a equipe praiana tomou as rédeas da partida e impôs seu ritmo. A entrada de Alexandre Pato, mais uma vez não mostrou resultados. Aliás, se não olhar a súmula ou escalação da partida, provavelmente você nem saberia que ele esteve em campo, já que praticamente não tocou na bola.

Numa tentativa de esfriar e segurar o jogo, Tite lançou Douglas no lugar de Danilo, que vinha mal para a surpresa de muitos; e Ibson no lugar de Romarinho. Ibson que por sinal surpreendeu, já que dessa vez ao menos não atrapalhou o time e cumpriu bem a função de compor o meio de campo. A confusão entre Gil e Neilton acabou sendo o “apito final não oficial” do jogo, já que depois disso não aconteceu mais nada de interessante. Apenas acabou vitimando os autores dos gols com o cartão vermelho injustamente.

Mais uma vez o Corinthians sofreu com a soberba. Assim foi no 2 x 2 contra o Palmeiras no campeonato Paulista, no 0 x 0 contra o SPFC algumas semanas atrás e em vários outros jogos. O deleite de ver os rivais em crise faz não apenas boa parte da torcida se acomodar, mas como ficou comprovado ontem, o elenco também. A ilusão de que a qualquer momento irão golear o adversário, se esquecendo do respeito à camisa do outro lado do campo. E não digo um respeito daquele tipo quase choroso que nosso querido Tite prega, já que seu respeito chega a tanto que não me surpreenderia de ver um pedido de desculpas ao técnico adversário ao final das partidas. Mas o respeito de que independente da partida, o salto alto e autoconfiança excessiva podem causar uma grande queda.

Mais uma vez o Corinthians decepcionou. Não me entendam mal! Analisando friamente, o resultado de ontem não foi ruim. Mas a maneira como ele saiu, foi. Ver o time ser dominado como foi, sem esboçar reação e ver a displicência de alguns jogadores, foi péssimo.  Indiscutivelmente é um dos melhores times do Brasil e segue como favorito à vaga na Libertadores e ao título, mas precisa manter o foco em todas as partidas por igual. Não importa se é o Luverdense, o Santos ou o Barcelona. A diferença de pontos até o líder ainda é de apenas 6 pontos e dá pra buscar. Só que manter essa mentalidade de “vamos nos recuperar a qualquer momento e buscar o título” é algo que não cabe nesse momento. Se não for comprovado em campo, de nada adiantará.

Conceitos

Cássio – REGULAR: Sem culpa no gol, deu alguns sustos na torcida graças às bolas aéreas.
Edenílson – RUIM: Sem liberdade para apoiar, tomou uma bela canseira do seu lado.
Paulo André – REGULAR: Autor do gol, sempre perigoso nos escanteios, “piscou” no gol de Willian José. Sua expulsão foi injusta e até agora não entendi o motivo.
Gil – REGULAR: Com sua típica regularidade, manteve o bom nível na marcação e desarme salvando Fabio Santos muitas vezes Mas deveria ter sido expulso no lugar do Paulo André.
Fabio Santos – RUIM: Perdeu uma chance clara no 1º tempo e foi ineficaz na defesa no 2º. Não sei mais se ele continua achando que é o Roberto Carlos ou se voltou a lembrar dos tempos de Grêmio, São Paulo, etc.
Ralf – REGULAR: Sempre eficiente na marcação, quebrou um galho de zagueiro após a expulsão de Paulo André.
Guilherme – RUIM: Continua perdido em campo, atacando quando o time se defende e defendendo quando o time está atacando.
Danilo – REGULAR: O Maestro não teve bom desepenho hoje. Burocrático,
(Douglas) – BOM: Sua entrada deu mais criatividade no ultimo passe do ataque corintiano.
Renato Augusto – BOM: Apesar de não tão brilhante quanto nos últimos jogos, foi responsável pelas mais perigosas jogadas do Corinthians.
Romarinho – RUIM: Perdeu uma chance clara no 1º tempo e voltou perdido em campo no 2º.
(Ibson) – REGULAR: Compôs bem o meio de campo, ajudando a segurar a partida.
Guerrero – REGULAR: Pouco se movimentou, mas sua presença na área sempre requer atenção extra ao adversário.
(Pato) – RUIM: Seus momentos de “Quack!” vem sendo demasiadamente irregulares. Dessa vez, praticamente não foi notado.
Téc. Tite – REGULAR: Sempre o mesmo esquema, mesmas substituições, mesmo “respeito ao adversário”, vem se tornando previsível. Claro que não tem culpa dos gols perdidos pela equipe, mas poderia pedir para que mantessem o mesmo nível do 1º tempo, ao invés de se contentar em segurar o empate. Mas assim é o nosso querido Adenor, então deveríamos estar acostumados.

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

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